segunda-feira, 31 de março de 2008

ONDE FOI PARAR A RECLAMAÇÃO?




Bem pintado, com um aspecto exterior que não choca ninguém. Que problema terá? Que terá levado os comerciantes deste mercado municipal a entregarem na câmara de Olhão um documento assinado reclamando a sua intervenção?
Foi instalada uma câmara frigorífica neste mercado municipal. Ao que parece, esqueceram-se do escoamento das águas que se acumulam no interior da mesma. Essas águas, aquando da abertura da porta câmara, deitam um cheiro pestilento.
Reclamaram, reclamaram e nada. Assinaram uma reclamação que, segundo dizem, entregaram na câmara. Até ao momento, ainda não tinham obtido resposta alguma. Será que se perdeu essa reclamação? Será que não quiseram incomodar o snr presidente com coisa tão pouca? Os comerciantes do mercado municipal da Fuzeta continuam a aguardar pacientemente pelo desfecho.

sábado, 29 de março de 2008

RECEBEMOS DA JUNTA DE FREGUESIA DE OLHÃO...

Lamento que se coloque na net, sem qualquer pudor e respeito pelo trabalho dos que procuram fazer algo por Olhão sem ter o devido conhecimento do assunto.
Lamento ainda que as pessoas que escrevem estas difamações me conheçam e que eu desconheça o que significa que têm atitudes cobardes.
Deveriam sim fazer um levantamento fidedigno.
Primeiro quero esclarecer que relativamente à página da Junta neste momento é o Sr. Jorge Larguito que tem este serviço, porque a partir do momento que para este cargo entrei pedi vários orçamentos e foi a sr. referido que apresentou a melhor proposta. Antes também foi a melhor proposta apresentada.
A Galeria sita na Rua da Feira, é propriedade minha e do meu pai, evito falar publicamente no assunto, porque se falasse quereria protagonismo, mas como não digo nada e circula a informação inventam.
Quero salientar que quem escreveu esta difamação fique a saber que a Galeria Adriano Baptista se encontra no estado em que toda a gente sabe, o que implicaria deixar de haver exposições, caso não houvesse um espaço alternativo.
Eu e o secretário da Junta procuramos e eram espaços que estavam fora das possibilidades do orçamento, assim pedi ao meu pai que GRATUITAMENTE me facilitasse o mesmo de modo a não terminar esta actividade.
Posso dizer que na minha actividade profissional ganhava bem mais do que aqui…mas há os que só sabem criticar sem fundamento para sujar o bom nome dos que algo fazem.
Relativamente à ACASO não vou falar porque não gosto de difamar e especialmente fazer lavagem de poupa suja.
Se realmente são pessoas de bem e com carácter e querem a verdade, estou ao dispor para poder mostrar o orçamento desta junta, que é transparente e objectivo e para poder responder a todas as questões sobre qualquer assunto que me diga respeito.
Com o mais elevado respeito por quem é digno, honesto e tem conhecimento da verdade e a repõe.
Gracinda Rendeiro

Gostávamos de esclarecer a Drª Gracinda Rendeiro que não foi nenhum dos autores do blog que colocou as questões a que se reporta. Sinceramente, até temos algum apreço pela sua pessoa. Vêmo-la como uma pessoa de bem, como uma democrata e nada nos move contra a sua pessoa, podendo ou não concordar com algumas coisas. Mas, mais uma vez, reafirmamos que os comentários não são da nossa autoria e que quem os fez lá saberá das suas razões, certas ou erradas, como compreenderá e por pensarmos assim, não temos qualquer problema em publicar a sua mensagem.

A IMPUGNAÇÃO DA CDU...

Ao que parece a CDU terá recorrido ao tribunal administrativo de Loulé pedindo a impugnação da assembleia municipal em que foi aprovado o POLIS. Todos nós sabemos que nestas coisas há regras, há regulamentos, há prazos. Se as regras, se os regulamentos, se os prazos foram cumpridos, então não há como impugnar a assembleia municipal. Não confundamos as coisas. Uma questão é o direito legal de aprovar ou não, outra coisa trata-se do direito moral.
Naturalmente que para apreciar um documento extenso como o do POLIS, para em consciência poder decidir, para quem trabalha e não tem tempo disponível para se dedicar a tempo inteiro a estas questões, fica muito difícil (praticamente impossível) ajuizar com um mínimo de racionalidade o documento em causa dentro do tempo que lhe foi disponibilizado.
O que há a fazer é alterar as regras, alterar os regulamentos, por forma a que no futuro seja possível tomar posição de uma forma consciente. Temos consciência que a maioria não quer alterar nada, porque é a única situação que lhe interessa. Assim, podem manipular as assembleias a seu belo prazer.
Mas, e é bom que se diga, que se os eleitos pela CDU não tiveram tempo para estudar o documento, só tinham uma atitude a tomar: não aprovar o documento em causa e denunciar a atitude da autarquia. É caso para dizer: "casa arrombada, trancas à porta". Depois de terem aprovado, depois de terem cometido a argolada, é que se lembraram de recorrer ao tribunal e só depois é que denunciaram publicamente a situação, quando deviam ter feito ao contrário, não aprovavam o documento e denunciavam publicamente porque é que não aprovavam.
Por outro lado também temos que separar as águas. Uma coisa é o POOC e outra coisa o POLIS. Sempre o dissemos, o POLIS vai beneficiar Olhão. O que condenamos vivamente é que se tivesse subordinado o POLIS ao POOC. Afirmar isto é controverso, sabemo-lo mas foi que a assembleia municipal de Faro fez: "ou jogamos as casinhas (de preferência as dos que tem menos recursos, políticos e financeiros) abaixo e aprovamos o POLIS ou então, se não quiserem as casas deitadas abaixo, não há POLIS para ninguém". É esta política que nós condenamos.

sexta-feira, 28 de março de 2008

AGRESSÃO A DUAS PROFESSORAS EM OLHÃO!

Antes das férias da Páscoa, duas professoras foram agredidas, pela mãe de um aluno, que embora somente com 6 anos, já chegou a agredir desde colegas a auxiliares de educação. As professoras agredidas fizeram queixa à PSP. Esperemos que esta queixa chegue às mãos do Procurador Geral da República e não às da ministra da educação e do seu secretário Valter Lemos, pois são ambos da opinião que a violência nas escolas portuguesas são um fenomeno residual, embora os dados que chegaram ao procurador sejam de 390 agressões no último ano lectivo, o que dá uma média de 2 por dia,visto que o ano escolar tem 180 dias. A escola em causa é a N4 do ensino básico, mais conhecida por escola do futebol, situada em OLHÃO. Perante isto, pergunto eu a quem souber responder, nao há em Olhão um Conselho Municipal de Educação, como está previsto na legislação, que trate das questões da educação? Que medidas já tomou este orgão em relação a todas as situações semelhantes que se registam neste concelho?

