Desde meados de 2014 que a câmara municipal de Olhão vem mantendo um braço de ferro, primeiro com a REFER e depois com a Infraestruturas de Portugal, em torno da passagem de nivel da Avenida, um problema que já havia sido levantado no tempo do antecessor do actual edil.
Entretanto, a Infraestruturas de Portugal avançou com o processo de electrificação da linha nos troço entre Faro e Vila Real de Sº António, o pode vir a trazer novos problemas.
Como toda a população sabe, o caminho de ferro atravessa a cidade, formando uma barreira que impede a normal circulação de pessoas e viaturas, existindo diversas passagens de nivel dentro da cidade.
Por Lei, a maior parte delas terão de ser encerradas, o que vem agravar ainda mais a situação da passagem de nivel da Avenida.
Imaginem os olhanenses o que pode acontecer se, a poderosa Infraestruturas de Portugal, e à semelhança do que tem vindo a fazer no Norte do País, entender que tem de encerrar as passagens de nivel da Rua Almirante Reis e na Rua da Feira (vulgo Barraquinhas).
A concretizar-se, as alterações para a circulação de pessoas e viaturas seria tremenda, já que só restariam a ponte na Rua 18 de Junho (estreita), o famoso tunel da Avenida e o viaduto junto ao Siroco.
Não bastava o fenómeno da gentrificação promovido pela autarquia senão uma barreira fisica, uma autêntica fronteira a separar os dois lados da cidade, o rico a Sul e o pobre a Norte.
Será que os nossos ilustres autarcas não sabem de nada? Ou sabem e não têm interesse em falar no assunto? Porquê o silêncio sobre as consequências da electrificação da linha?
O nosso presidente, que diz ter relações previlegiadas com o ministro das Infraestuturas, certamente que sabe de alguma coisa, mas prefere calar-se.
Os olhanenses devem estar atentos e começar a questionar sobre o futuro da mobilidade na cidade e organizarem-se para dar a resposta adequada caso venham a proceder ao encerramento das passagens de nivel da Rua Almirante Reis e da Rua da Feira.
Quem os avisa bem lhes quer!