segunda-feira, 27 de outubro de 2014

OLHÃO: QUE ESCONDE A CEDÊNCIA DO MATADOURO?

Na ultima sessão de Câmara foi aprovada a cedência à ACASO das instalações e dos terrenos anexos ao antigo Matadouro Municipal por um período de trinta anos.
Trazemos à lembrança dos que nos seguem, o projecto que a Câmara Municipal de Olhão tinha para a zona do Largo da Feira, começando desde logo por referir que o Marina Village ainda só concluiu e mal a primeira fase. No entanto a ideia global era riscar do mapa toda a zona, demolindo todo o edificado confinado entre a Rua da Feira a nascente, o Caminho de Ferro a norte, a Rua José Saramago a sul e a ponte com o prolongamento da Avenida 5 de Outubro. Nesse espaço eram para serem construídas vivendas de luxo, expulsando os olhanenses que sempre ali viveram para a periferia.
A Câmara ponderou até a expropriação do espaço da antiga Fabrica do Gargalo para ali construir 60 fogos para os moradores das Barrequinhas, que deixavam ser proprietarios e passavam a inquilinos tendo que pagar uma renda quando hoje têm casa de borla.
Também os blocos de habitação social faziam parte das cogitações dos autarcas que ponderaram a venda dos blocos mesmo sabendo que há lá moradores que já pagaram as suas casas.
Toda aquela vasta zona seria virada para o sector turístico-imobiliário. 
E António Pina, disse-o em sessão de câmara, que aqueles terrenos eram de valor reduzido devido á presença das Barrequinhas.
Recordamos também o processo de alienação dos terrenos para o Hotel, que à data valiam mais de mil euros o metro quadrado e muito justamente, na Assembleia Municipal onde foi aprovada a alienação do terreno pela maioria socialista, que o Dr Joaquim Elias levantou objecções quanto ao baixo preço do valor base estipulado, com o então todo poderoso Francisco Leal, a dizer que seria feita uma hasta publica e os terrenos seriam valorizados.
Pois bem a hasta publica foi feita sim, mas com um único participante, o Grupo Bernardino Gomes. Mas que hasta publica foi esta que não foi publicitada em nenhum órgão de informação, nacional, regional ou local? Consultado o processo, não foi detectada qualquer publicação sobre a hasta publica. E isto porquê? Porque a Câmara Municipal, na pessoa do seu presidente já tinha a intenção deliberada de entregar aqueles terrenos à Bernardino Gomes.
As semelhanças de encenação da alienação do loteamento do Largo da Feira, que António Pina diz na proposta de Orçamento para 2015 querer fazer com a situação da alienação anterior, significa que já tem em vista alguém para comprar a preço de saldo a zona, mais uma facada no património do município e os otarios dos munícipes a pagarem os devaneios políticos destes socialistas.
Sendo a zona destinada a empreendimentos turístico-imobiliários, não faz sentido a concessão aprovada a favor da ACASO, porque se por um lado falta a população que acede aos seus serviços, e tendo em linha de conta que a Câmara sempre entendeu como incompatível a existência de serviços sociais com o sector turístico, mal se compreenderá esta súbita mudança de politica.
Ou será que se prepara mais uma golpada?
REVOLTEM-SE, PORRA!

1 comentário:

Anónimo disse...

Não faz sentido porque só demonstra a vertente social que o presidente tem apesar de ser uma zona com potencial turístico não se perde o edificado e dá-se um uso social fazendo a mescla de população !!! Muito b visto a aposta na integração !!! Só umas mentes doentes é que vêm mal nesta solucao