OLHANENSES DE 1ª E OLHANENSES DE 2ª

Vivemos na Europa mas continuamos a pensar e a agir como em qualquer país do Terceiro Mundo. O lixo tem servido como factor de análise para avaliar o nível de desenvolvimento de um país. Há outros aspectos que também servem de análise, mas o lixo é um deles e é este que nos interessa, no momento.

Mais ou menos, todos nós, olhanenses, temos noção do aspecto horrível que tem aqueles malotes do lixo que estão distribuídos pela cidade. Eles fizeram a sua época, foram úteis e representaram uma melhoria na recolha dos lixos. Mas também não é menos verdade que a sua época já passou. Na fotografia de cima temos um exemplo de um serviço mais moderno, mais higiénico, menos agressivo à vista.

Ambas as fotografias já aqui passaram e esta da direita ilustra o terceiro mundismo da nossa autarquia. Qualquer um olhanense preferiria que a imagem da nossa cidade fosse a de cima e não a de baixo. O "nosso" presidente afirmou a um jornal algarvio que Olhão iria ser uma cidade de cinco estrelas. Não é com estes malotes que lá chegamos. Mas o que nos traz, hoje, aqui, não são os malotes. É uma questão de descriminação, uma questão de hipocrisia política, de desprezo pela maioria dos habitantes desta cidade.

Há coisas que o cidadão comum não tem como compreender. O que é facto é que a autarquia trata uns como cidadãos de primeira e outros como cidadãos de segunda. Ainda se a maioria fosse tratada como olhanenses de 1ª...No século em que vivemos, como é possível que haja uma urbanização, neste caso a dos Pinheiros de Marim, onde a recolha do lixo é feita à mão e durante o dia, enquanto no resto da cidade já não há esse tipo de cuidados? Serão os senhores que vivem na urbanização dos Pinheiros de Marim seres superiores que não possam ser incomodados pelo cheiro nauseabundo dos malotes e que as senhoras não possam ser incomodadas com o barulho da recolha do lixo dos malotes?

Não estamos contra os moradores da dita urbanização. Reclamamos, isso sim, uma igualdade de tratamento.

Que raio de tratamento diferenciado é este, snr presidente?

quinta-feira, 27 de março de 2008

BAIXOU ALGUM IMPOSTO?

Desde ontem que tem sido noticiado pela comunicação social que o governo baixou o IVA. Em que medida é que beneficiamos com essa "baixa" de imposto? Em 50 euros de compras, teremos qualquer coisa como 50 cêntimos a menos. Nem chega para um café! A demagogia é mais que muita. Claro que todos ficamos satisfeitos por baixarem impostos, mas, neste caso, se as empresas não baixarem os preços, não serão os consumidores que irão sentir os efeitos na carteira.
Em contrapartida, muito sorrateiramente, esquecem-se de dizer aos contribuintes que, aqueles que vão casar, tem a obrigação de declarar as ofertas, quanto custa o copo de água, quanto custa a fatiota, e se os padrinhos e amigos lhes fizerem ofertas superiores a 500 euros, que estas estão sujeitas a uma taxa de 10%. Cuidado, rapaziada!!! Pelo andar da carruagem ainda vou ter que declarar quanto custou o fio dental da minha namorada, quantos preservativos comprei, se eram de sabores ou não e quanto gastei neles.
Ao mesmo tempo o governo quer "negociar" com os sindicatos da função pública a tabela salarial. Mas, em que termos? Os técnicos superiores serão, de acordo com a proposta do governo, os que maiores aumentos terão e os que tem menores vencimentos serão os que terão menores aumentos.
Um governo que fala tanto em "solidariedade", em "igualdade" e mais não faz que aumentar o fosso entre os que ganham mais e menos. Fascistas! Fascistas! Fascistas!

terça-feira, 25 de março de 2008

OS TEMPOS ESTÃO LOUCOS

Em Nova Iorque e em Londres o petróleo baixa pela terceira vez consecutiva e só daqui a um mês é que poderemos saber até que ponto é que sentimos na carteira. Para subir os preços dos combustíveis, é relativamente fácil. Para baixar é que é bem mais difícil.
Enquanto o preço do petróleo vai aindando no sobe e desce, 100.000 famílias estão em risco de perder a sua casinha devido às políticas do nosso "bem amado" primeiro ministro. Bem, só representa 25% das casas que estão à venda no nosso país, ou seja, há mais 150.000 que estão na calha.
Mas, enquanto nós vamos sendo espremidos até não deitar mais sumo, a banca vai aumentando os seus lucros e vai aumentando os prémios aos seus gestores. Como andamos felizes da vida, agora até conseguiram transformar trinta e dois jovens advogados em novos "cobradores de fraque" para fazerem aquilo que o fisco e a extinta DGV não fizeram.
Quando o país vai discutindo a cena macabra daquela míuda a atirar-se à professora por causa do telemovel, vem o inefável Mário Nogueira, "chefe" da FENPROF dizer que a indisciplina nas escolas não é prioritário. Como, assim? Como quer este oportunista, que já deve estar há um bom par de anos sem dar aulas e a exercer actividade política somente, que o cidadão comum acredite na luta dos professores? O Estatuto do Aluno também diz respeito aos professores.
Com esta tipo de gente este país continuará a ser um país adiado e iremos assistindo ao aumento do caudal de pessoas cada vez mais insatisfeitas com estes políticos e com este país.

segunda-feira, 24 de março de 2008

EXPOMAR 08 - QUE BALANÇO?

Acabou a Expomar. Agora é hora de balanço. Que aspectos positivos? Que aspectos negativos?
Comecemos pelos aspectos positivos. Tivemos sessões bem interessantes, com alguns temas que dizem directamente respeito às populações que vivem da Ria Formosa, como os que versaram sobre a poluição e sobre a segurança.
Os stands das entidades oficiais e das associações de pesca e de aquacultura pouco ou nada tinham de atraentes. Ainda assim, o stand da Universidade do Algarve e o do IPIMAR eram os que salvavam a honra do convento.
Os aspectos negativos são mais visíveis. Viram-se embarcações, muitas, é verdade, mas tecnologia ligada à construção naval, nada. Viram-se motores montados nos barcos mas de tecnologia mecânica, nada. Equipamentos eléctricos e electrónicos, quase nada e de simulação ainda menos. De apetrechos de pesca, nada.
Ah, já me esquecia: dispensamos os apartes do snr comandante de porto e do seu chefe. É que, para eles, pode ser bom transformar o porto de pesca em marina mas também não apontam caminho algum para a pesca. Já sabemos que isso irá acontecer, mais tarde ou mais cedo e foram bem claros. Quem não é claro nesta história é o snr presidente da Câmara que foge com o rabo à seringa com medo de perder os votos de quem elegeu anteriormente.
A EXPOMAR deste ano foi mais pobrezinha que as anteriores realizações. Um evento desta natureza tem de ter outro chamariz que não são só os barcos, porque barcos podem ver-se todos os dias ali mesmo em frente. Há que dar outra dinâmica ao evento, há que atrair as empresas que detêem a tecnologia ligada à construção e reparação naval, à mecânica, à electrónica, à segurança, à poluição, etc, etc.
Mas mesmo assim, ainda é preciso atrair as pessoas com uma outra "oferta" com espectáculos, com mais gastronomia, com mais "Ria"...

