domingo, 29 de agosto de 2021

OLHÃO: ESTACIONAMENTO, UM PROBLEMA A RESOLVER

 Se durante a época baixa já é dificil estacionar em Olhão, na época alta bem pior é. Isso acontece porque a câmara municipal nunca encarou de forma séria as consequências da gentrificação que vem promovendo ao longo do mandato, embora tenhamos a considerar o crescimento do parque automovel.
Assim, ao invés de se procurar uma solução permanente para o estacionamento, a câmara optou pela criação da policia municipal para fazer a caça à multa. Com o bater de palmas de alguns apoiantes que acham que o mau estacionamento deve ser reprimido, mas esquecendo que um dia também lhes irá bater à porta.
Com a transformação da autarquia numa  agência de negócios entre os quais o imobiliario com os quais aumenta as receitas em séde de IMT, nada melhor que promover a gentrificação. E disso ninguem tenha duvidas poruqe consta dos programas de revitalização da maior parte de cidade.  
Depois da ARU, area de reabilitação urbana, do Centro Histórico, seguem-se as ARU do Levante e do Centro, as quais podem ser vistas em http://www.cm-olhao.pt/municipio/documentos/category/238-aru-area-de-reabilitacao-urbana. Se clicarem nos links daquela pagina da autarquia ficarão a conhecer a dimensão do conjunto das areas de reabilitação.
Mas cremos que já todos se aperceberam da supressão de lugares de estacionamento no Centro Histórico para começar, tendo como pano de fundo a reabilitação urbana da zona. Imagine-se então o que irá acontecer quando os processos estiverem concluidos.
E não será apenas em termos de estacionamento mas também da quantidade de pessoas que por carência de meios se virão obrigadas a deslocalizar-se cada vez mais para norte.
A próxima requalificação será a da Avenida 16 de Junho, que não vai trazer mais estacionamento, talvez os reduza,até para cumprir objectivos ocultos que se prendem com a ARU do Levante.
A ARU do Levante é delimitada a nascente pela Avenida 16 de Junho, a norte pela Rua Joaquim Casaca, a poente pela Rua das Lavadeiras e a sul pela Ria Formosa. No seu miolo tem um conjunto de antigas instalações industriais, particularmente na Rua Gil Eanes, para não dizer todo o quarteira da fabrica Xavier; os armazens situados na Avenida 16 de Junho. Quando todos esses lugares derem lugar a edificios para apartamentos de luxo, não haverá dentro do espaço da ARU do Levante lugar para estacionar.
A ARU do Centro cola com a ARU do Levante no lado nascente, a sul com a ARU do Centro Histórico, a norte com a Rua Sacadura Cabral e a poente segue pela Rua Almirante Reis até à Rua da Feira. 
Ainda há muitos olhanenses para serem deslocalizados para norte da Avenida D. João VI! E o estacionamento? Talvez no Cerro de S. Miguel!
Mas não se ficam por aqui, os problemas do estacionamento num futuro não muito longinquo, já que temos de considerar o Plano de Pormenor Este, ou da Bela Olhão https://ssaigt.dgterritorio.gov.pt/i/PImp_57205_0810_1AIMPL.jpg. Neste link poderão ver o que vai mudar no lugar da Bela Olhão: um hotel com 310 unidades de alojamento (quartos) e um predio com 285 fogos.
Para os mais antigos, sabem que aquilo era uma zona de sapal pelo que dificilmente serão feitas caves, que aliás está previsto o estudo prévio do solo, uma forma simpatica de desonerar o promotor de fazer caves, até porque estas construções vão ter oito pisos e seria necessária uma sapata de grandes dimensões para o suportar.
Mas onde está o espaço para estacionamentos se aquilo que se vê na planta não dá nem para metade? E o que acontecerá aos moradores da Associação 11 de Março, também abrangida por este plano?
Com estas condições não espantará que aumente o estacionamento dito selvagem, quando a selvajaria é premeditada ao não criar condições para que as pessoas possam estacionar.
Se ainda é possivel resolver o problema do estacionamento, o qual precisa de grandes espaços, cada vez são menores os espaços para o fazer.
A câmara presidida pelo Pina só pensa nas receitas do IMT, quanto vai arrecadar, masnão se preocupa com a qualidade de vida dos residentes.
Estamos a menos de um mês de decidir quem vai gerir a autarquia nos próximos quatro anos. Quem tem medo de uma mudança? Desde logo aqueles que têm estado na posse do pote, a corte de patos bravos, os facilitadores de negócios, e toda a casta que vive à custa, não da autarquia, mas do mal que vêm fazendo aos residentes.
EU NÃO VOTO PINA!

1 comentário:

Anónimo disse...

Se nesta santa terra nem a oposição luta, como se pode afastar esta escumalha do poder? A abstenção vai influenciar?
Suspeito que os “mesmos de sempre” se vão ficar a rir novamente :/