sábado, 28 de agosto de 2021

OLHÃO:MEDO E BUFARIA, AS GRILHETAS DE UM POVO

 1 - Para que um Poder possa governar sem sobressaltos nada melhor que  que incutir o medo. Poucos tempo depois da aprovação do Código de Trabalho, o seu pai, numa entrevista, acabou por deixar escapar o alcance da sua medida dizendo: esqueçam, o tempo do trabalho estavel e seguro acabou.  
Por ser inconveniente não disse tudo, faltava ainda referir as consequências da instabilidade e insegurança de quem trabalha. A verdade é que um trabalhador que não tenha um trabalho estavel e seguro vai viver sob o espectro de perder a qualquer momento o seu ganha pão, correndo o risco de perder a casa, o carro, a mobilia e a ... familia!
Com essa grilheta, que é disso que se trata, o tabalhador torna-se numa presa facil e docil, à mercê de qualquer canalha. Não regateia aumentos de salarios, não vai à luta, não dá a cara e acorbada-se.
O curioso é ver um Estado patrão que tem uma enormidade de pessoas a trabalhar em regime de trabalho precário, tornando-os obedientes às chefias, não podendo abrir a boca sob pena de ser dispensado ou de não ver o seu contrato renovado.
2 - Como complemento dessa situação, porque o trabalhador pode ter um desabafo com um colega, amigo ou vizinho, lamentando-se do que vai no seu trabalho, é necessário ter alguem para denunciar junto do chefe ou patrão, o que aquele diz. 
Mas isto não se prende apenas com o trabalho, podendo ser aplicado nas mais variadas situações, sendo passivel de denuncia, todos aqueles que se manifestem contra os poderes instalados. E as redes sociais estão pejadas de bufos para satisfazer quem está por cima. Esta é outra grilheta que o poder utiliza para trazer a pessoa docil, sem  protestar!
3 - Em Olhão está a cultura que o Poder local tem vindo a promover, como sejam nos casos de estacionamento ou mais visivel, no caso da recolha de lixo.
A bufaria a substituir-se a quem tem a obrigação de fiscalizar o cumprimento dos regulamentos e ou tarefas que lhes estão cometidas.
A Ambiolhão tem fiscais de limpeza, que sabemde todos os pontos de recolha, onde estão os contentores de lixo mas, como se tem visto nas zonas fora das malhas urbanas, a recolha leva dias sem ser feita. Onde anda a fisclização? Não sabe ou não quer saber? Ou será que a empresa municipal não tem os meios necessários para fazer a cobertura de todo o concelho?
Estamos a falar de meios tecnicos e humanos, que pelos vistos a empresa está carenciada, porque os meios financeiros são canalizados para a propaganda. A isto chama-se desinvestimento!
No passado todos os serviços eram prestados por serviços municipalizados, pelo que a criação de empresas municipais obedece apenas ao principio da criação de empregos para camaradas, amigos ou afilhados. Por isso sempre defendemos o fim de todas as empresas municipais com municipalização dos serviços.
Logo vêm os defensores do clube, que de outra coisa não se trata senão clubite politica, atacar quem denuncie publicamente a péssima recolha do lixo fora das malhas urbanas. Apenas têm razão aqueles que se pronunciam contra quem, podendo colocar o lixo nos contentores o não façam. Mas aí devem chamar pessoalmente o infractor à atenção. Isso é um acto de cidadania, denunciar as pessoas, o amigo, o vizinho ou outro qualquer é um acto de bufaria.
4 - No regime anterior, a policia politica também tinha a sua rede de bufos, que tratavam de denunciar todos os que defendessem a liberdade e democracia. Qual a diferença entre as consequências dos bufos do passado e os do presente?
Os do passado levavam as pessoas a serem privadas da liberdade e a serem torturadas, é bom não esquecê-lo; os do presente levam à perseguição no trabalho ou nos negócios, uma forma diferente de prisão, sem paredes mas com muitas carências.
Isto é um problema cultural que urge combater, combater o medo e a bufaria. Pelo contrário devem exigir a sua participação,intervenção nos processos de decisão. Não podem continuar a deixar que a representatividade delegada pelo voto permita que os seus representantes tomem medidas contra os seus interesses.
As pessoas devemexigir o cumprimento das promessas feitas em campanha eleitoral, transformando-asnum contrato eleitoral que em caso de incumprimento implique a destituição do cargo!
LUTEM! 

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