Páscoa Cheirosa em Olhão!

Há quase 24 horas, e em plena EN125 junto à Moviflor, salta tipo repuxo, um esgoto, que se trasformou num pequeno ribeiro, com cheiro intenso. Excelente cartão de visita para quem nos visitou no domingo de Páscoa. Por este andar, a cidade 5 estrelas que o presidente pomposamente anunciou, rapidamente se irá transformar em realidade. Depois das descargas para a ria, esta situação que dura à 24 horas, sem capacidade de resposta por parte da autarquia, só revela que o que se pretende é inaugurações e obras de fachada e que o dia-a-dia da população está em segundo plano.

domingo, 23 de março de 2008

AINDA SOBRE O AUDITÓRIO

Em Olhão já existem outros dois auditórios: um no IPIMAR e outro no Parque Natural da Ria Formosa. Em qualquer dos casos, pagos com dinheiros do erário público, isto é, dos contribuintes, isto é, com o que todos os meses nos tiram dos nossos parcos vencimentos.
O auditório do Parque Natural é o "must", coisa fina, coisa que não convém conspurcar com os "ignorantes" de Olhão. Quanto custou? Que utilização teve e que utilização tem? É utilizado duas três vezes ao ano? Provavelmente, nem isso. O do IPIMAR? Quanto custou? Que utilização tem? Bem mais que o do Parque Natural, é verdade. Mas, existindo já estes dois equipamentos, para quê um terceiro?
Neste jogo de obras de fachada pode-se sempre utilizar o argumento de que os outros dois equipamentos não são propriedade da Câmara, que a Câmara não se pode sobrepor àquelas entidades. A juntar a estes, se calhar, ainda poderão juntar mais uns quantos para reforçar o relambório, mas não nos convencem.
4.200.000 euros é quanto custa esta obra? E o resto? Mas mesmo que "só" sejam esses 4.200.000 euros, justifica-se o esbanjar dos dinheiros públicos? Poderão até argumentar que boa parte é co-financiada pela União Europeia. Como se nós não tivéssemos que pagar mais tarde aquilo que temos estado a colher...Nestas coisas há sempre quem ganhe e quem perca e quem perde sempre, é sempre o "mexilhão". As vaidades pessoais de um presidente de Câmara, aspirante a deputado e quem sabe mais o quê, tornam-se caras. As vaidades do snr presidente e de mais umas quantas vaidades...

sábado, 22 de março de 2008

A VIOLENCIA NAS ESCOLAS - 2

O Secretário de Estado da Educação considera ignorância o desconhecimento de que o "Estatuto do Aluno" aprovado em Novembro último, não está em vigor em todas as escolas. Mais, considera ainda, que dizer-se que os alunos podem fazer o que quiserem, que é incentivar à indisciplina. Ora, e não é verdade que podem fazer o que quiserem? Que medidas de fundo foram tomadas? Que faz com que os alunos tenham estes actos de indisciplina? Não é o terem conhecimento de que existe uma certa impunidade? É!!!
Mas, por outro lado, quando vemos uma dirigente da Associação Nacional de Professores proferir as declarações que proferiu para as televisões, não é o mesmo que estar a atirar para cima dos professores um determinado estado de fraqueza por parte da própria classe?
A grandiosa manifestação dos professores, ao contrário do que os governantes pretendem fazer crer, não se prendia só com a avaliação mas, também, com todo o ensino. No entanto, e porque os professores estão divididos, muito divididos, torna-se difícil tomar uma atitude mais drástica. A própria manifestação veio trazer ao de cima algumas fragilidades. Ao parar em frente à sede do P"C"P, aquele minuto foi fatal para a união da classe, porque os professores sem partido ou de outros partidos, que se encontravam na manifestação, só poderiam interpretar, tal situação, como uma manobra para ligar a manifestação àquele partido. Depois, as formas de luta adoptadas a seguir, as bandeiras pretas e as "t-shirts" pretas foi só show off, porque o governo não se sente minimamente atingido com essas formas de luta. Fica só o simbolismo do momento, nada mais. E uma manifestação com 100.ooo professores deveria ter outras consequências, devia atingir o coração do governo. Não o fez e agora temos esta cena macabra da menina. Talvez, que aproveitando esta onda, os professores possam unir-se em torno desta situação e fazer uma séria demonstração de força e procurar mudar este modelo de educação, este modelo de escola e participar efectivamente numa verdadeira reforma do ensino. Provavelmente, muito provavelmente terão de mandar o snr Mário Nogueira às urtigas...

A EXPOMAR E O POLIS

Foi oportuna a escolha dos temas da Expomar. Assim, mais umas quantas pessoas ficaram esclarecidas quanto a algumas questões que afectam a ria e a quem nela trabalha.
Mas também ficou claro que o presidente da Câmara de Olhão não está cá para resolver qualquer questão. Quando ele diz que com o POLIS se vai afundar a barra ou os canais da ria, está objectivamente a fugir à questão principal. Não é afundando a barra ou os canais que se resolve o problema da poluição. É, isso sim, atacando as fontes poluídoras e que estão sobejamente identificadas.
Se a própria GNR já teve oportunidade de confirmar o que falta agora? Bem, parece-me que os viveiristas tem que procurar uma forma de luta que não passa por usar bandeiras pretas, como forma de luto. Isso é só uma forma de desviar a atenção dos objectivos, é apenas simbólico, não faz mossa. Os viveiristas tem que se unir, organizar-se e exigir indemnizações às autarquias da Ria Formosa pela mortandade do marisco. Mas, atenção, quando falamos em organizar-se, chamamos a atenção para terem cuidado com as associações, porque na maioria dos casos são associações criadas, inicialmente, para servir a comunidade e depois são completamente desvirtuadas e servem, sim, para usufruto de dois ou três elementos, apenas.
O esgoto, no topo norte da doca, muito provavelmente só terá solução quando o snr presidente sa câmara transformar o porto de pesca em marina, empurrando os "porcos, feios e maus" dos pescadores para um sitio onde irão apanhar com outro esgoto. Bem, pelo menos as eirozes deixam de aparecer com pensos ou óculos...
Os níveis de cobre estão a aumentar? As águas da Ria estão piores? Porquê? Será que o POLIS tem "cura" para este problema? Ficamos à espera para ver...

sexta-feira, 21 de março de 2008

EXPOMAR 2008- Cátia Cardoso diz "A ÁGUA DA RIA ESTÁ PIOR!

