segunda-feira, 13 de setembro de 2021

OLHÃO: SER DO CONTRA

 A nova campanha que os acólitos do Pina vêm desenvolvendo, à falta de argumentos, é apontar o dedo e dizer que o antagonista É DO CONTRA!
Uns por ignorância, mas que as forças lealistas ao Poder autárquico fazem passar, outros que embora sabendo, temem perder o lugar à mesa dos cardeais, passam e repassam a palavra, para atacar e combater os adversários politicos, comentando nas redes sociais"este é do contra"!
Esquece a carneirada, que vivemos em democracia, o que dá direito a que cada um tenha a sua opinião, mesmo que incorrecta; é a liberdade de poder dizer o que pensa da situação do concelho.
Se pensar que quando ocorre um acidente de viação, assistido por várias pessoas, e procurar ouvir o que cada um viu, encontraremos diversas versões para um só facto.
A gestão autarquica merece a mesma atitude critica porque ela é unica, de um só sentido, numa sociedade onde estão presentes diversas ideologias, que são filosofias de vida em sociedade. Ou seja, existem diversas formas de encarar a sociedade, o que vai muitopara além da visão unica do actual Poder politico. Dizer-se que alguém é do contra, é desvirtuar a democracia e a liberdade de expressão e opinião, o quer vai de encontro ao pensamento politico do Pina.
Se alguem apontar o dedo a crimes urbanisticos, é do contra; se alguem apontar crimes ambientais, é do contra; se alguem denunciar a falta de estacionamentos, é do contra; se alguem denunciar as deficiências das empresas municipais, é do contra; se alguem questionar o Poder local de forma que oponha em causa,é do contra! Tudo que seja critico em relação ao Poder local, é do contra!
Esta é a cultura dominante, que não se esgota apenas no nosso concelho, mas é com ela que têm destruído a democracia.  
Nós sempre defendemos a participação das populações no processo de decisão em processos que as envolvam; a criação de comissões de moradores nas diversas areas residenciais permite a sua organização para confrontar o Poder politico com as situações que detectem nas suas areas de residência, que vão desde a ocupação do espaço publico, ao estado dos passeios, do saneamento, ou dos buracos nas estradas.
Claro que aos detentores do Poder nãolhes interessa a mais pequena participação das populações para poderem governar com a sua perspectiva, E se estiverem errados?
Se sou contra? Sou!
Porque o presidente se esqueceu que haviam no Plano Director Municipal, para alem da Variante Norte de Olhão, outras duas, a de Pechão e a da Fuzeta e que apesar de já terem passado 26 anos da sua aprovação, nenhuma foi feita. Será que as populações de Pechão e Fuzeta não têm o direito de reclamar as suas variantes? 
O desenvolvimento não se pode medir pelo numero de gruas dos patos bravos ou de hoteis, desde que as pessoas não vejam melhorias nas sua condições de vida; para isso, ainda que não caiba ao Poder local a criação de emprego estavel e duradouro, cabe-lhe no entanto promover e criar as condições para a criação de postos de trabalho. Porque não criar areas empresariais em Pechão, Moncarapacho e Fuzeta com vista à fixação de industrias, comércio e serviços; não só promoviam a empregabilidade como evitavam que as pessoas tivessem de se deslocar para fora do concelho.
A cegueira apoderou-se do Poder politico local, tendo apenas uma só forma de encarar o problema.
Cabe às pessoas no proximo dia 26, mudar este estado de coisas. 

2 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns pelo vosso trabalho de pôr a nu as negociatas deste município, mas pessoas parecem benzidas e sem opinião própria e agem com o carneiros ao comando do pastor Pina!!!

Anónimo disse...

Nunca votei PS e nunca vou votar. Olhão está a perder a sua identidade, os arranjos dos jardins é uma vergonha, sem alma nem identidade. Principalmente, o jardim dos patinhos precisava de ser remodelado mas para isso não é necessário destruir e fazer um jardim pobre. O Pina é muita obra e nenhuma está concluída, os jardins ainda não estão terminados, a variante é promessa de muitos anos mas a culpa é do PSD, há anos falam do Parque da Cidade a norte da EN125 perto da rotunda do cubo. O alcatrão é bonito e bom, mas depois passado uns dias ou meses começa os remendos devido ao rebentamento das condutas, vai-se tapando o sol com a peneira até ao dia que isto rebente tudo e a cidade fique sem água.

Olhão precisa de mudança, são sempre os mesmos a ganharem.

Olhão pode ser uma cidade virada para o turismo, mas preservando a sua identidade, o traço cubista que já pouco se vê na zona histórica, Olhão podia ter carradas de turistas devido ao seu traço arquitectónico mas estão a destruir tudo, a correr com a população da zona para os franceses e isso no futuro sairá muito caro e não terá o turismo que o Pina deseja porque o turismo quer ver o que é genuíno e não coisas sem identidade.


Falam muito do turismo, mas olho para Olhão e não vejo nenhuma atracção que faça os turistas ficarem cá, tem as ilhas e os passeios pela Ria Formosa, tem uma cidade algo suja e não tem um museu dedicado à pesca que sempre foi a actividade principal de Olhão. Trabalho com turistas e eles dizem que Olhão está a perder a sua identidade e a população nada faz para combater isso.

Se Olhão tivesse tão bem como o Pina diz, não tinha perdido habitantes nos últimos 10 anos, perdeu cerca de 7% da população em relação aos Censos de 2011, algo vai mal, quem tem estudos vai embora ou trabalha em Faro, não existe muitas alternativas de emprego em Olhão.