terça-feira, 16 de março de 2021

MONCARAPACHO: UM PÉSSIMO EXEMPLO DO QUE É A PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO NA GESTÃO DO TERRITÓRIO!

 

A imagem acima foi retirada do jornal on-line Região Sul e integra um texto sobre o abate de um cipreste com dezenas de anos, conforme se pode lerem https://regiao-sul.pt/2021/03/15/ambiente/moncarapacho-abate-de-cipreste-gera-criticas-a-camara-de-olhao/533041?fbclid=IwAR2LOPTit3GtcUEZTDEUxojgghgIeJcw0vEUoMkHZRpkUN9-TFkESgMOZr8.
Nada temos a opor à construção da rotunda à entrada de Moncarapacho, na qual o cipreste em causa podia integrar, conforme desejo da população.
Mas a questão que aqui se coloca é bem mais ampla, que é a de saber qual o papel das Juntas de Freguesia na gestão do seu território e mais ainda quando a própria população está em sintonia com o seu legitimo representante.
Por outro lado, temos o grau de participação das populações em matérias que lhes digam directamente respeito como é o caso, com a grande maioria da população de Moncarapacho a defender o arvoredo.
Também sabemos da alergia que o presidente da câmara nutre pelas arvores, uma vez que em tempos prestou declarações dizendo que elas só faziam lixo. o que ajuda a compreender a forma como têm sido feitas as podas.
Ninguem está a tirar a legitimidade ao presidente da câmara para dirigir o órgão mas quanto à gestão do território, entendemos que ela deve ser feita, depois de auscultadas as populações, nem que para isso sejam necessários fazer alguns referendos, até porque vivemos num regime que se diz democrático. Deixar ao critério de um pequeno ditador a faculdade de decidir à revelia daquilo que pensam os cidadãos, é abrir as portas para que se cometam toda a espécie de atropelos.
Em países onde a democracia evoluiu, fazem-se referendos até para a construção de um prédio, acto precedido da construção de uma estrutura que dê uma noção mais aproximada do que se pretende executar. Com o modelo de democracia implantado no nosso país, qualquer soba, permite a construção onde não devia. O edificio legislativo foi concebido por forma a que assim seja.
Ao Povo apenas lhes é dada a possibilidade de escolher o gatuno que o vai roubar, através de eleições. Quanto ao mais, o direito de participação, ainda que previsto na Constituição, esbarra na legislação que na prática anula esse direito.
Enquanto as pessoas não perceberem o logro que são as eleições, aceitando a falsa promessa e a mentira como forma de assegurar uma suposta alternância de poder, ou melhor dizendo, mantendo o mesmo esquema mas executado por pessoas diferentes, não vamos a lado algum. É preciso criar uma nova mentalidade se quisermos garantir algum futuro para filhos e netos.
Em Outubro terão a oportunidade de mudar alguma coisa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ele e a sua companhia asquerosa que venha a Moncarapacho com falinhas mansas e abracinhos que logo vê e depois há uma vereadora de Moncarapacho, que nem pela terra tira partido. Cambada de gatunagem!!!