Diz o último comentador deste artigo, presente na discussão do tema “Monitorização da qualidade da água, sedimentos e bivalves no sistema lagunar da Ria Formosa, área de Olhão”, que a investigadora Cátia Cardoso diz que a qualidade da água da Ria está pior, que tem níveis de cobre superiores ao normal, que o oxigénio no Verão tem níveis inferiores a 50 % dos valores normais e mais problemas foram lá levantados.

Depois de ler esse comentário, confirmamos que realmente o poder económico fala mais alto que os interesses da população da Ria. Ou seja primeiro o poder económico, depois os cerca de 10000 pessoas que vivem da Ria.

Se o Sr. Castanheira não esteve lá presente, perdeu uma boa ocasião de apresentar o auto de queixa pública e de denunciar que a lei da poluição não está a ser cumprida. O Sr. presidente simplesmente anunciou que há dinheiro do Polis para o desassoreamento das barras. Sobre os esgotos não tratados nem uma palavra, o que já vem sendo normal. A ânsia do turismo é tão grande que continua a esconder a cabeça na areia, apesar das situações reais. Para quem não sabe, da produção de amêijoas do país, 90% são da Ria Formosa e desses, 75% são dos viveiros de Olhão. Isto não será poder económico? Será que este não é um VALOR (em todos os sentidos) da nossa Ria? Ou será mais importante construir um campo de golfe, construir empreendimentos turísticos, esquecendo a defesa deste nosso bem natural e dos que trabalham e vivem na Ria aproveitando esses recursos?

A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

As imagens que ontem passaram nas televisões, com aquela aluna a disputar com a professora a posse do telemóvel, são esclarecedoras do ambiente que se vive nas comunidades escolares, de norte a sul do país.
Para Sócrates e para a Ministra da Educação parece não ser um aspecto relevante, só a avaliação dos professores é que conta. Sócrates e a ministra falam em escola de sucesso, uma escola em que no dia a dia os professores se vão confrontando, cada vez com mais frequência, com situações destas.
Mais importante que penalizar, aquela aluna e os colegas que a estavam a apoiar, é discutir qual deve ser o papel do professor, o papel dos pais e o papel dos alunos. Uma boa parte dos pais deste país certamente que se sentiu indignado com o que viu e certamente terá concluído que não é esta educação que quer para os filhos, não é a educação baseada na agressão e na intimidação, não é a educação em que, ainda que só contem em 6,5%, a avaliação dos alunos conte. Mas se a "menina" (fazia quase duas da professora) tinha o telemóvel foi porque alguém lhe deu e quem lhe deu não a proíbiu o uso na sala de aula e, muito provavelmente, ainda é capaz de dar razão à jovenzita.
Uma reforma é necessária, a avaliação dos professores é necessária. Mas em que termos vamos fazer essa reforma? Baixando a fasquia dos conhecimentos a atingir? Procedendo a uma avaliação dos professores como forma de pressão para passar este tipo de alunos? Tornando a escolridade obrigatória até aos 18 anos à espera que um vândalo atire um professor pela janela?
Não é castigando exemplarmente esta aluna e os outros que a apoiavam que irão resolver o problema. Estas situações requerem soluções de fundo, merecem uma reflexão muito ponderada sobre o papel dos vários intervenientes no sistema educativo, no fundo, uma discussão séria sobre a escola que pretendemos para os nossos filhos e cabe, em boa parte, aos professores tomarem a dianteira. Os alunos vão passando pela escola e os professores lá vão ficando, aguentando a "má criação" dos filhos dos outros...

OBRIGADO, MUITO OBRIGADO!

Este blogg apareceu pela necessidade de combater o unanimismo que a sociedade olhanense vive. Em Olhão vive-se uma situação de, praticamente, partido único, e, quando assim é, o que mais não faltará são assuntos que podem e devem vir à discussão.
Com uma abordagem diferente sobre os mais variados aspectos, controversa é certo, começa a fazer mossa nalgumas pessoas que vão vivendo à custa desta paz podre. Não nos sentimos obrigados a concordar com tudo e até mesmo entre os autores do blogg há aspectos em que existe discordância, mas é uma discordância saudável, é uma discordância que nos permite aprofundar outras questões.
Poderemos cometer erros aqui e acolá, procuramos evitá-los e também procuramos combater o oportunismo de quem anda na política para tirar dividendos em proveito próprio. Acreditamos que há gente séria na política, gente honesta, mas também acreditamos que na maioria nos casos essas pessoas são (a imagem dessas pessoas) "usadas" com objectivos com as quais, à partida, elas não concordam. Mas, quem não quer ser lobo, que não lhe vista a pele.
Vem esta treta a propósito do "virus" que nos mandaram. A leitura que fazemos, é de que há alguém que sente incomodado, é sinal de que estamos mexendo com alguns interesses instalados, é sinal que estamos no caminho certo e que devemos continuar, que, provavelmente, deveremos ser mais ousados, vincando bem a diferença. A esse "míudo" até lhe agradecemos pelo sinal que nos mandou. Obrigado, muito obrigado por nos mostrares que estamos certos, pela força que nos deste. Vamos continuar. Boa sorte para ti.

quarta-feira, 19 de março de 2008

EXPOMAR 2008, dia de inauguração, dia de poluição

Como uma imagem vale mais que mil palavras aqui vos deixo algumas captadas hoje, 19/3/2008 nos esgotos junto ao cais T, já referenciados no artigo Sobreviver2.

Não confirmei, mas viveiristas disseram-me que no esgoto junto à EXPOMAR, de manhã, com maré vazia, aconteceu semelhante descarga assassina que irá mais uma vez, dar origem a mais mortandade de marisco na Ria e afectar os respectivos viveiros e toda a fauna e flora.

Não proponho para debate na EXPOMAR o tema Poluição na Ria, pois isto é palavra proibida, é melhor continuar a enterrar a cabeça na areia como a avestruz. Na próxima 6ª feira das 17h às 19h o tema 1 em discussão é “Monitorização da qualidade da água, sedimentos e bivalves no sistema lagunar da Ria Formosa, área de Olhão”. É um tema interessante, provavelmente ir-se-á falar de poluição e do vírus PerKinsus Atlanticus, que dizem ser o maior responsável pela mortandade das amêijoas.

Penso que a poluição e esse vírus deviam ser pontos fortes a debater. Segundo as imagens, a poluição é real e esse vírus esteve em debate europeu num Congresso em Vigo, em Setembro de 2007.

