sábado, 4 de abril de 2020

OLHÃO: OS APOIOS DA CÂMARA

O presidente da câmara municipal de Olhão, tem utilizado os órgãos de comunicação social para fazer a sua acção de propaganda como se estivéssemos em vésperas das eleições autárquicas, do próximo ano.
Fala muito de apoios sem concretiza-los. No fundo aquilo que está a fazer é adiar o pagamento de algumas facturas, sem quebra de receitas para o município, mas que vai agravar a situação daqueles que já estão mal e vão piorar depois.
Não tem um programa de apoio para os sem abrigo nem para qualquer carenciado, resguardando-se nas instituições de solidariedade social. Da parte da autarquia, não se gasta um cêntimo com esses apoios. Mesmo que o fizesse através das IPSS do concelho, obviamente que teria de comprar os bens a fazer chegar aos carenciados, mas no portal onde são publicados os contratos não se encontra nenhuma compra de tais bens. E que saibamos, não há nenhum reforço de verbas para as IPSS por parte da autarquia.
Tal situação contrasta com a prática da CMO. há uma década atrás em que distribuía capazes a famílias carenciadas como pode ser visto em    https://folhadodomingo.pt/municipio-de-olhao-distribuiu-cabazes-a-familias-carenciadas/. Também nessa altura vivíamos tempos de crise, com a entrada da troika no nosso País, embora a prática da distribuição dos cabazes fosse bastante anterior.
A única coisa que se vê no momento é uma forte campanha de auto promoção da imagem como se as suas medidas tivessem algum impacto. O uso e abuso dos elogios àqueles que estão no terreno, trabalhando, contribuindo para o bem estar da população, mas sem os meios de protecção ao adequados ao combate à pandemia. A valorização dos profissionais faz-se através da remuneração e não de elogios. De que serve aos operadores dos Mercados o elogio, quando o negocio está pela rua da amargura?
Neste momento, há muita gente a passar mal, com tendência para se agravar o panorama. Basta ver que todos aqueles que trabalham na Ria, estão a passar por dificuldades, e não têm apoios de qualquer espécie. Não recebem o subsidio de compensação e como sócios gerentes não têm direito aos dinheiros do play off; os que não têm qualquer área concessionada não têm apoio nenhum, com muitos deles a passar fome.
Não tem a autarquia a responsabilidade, nesta hora tão difícil para as pessoas, de as ajudar?
Claro que o presidente apenas está preocupado com as obras publicas que pretendia fazer, mas como resultado da pandemia está a adivinhar a quebra de receitas do IMT, um imposto que até nem tem razão de existir, apelando mesmo para que seja permitido o aumento do endividamento das autarquias, como se não fossem os munícipes mais tarde a pagar.
Essa é a razão porque falando em ajudar, o Pina não faz mais do que adiar pagamentos para mais tarde, empurrando o problema para a frente com a barriga. E as pessoas como ficam?

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