domingo, 5 de abril de 2020

OS PLANOS DE COSTA/CENTENO PARA O FUTURO

O Primeiro ministro já veio dizer que temos de começar a produzir aquilo que importamos da China, no que foi acompanhado pelo ministro das finanças. Todos eles parecem afectados com as medidas de isolamento social, aparentando estar com os neurónios um bocado falhados.
Aquando da integração europeia, sem qualquer consulta popular e decisão única e exclusiva do governo de então, foi decidido que Portugal, por razões geográfico/climáticas passaria a ser o jardim da Europa. Para isso, deixaríamos de produzir e passaríamos a andar de avental para servir a quem viesse gozar ferias neste canto. Assim condenámos todo o sector primário da economia como a pesca, a agricultura, a extracção mineira e também o sector secundário, desmantelando a industria, apenas resistindo um valor residual.
Sobre isto Costa e Centeno nada dizem!
Como se não bastasse a subserviência à então CEE, o desmoronamento do bloco de Leste, vai dar lugar ao avanço do neoliberalismo, e este por sua vez irá impulsionar o processo de globalização, nos finais do século XX. O objectivo é a redução de custos da mão de obra, da matéria prima e energia, sendo que as duas ultimas estão ligadas à primeira.
A globalização punha como principal ênfase para estimular o desenvolvimento económico a não interferência do Estado na economia. Para isso defendia:
- A privatização de empresas estatais
- A livre circulação de capitais internacionais
- A entrada de multinacionais
- Contra o protecionismo
Obviamente que já todos se aperceberam da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, cada um deles a impor mais barreiras alfandegarias na importação de produtos vindos do outro lado. Não de forma tão descarada, mas sempre foi assim.
Para pôr um pouco de ordem nas relações comerciais internacionais, onde quem mais tem, mais quer, foi criada a Organização Mundial do Comercio em 1995, onde estavam a maioria dos países mas deixando alguns de fora, como foi o caso da China.
Ate que, um avião espião americano resolveu ir espreitar a vida dos chineses e foi abatido, ou melhor obrigado a uma aterragem forçada em solo chinês. Decorria o mês de Abril de 2001, como se pode ver em https://www.publico.pt/2001/04/01/mundo/noticia/aviaoespiao-norteamericano-interceptado-por-cacas-chineses-17271.
Claro que States exigiram a devolução do aparelho, mas os chineses aproveitaram não só para espiolhar os segredos militares dos equipamentos como ameaçaram que só o devolveriam com a entrada na OMC, o que viria a concretizar-se em Dezembro de 2001.
Daí para cá tem sido aquilo que todos sabemos, com lojas e mercadorias chinesas a dar com um pau.
Mal de um País que se prosta de cócoras perante todos os outros. Agora, depois de casa arrombada é que clamam por aquilo que já se previa há muito tempo. Todos os nossos governantes após as eleições democráticas estão comprometidos com a falência do País, já que nunca foram capazes de defender uma politica de independência nacional, de defesa e protecção do sector produtivo português. Que querem agora? Lagrimas de crocodilo! 

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