Não sei se algum responsável do IPIMAR lá foi ou se foi algum dirigente da Associação de Viveiristas. Se calhar estas associações deviam estar mais interessadas defender os interesses da classe que representam, do que servir interesses pessoais. É que parece que a cumplicidade compensa, falar de poluição e mortandade dá má imagem à autarquia e à cidade, mas o que é certo é que às pessoas, principalmente aos viveiristas e aos pescadores, que só têm a Ria como base de sustento, não lhes interessa o showoff das EXPOMARes, se não lhes resolverem os seus problemas.

terça-feira, 18 de março de 2008

A.C.A.S.O. - A GOLPE

Depois do que vimos na entrevista de um dos elementos da Lista A e agora, um esclarecimento da Lista B, nas páginas do Jornal "O Olhanense", já sabemos que a Lista A é, de facto, uma lista do P"S". A secretária da Mesa da Assembleia Geral era candidata pela Lista A e havia outro elemento da Lista A, filho do presidente da Mesa da Assembleia Geral e actual Presidente da Comissão Concelhia do P"S". Para além de o P"S", em Olhão, funcionar como uma monarquia, que passam os lugares de pais para filhos e de marido para mulher, como se de uma herança se tratasse, ainda temos que aturar mais estas golpadas.
De acordo com aquilo que a Drª Maria da Graça nos dizia há umas semanas atrás e com aquilo que agora diz no "O Olhanense", a lista A tinha pessoas que não perfaziam os requisitos de acordo com o estatuto. Sendo assim, só podemos pensar que havia a tentativa de controlo total da instituição, sem olhar a meios, isto é: à golpada.
É isto a democracia do P"S"? RUA!

DEMOCRATAS DENUNCIAM "TENTAÇÕES TOTALITÁRIAS" DO GOVERNO

Por ser um artigo extenso mas bastante interessante, convidamos aqueles que tiverem mais propensão para a leitura para dar uma vista de olhos em www.diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=323857 Afinal parece que não somos só nós a pensarmos que vivemos em ditadura ou que para lá caminhamos...

segunda-feira, 17 de março de 2008

MAIS UMA OBRA DE FACHADA, NÃO?



Que a cultura é importante, ninguém tem dúvidas. Que todos devemos ter acesso a ela também é verdade, mas só no papel. Na realidade, as pessoas que vivem do ordenado mínimo não tem dinheiro para comprar um jornal, quanto mais um livro. E, já não é mau de todo, se lerem algum jornal que comprem, ainda que sejam no essencial jornais desportivos.
Uma biblioteca faz sempre jeito àqueles cujas posses não lhes permitem comprar livros. Em que termos vai funcionar?
Mas não é a biblioteca que nos trás até aqui, que nos faz pegar neste edifício e procurar que ele se transforme numa prioridade, uma verdadeira prioridade. Para os mais velhos, o edifício do "hospital velho" era pertença do compromisso marítimo. Os tempos foram-se passando e foi mudando a sua posse até ficar nas mãos da autarquia.
Se olharmos à nossa volta, se olharmos para o dormitório que é Olhão, não é difícil de verificar que há um elevado número de pessoas que não tem onde colocar os seus familiares que se encontrem em fase terminal ou a necessitar de cuidados permanentes. As unidades de cuidados permanentes, mais próximas, são as de Loulé e de Vila Real de Santo António. Mas, para uma pessoa que viva do ordenado mínimo, a deslocação de um seu familiar para um centro desses representa despesas acrescidas, representa um tempo importante para ganhar o seu pão. De Olhão para Loulé não há transporte directo. Tem que apanhar o autocarro ou o comboio para Faro e depois outro autocarro para Loulé. Quanto tempo implica a ida e volta?
Tendo a biblioteca a sua importância, qual a prioridade snr. presidente? A biblioteca ou a unidade de cuidados permanentes?

domingo, 16 de março de 2008

A REQUALIFICAÇÃO DA 125 E A VIA DO INFANTE

Os "socialistas" já vieram a terreiro defender o seu mentor: "portagens na Via do Infante, isso é uma mentira da oposição". Alguém vai ter que pagar os 150 milhões que o governo pretende gastar na 125 e é natural que nesta legislatura não tenha coragem de lançar as portagens proque as obras ainda não se iniciaram e só lá para 2010, portanto, na próxima legislatura é que ficarão prontas.
Habituados como os portugueses estão ao que hoje é branco, amanhã é preto, dá para perceber que quando dizem que não serão lançadas as portagens nesta legislatura, o significado que tem é de que na próxima legislatura teremos que pagar, o resto é conversa da treta do P"S".
Os socialistas acham que as 64 rotundas serão alternativa à Via do Infante. Nem mesmo com uma redução significativa do número de carros a circular por falta de dinheiro para o combustível, será alternativa.
Mas vamos ver, até ao lavar dos cestos é vindima e a continuar assim, com a atitude fascizante deste governo, com a luta dos professores, da função pública, com o POLIS da Ria Formosa e ainda mais essa da Via do Infante, é bem provavel que os olhanenses e os algarvios expressem o seu voto em sentido contrário, se é que vão participar nessas eleições.

COMEÇOU A CAMPANHA ELEITORAL...

Ontem começou a campanha eleitoral para as eleições que só começam daqui a ano e meio. O P"S" com comício no Porto. O PSD andou por terras beirãs. O P"C"P pela Madeira.
O P"S" do eng(?) Sócrates continua com o discurso salazarento do "quero, posso e mando". Continua a atacar os professores e toda a função pública. Impostos, baixar é que não. Ainda é cedo. Se os baixasse agora deixava de ter o rebuçado para oferecer em vésperas de eleições.
Fala como se vivessemos todos bem. É curioso ver as pessoas em dificuldades para pagarem os empréstimos à banca e os banqueiros reunidos decididos a aumentarem os "spreads". Como já não há vergonha nem pudor, no dia a seguir aumentam-se os prémios aos gestores. Só quando foi do proposto aumento do pão e do sal é que havia concertação de preços.
Os portugueses ficaram fartos de Salazar e também estão a ficar fartos de Sócrates.

sábado, 15 de março de 2008

A NAUTICA DE RECREIO EM DEBATE NA EXPOMAR

Será mesmo a nautica de recreio que vai estar em debate? Parece que não. O que está em causa é uma actividade comercial aue se chama "marítimo-turísticas", mal regulamentada e ao sabor do desvario.
Num país de terceiro mundo como o nosso, numa república das bananas como "nós" somos, há sempre a tendencia para a mediocridade, para o amadorismo. Para a pesca é exigida formação profissional. Para a nautica de recreio é exigida formação. E para as marítimo-turisticas? Nada!
Quando se viaja de avião, lá vemos as hospedeiras de bordo a fazerem demonstrações de como usar o colete em caso perigo, onde eles se encontram, as portas de saída, etc, etc. Quando viajamos para as ilhas nos barcos da carreira, ninguém é informado do local onde os coletes se encontram e como os passageiros devem proceder em situação de emergência. Que raio se segurança é assegurada aos passageiros?
A nautica de recreio tem servido como um óptima fonte de receita para o IPTM e não só com a a quantidade de exames que são efectuados de norte a sul do país e com exigências absurdas do ponto de vista do conhecimento. As vistorias às embarcações são um pesadelo e o "selo" dos barcos como que triplicou.
Aos homens da nautica de recreio sugerismos-lhes que se façam representar em força na Expomar e que denunciem estas situações.

