domingo, 30 de agosto de 2020

OLHÃO: MAIS POLICIA MUNICIPAL? PARA QUÊ?

Ontem foi noticiado que o presidente da câmara municipal de Olhão pretende alargar o corpo de Policia Municipal com mais cinco elementos, passando a treze, conforme https://www.algarveprimeiro.com/d/policia-municipal-de-olhao-vai-ser-reforcada-com-mais-agentes/34029-1?fbclid=IwAR3wNn_0WiSv3NAvH0vEqHJbfMD3aAFNAj7T-G6Xo8Fed-K_ZGqDMtT-y_Q.
Uma das justificações é o facto do quadro de fiscais estar reduzido a um elemento. Não se diz é que não se procurou contratar outros para substituírem os que anteriormente existiam, e nós sabemos que haviam funcionários que estavam na disposição de frequentar o curso para fiscais se acaso a câmara tivesse intenções de os contratar.
Só que os fiscais têm uma determinada função, particularmente nos aspectos urbanísticos, e a Policia é mais abrangente, no cumprimento das regras municipais, transito, via publica e horários. Essa é a verdadeira razão para aumentar o numero de efectivos policiais.
A caça à multa, melhor dizendo processos de contraordenação, já que a PM não pode multar, a todos os níveis. Uma outra questão que se levanta em relação à PM é a de saber se têm legitimidade para o uso de algemas e armas, porque se trata de uma policia administrativa e não de segurança ou criminal.
E porque pouco mais tinha a dizer, vem com a repetição do caso da pessoas que foi apanhada a largar os monos junto da rotunda de acesso à A22. Não diz é que o tarifário para os monos estipula dez euros mor metros quadrado, razão pela qual as pessoas fogem a chamar os serviços da Ambiolhão. E já ontem se repetiu a cena, com nova deposição de monos só que desta vez ninguém foi caçado. Em qualquer parte do mundo, a agua, o saneamento e os resíduos urbanos são uma função social, mas no nosso concelho são uma forma de manter vaidades, criar um sindicato de voto, e contratação avulsa de prestação de serviços. Não devemos esquecer que apesar do excelente trabalho de Antonio Rosa Mendes na publicação do livro Olhão fez-se a si próprio , a Ambiolhão foi ao Rio de Janeiro contratar alguém para fazer a historia de Olhão.
Para alimentar tudo isso, é preciso cada vez mais dinheiro, e se não entra a bem, entra a mal, com tarifários incomportáveis para a maioria das pessoas, aumentando a repressão, os processos de contraordenação, no fundo impondo um certo autoritarismo pouco democrático.
Já havíamos chamado a atenção para o facto de estarmos a assistir a formas de autoritarismo, o que aliás vai em linha com o chefe do partido, o Costa!
Na entrevista concedida ou pedida a um órgão de comunicação social onde o governo injectou uns milhões de subsídios (coitados, estavam na miséria), Costa chantageia os partidos que o têm suportado com uma possível crise politica se não aprovarem o Orçamento de Estado. Com esta atitude, o Costa não está a negociar nada já que seria suposto que numa negociação houvesse cedências de todas as partes, aproximando-as. Ou seja, de acordo com o Costa, ou aprovam o que ele quer ou serão responsáveis pela crise que o próprio Costa vai despoletar. Lindo trabalho!
Por alguma razão se diz que o Pina é ministeriável. Estamos entregues à bicharada!
 

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem! Já que a PSP nada faz, estes ao menos ainda têm sangue no corpo.

Anónimo disse...

Mais uns quantos lugares de estacionamento açambarcados!