"INSCRIÇÃO MARÍTIMA", MAIS UMA TEMA PARA DEBATE NA EXPOMAR...

A EXPOMAR, para além da feira das vaidades que é no dia de abertura, tem aspectos positivos e as sessões de debate até que são interessantes, embora que, por vezes, não vão ao encontro daquilo que as pessoas querem ouvir.
A "inscrição marítima" não é um processo tão simples como o iniciar a maioria das profissões. Obriga a frequentar um curso de formação profissional, obriga a uma série de exigências burocráticas, que custam tempo e dinheiro. Algumas coisas até que se compreendem, outras já não. Mas, se o indivíduo, por exemplo, estiver mais de dois anos sem se matricular numa embarcação de pesca, dá direito à suspensão da dita inscrição. Assim o diz o R.I.M. Mas, suponhamos que o indivíduo pretende voltar à pesca após esses dois anos. Que acontece? Não pode sem primeiro se sujeitar a um exame de aptidão profissional, exame esse que só é possível em Lisboa ou lá de tempos a tempos e com um juri que vem de Lisboa.
Em nenhuma outra profissão isto acontece. Os armadores queixam-se da falta de pessoal e a legislação só complica as coisas. Em quanto fica esse exame se o homem tiver que ir a Lisboa? Como se quantifica os custos de estar sem poder exercer a profissão?
Esta situação só tem cabimento numa lógica de acabar com a pesca como tem sido apanágio dos sucessivos governos. O ano passado, o Secretário de Estado afirmou que iria haver alterações nas estruturas de formação. Houve? Parece que não e se houve foi para pior.
Os armadores e os pescadores devem aproveitar a Expomar para denunciar esta situação.

quinta-feira, 13 de março de 2008

“Pescadores em risco”, tema de debate para a EXPOMAR

Os operários do mar estão sempre em risco desde que abalam para a faina até atracarem ao cais, mas neste momento ainda mais risco correm, visto estar a decorrer um justo processo de luta, por todas as tripulações dos salva-vidas de todo o país. Sendo o seu horário de trabalho das 9h às 17h e de segunda a sexta-feira, esta luta é a recusa às horas extraordinárias e ao trabalho nos fins-de-semana, sem a respectiva compensação.

O I.S.N. (Instituto de Socorro a Náufragos) recusa-se a meter mais tripulantes ao serviço, querendo que as actuais tripulações façam o serviço, a bem-dizer, 24 h sobre 24h. Fazem o serviço normal e estão sempre contactáveis por telemóvel, sendo inclusivé, obrigados a levar o telemóvel para a cama para o caso de emergência.

Ora os tripulantes dos salva-vidas, de Norte a Sul, depois de anos e anos de promessas não cumpridas resolveram encetar uma forma de luta que é de fazer horário normal e não estarem contactáveis por telemóvel. O principal objectivo desta luta é obrigar o I.S.N. a meter mais tripulantes que assegurem um horário contínuo.

Na sequência desta luta, o patrão do salva-vidas de Olhão, Luís Amador, recusou-se a fazer uma saída sozinho por não ter a tripulação mínima, que são dois no caso de Olhão (o patrão e o motorista), tendo-lhe sido dada ordem de prisão, de imediato, pelo Comandante Reis Agoas. Presente ao Procurador foi-lhe sentenciado que devia estar sempre com telemóvel ligado. Não se contentando com a injustiça, recorreu ao advogado do Sindicato e depois de nova audiência, por novo juiz, foi-lhe dada a razão e neste momento a tripulação do salva-vidas só é obrigada a fazer o horário normal, sendo-lhe dispensado o uso do telemóvel fora desse horário, como é justo.

Nesta simples notícia se vê as mentiras do governo quando diz que tudo está bem quando na realidade quer é poupar, à custa do sacrifício dos direitos mais básicos.

Também na justiça se vê a dualidade de critérios. Perante um mesmo caso, a nossa justiça balança ora para um lado, ora para outro.

Penso que é hora de mudar o rumo das mentalidades para que os trabalhadores comecem a perder o medo e lutem pelos seus direitos.

Deixo também no ar duas perguntas. Uma aos Presidentes dos Sindicatos dos Pescadores de Olhão e do resto do país: Não deviam estes sindicatos, ser solidários com esta luta e obrigar a que os meios de segurança funcionem como deve ser? A outra: Se acontecer algum acidente no mar que não haja socorro, de quem é a responsabilidade? É que “Há mar e mar, há ir e voltar”!!

Proponho ainda, e para finalizar, que este tema seja discutido na EXPOMAR que se avizinha, que é afinal de contas um evento para todas as profissões e actividades relacionadas com o mar.

AINDA O POLIS...

Como já era de esperar, o POLIS, foi aprovado pela Assembleia Municipal de Faro. Também já era de esperar a cambalhota que o PSD viria a dar. Depois de impor como condição para aprovação do POLIS, o PSD acabou por abster-se, facilitando as pretensões do P"S". No fundo, P"S" e PSD comungam das mesmas idéias, das mesmas atitudes. Só diferem na linguagem quando estão um no Poder e outro na oposição, acabando, sempre por concertar posições.
Também ficámos a saber que uma quarta parte das verbas é para as demolições e que 3,5 milhões de euros são para realojamentos. Mas a Câmara de Faro ainda vai ter que explicar aos pescadores, viveiristas e mariscadores como é que vai ser esse realojamento. Quanto vão pagar pelas habitações que irão ocupar no futuro? Se se seguir o exemplo de Olhão, vai ser bonito...
Os pré-fabricados do Largo da Feira foram abaixo e as pessoas foram realojadas. Depois do facto consumado é que os munícipes se aperceberam quanto íam pagar e temos nunícipes a pagar 400 euros. 400 euros? Isto é mesmo habitação social?

quarta-feira, 12 de março de 2008

A ASAE AO ATAQUE

Já não é a primeira vez que a ASAE ataca um dos produtos tradicionais de Olhão sem que a autarquia se manifeste. O mercado do peixe lá vai sofrendo a visita dos senhores todos poderosos que multam e mandam retirar do mercado produtos tradicionais como o "litão".
A salga e seca é um método bastante antigo de conservação do pescado e que, ainda hoje, é utilizado para secar os saboros "litões" assim como as ovas de polvo. Proibir a sua comercialização é o mesmo que proibir a comercialização de outros produtos tão tradicionais comos os figos secos, torrados, cheios, etc.
Todos nós queremos uma segurança alimentar mas não se pode pura e simplesmente acabar com os produtos tradicionais só porque não transmitem a segurança que os senhores da ASAE entendem.
O apetitoso bacalhau é um produto da salga e seca tal como o "litão". Hoje em dia essa seca processa-se em fornos próprios e o sabor do bacalhau já não é o mesmo de antigamente. As quantidades de bacalhau seco não tem nada a ver com a quantidade de "litões" que se seca. Será que os senhores da ASAE querem que para meia dúzia de "litões" os comerciantes adquiram fornos próprios?
Qual a atitude da autarquia? Ficar calada, consentindo na exterminação de um produto tipico e tradicional que faz honras à mesa dos olhanenses no Natal? Cabe à autarquia defender os interesses dos munícipes e a manutenção dos produtos tradicionais.

terça-feira, 11 de março de 2008

QUE CHORUDOS ORDENADÕES!

Um estudo da CMVM de 2007 mostra que os vencimentos das administrações das principais empresas cotadas na bolsa, mais que triplicou entre 2000 e 2005. É uma tendencia que se regista de ano para ano e que a actualização salarial dos administradores nada tem a ver com as dos trabalhadores.
Em tempos de crise, quando se apela à moderação salarial dos trabalhadores, quando crescem as notícias de despedimentos, isto não passa de uma afronta a quem se vê com mais direitos cortados, com menos "benefícios". Poderão, até, argumentar que é fruto dos bons resultados apresentados pelas administrações mas não é bem assim e se tivermos em conta o que aconteceu na ZON...
É sempre o "mexilhão" quem tem de pagar os devaneios dos outros.

NÃO SERÁ MAIS UMA OBRA DE FACHADA?

Quando se iniciaram as obras, o sentimento generalizado era de ficaríamos perante um edifício imponente, um equipamento que honra qualquer cidade. No entanto, porque esta terra é bastante carenciada de certos equipamentos, seria esta a prioridade principal?

Os serviços camarários estão encafuados num sitío que já de à muito não oferece o mínimo de condições aos munícipes e quando olhamos para este novo espaço, com uma área enormissíma e que, pelos vistos, só em parte estará ocupada. Será que este espaço não poderia ser rentabilizado de outra forma?

Por outro lado, se tivermos em conta a relação custo/benefício, a quem vai servir este novo equipamento? Muito provavelmente a uma franja muito reduzida da população. Talvez seja uma obra mais para intelectual se servir, mais para o "jet set" da cidade. E "cadê" os outros?

Não será isto mais uma obra apenas para deixar nome?


segunda-feira, 10 de março de 2008

DEMOLIÇÕES VS CONSTRUÇÕES

Parece que as demolições são mesmo para levar por diante, a não ser que haja uma forte contestação popular, quer pelos munícipes de Faro, quer pelos munícipes de Olhão. Mesmo assim, os senhores do Poder, terão sempre o uso da força (policia de choque ou similar) do seu lado, que não a força dos argumentos.
Os argumentos são dos mais contraditórios. Quando se fala de ilhas barreira, até parece que há ilhas que não o são ( a Armona, por exemplo). Dá a sensação de que as dunas da Ilha da Armona não são minimamente perturbadas pela construção que continua a avançar.
Umas são "legais" em zonas de risco, outras "ilegais" em zonas normais. Umas são perniciosas ao evoluir das dunas, outras não. Para qualquer leigo na matéria torna-se difícil discernir entre o certo e o errado.
Será mesmo verdade que há um projecto de construção para 12 (doze) vivendas na Ilha da Armona e que as mesmas se destinam a uma força militar ou para-militar? Essas não afectam as dunas?

domingo, 9 de março de 2008

A propósito da luta dos Professores

"Olhão livre" recebeu esta carta de uma professora que pediu a sua publicação.


Discutir neste momento a avaliação dos professores é, quanto a mim, atirar areia para os olhos dos professores e da população portuguesa e tentar esconder as verdadeiras razões da luta dos professores.
Todas as conquistas que os professores e seus Sindicatos alcançaram ao longo destes 30 anos de lutas, de manifestações, de greves, foram em 2 meses destruídas com as alterações, feitas pelo governo de Sócrates, ao Estatuto da Carreira Docente.
Nestes dois últimos anos de reformas educativas os Sindicatos tiveram grandes culpas por esse passo atrás porque não souberam, ou não quiseram mobilizar os professores. Como órgãos eleitos por uma classe deviam defender verdadeiramente os seus interesses e denunciar as manobras nas negociações, não escamoteando as questões que verdadeiramente são importantes para a classe e para a educação no nosso país.
Pegando no que foi aqui escrito em -A Marcha da “Indignação”-, constatamos que de facto o PCP e outros partidos sempre estiveram presentes, directa ou indirectamente nas tomadas de posição dos sindicatos e, quanto a mim, aproveitam-se agora da justa luta dos professores para ganhar base de apoio (tendo em vista as próximas eleições?) junto dos professores, tentando mostrar que os defendem. Ao contrário do que esses sectores partidários dizem, a contestação não deve ser contra a avaliação dos professores (que sempre se fez) ou pelo seu adiamento, mas sim pela revogação, sem demora, das alterações introduzidas no Estatuto da Carreira Docente (e que incluem a avaliação dos professores) e ainda das restantes reformas educativas que são, quanto a mim, responsáveis pelo agravamento da situação da educação em Portugal.
Penso que exprimo o que todos os professores sentem, quando digo que, perante a possibilidade de se fazer uma reforma educativa no nosso país, os professores querem que ela seja bem feita, que seja no sentido positivo, que dignifique a nossa profissão e que contribua para a criação de um sistema educativo que responda efectivamente às necessidades dos nossos alunos, seja qual for o grau de ensino a que pertençam, porque eles bem o merecem.
Também penso que exprimo o sentir de todos os professores, quando digo que não queremos, nem aceitamos ser responsabilizados pela crise na educação, porque essa responsabilidade não nos cabe a nós, que somos apenas “executantes obrigados”, cabe acima de tudo a quem define e faz executar as políticas educativas, o Ministério da Educação e o seu governo.
Ontem foi uma grande manifestação (eu não fui), orgulho-me dela, mas não devemos ter ilusões, porque se os professores não fizerem mais nada e baixarem os braços fica tudo em “águas de bacalhau”. Quanto a mim isto é só o princípio e parece que, finalmente, contra tudo e contra todos, os professores estão finalmente unidos pelo mesmo objectivo.
Obrigado pela vossa atenção.
Otília Marques, Professora do Ensino Básico em Olhão

A MARCHA DA "INDIGNAÇÃO"

100.000 foi o número de professores, avançados pelos sindicatos e que a polícia reconheceu como sendo um número real, que participaram na manifestação de ontem. A maior manifestação de prfessores jamais realizada em Portugal. Num universo de 143.000 (números da ministra), esta manifestação contou com cerca de 3/4 da classe, o que é bastante significativo.
Só um primeiro ministro e uma ministra autistas é que não se apercebem (não se querem aperceber) que os professores que se manifestaram são pessoas dos vários quadrantes políticos e pessoas sem partido e que o está em causa não é só a avaliação, é todo o ensino.
No entanto, chama-se a atenção dos professores para as manobras de alguns dirigentes sindicais, que, dizendo não querer partidarizar a luta dos professores, procuram pôr os professores a reboque de um determinado partido, o P"C"P.
O P"C"P sempre tem estado presente através do presidente da FENPROF. A manifestação parou à frente da sede do P"C"P. Para quê? Mais tarde ou mais cedo, os professores irão questionar-se sobre a manipulação de que estão a ser alvo.
A luta deve continuar. Os professores devem fazer passar à população, em geral, tudo quanto vai mal na educação. A maioria dos cidadãos não tem a noção dos problemas que envolvem a educação. O que ouvem falar é só das avaliações. E, até mesmo a avaliação, não tem sido suficientemente explicada à maioria dos pais. Quais são os items, quais as implicações para os professores e os prejuízos que tal podem acarretar para a aquisição de conhecimentos por parte dos alunos.
O que tem passado, para a opinião pública, das discussões com o ministério tem-se centrado única e exclusivamente com as avaliações. Os professores precisam de puxar os pais e encarregados de educação para a sua luta e só com uma persistente explicação sobre toda a educação é que o conseguirão.
Viva a justa luta dos professores!

sábado, 8 de março de 2008

OS VENDILHÕES DA POLÍTICA

Já o dissemos e reafirmamos, não somos pelas construções nas ilhas barreira mas ainda o somos menos pelas demolições. Todas as construções tem efeitos nefastos nas dunas. Umas não são nem melhores, nem piores que as outras. Se umas fazem mal, as outras também o fazem. O que é curioso são as ambiguidades nos critérios. No caso concreto da Ilha do Farol, são precisamente as casas que estão em zona de maior risco aquelas que se prevê ficarem de pé, isto é, as casas que ficam à direita da passadeira de quem vai da ponte para o molhe, talvez as de maior porte, as de pessoas com mais poder económico e social, tal como as do IPTM. Algumas delas, com as marés vivas a beijarem-lhes os pés, aquando de marés cheias. No entanto, as outras, as que estão mais para o interior, aquelas que estão condenadas a irem abaixo por serem da "plebe", são as que estão mais afastadas da linha de água. As casas dos Hangares estão muito mais afastadas da linha de água dos que aquelas que se prevê ficarem de pé no Farol. Critérios...
Quem perde e quem ganha? A maioria das casas condenadas a irem abaixo são de pessoas que moram em Olhão e aí o presidente da câmara de Faro, socialista, poucos votos terá a perder nas próximas eleiçõs autárquicas. Por sua vez, a câmara de Olhão também não terá nada a perder porque pode sempre argumentar que aquelas ilhas pertencem à freguesia da Sé, de Faro, demitindo-se, assim, de defender os interesses dos seus munícipes.
O que está em causa são os interesses imobiliários na área do turismo. Aliás, já há algum tempo que se vêem áreas concessionadas na Ilha do Farol e pelo andar da carruagem, qualquer dia para estender uma toalha na praia teremos de pagar para depois, noutra fase nos exigirem o pagamento do Sol que apanharmos e ainda são capazes de lançarem uma taxa sobre o "bronze"...
Para a classe política, o que hoje é branco, amanhã é preto. As populações deste país podem e devem pensar seriamente sobre a criação de movimentos cívicos como forma de lutar contra os interesses instalados pelos partidos existentes e pelo próprio sistema político, propiciador da situação a que chegámos. Este sistema político, criado, no essencial, pelos partidos que se constituem em alternância de Poder, está caduco. Os partidos tem tido uma postura onde primam pala ausência de ética, pela falta à verdade, pela ausência de princípios. Nâo é este sistema nem são estes partidos que servem os interesses das autarquias, das regiões, do país.
Lutemos pela nossa dignidade!

sexta-feira, 7 de março de 2008

POLIS DA RIA FORMOSA - 3

Na Assembleia Municipal de Faro, ontem realizada, o presidente da câmara de Faro, o "olhanense" e "socialista" José Apolinário, foi bem claro: "Não vamos retirar o ponto (das demolições). Os deputados tem que decidir o que querem."
Só podemos encarar isto como uma esperteza saloia de quem pretende atirar para cima dos deputados municipais o odioso da questão, quando foi ele e os ourtos presidentes câmara (uns do P"S" e outros do PSD), quem negociou e que à partida já sabiam que no POLIS estavam implícitas as demolições.
Agora, para se desresponsabilizarem, vem com o argumento de que o POOC (Plano de Ordenamento da Orla Costeira) tem dinheiro para proceder às demolições e que elas irão avançar na mesma.
Não somos contra o POLIS, não somos contra a requalificação das zonas ribeirinhas. Entendemos que as zonas ribeirinhas podem ganhar. Mas, cada coisa a seu tempo, isto é, as demolições fora do POLIS.
No fundo, o P"S" de hoje não está a fazer nada de diferente do PSD de ontem, ou seja, é tudo farinha do mesmo saco. Nem uns, nem outros. A deriva faz com que quando estão na oposição, são do contra e quando no Poder tomam a mesma atitude que os antecessores. Entre uns e outros, que venha o diabo e escolha, seja em Olhão, em Faro, Tavira, Loulé ou em todo o País.

AS AVALIAÇÕES NA CMO

A informação que nos passaram, e que parece ser fidedigna, tem a ver com a promoção da senhora secretária do presidente a chefe de divisão e tal situação está a criar mau ambiente na câmara. Dizem, funcionários da câmara, à "boca pequena" que é incompreensível tal ascenção. Por ser uma ascenção meteórica e por não corresponder aos méritos profissionais. E porque estas situações acarretam sempre um certo mal estar colocam algumas questões que, a serem fidedignas, mereceriam uma investigação mais séria.
Na nossa ignorância desconhecíamos a existência de um Centro de Estudos e Formação Autárquica mas achamos perfeitamente normal. Ao que nos dizem, esse Centro procede a um questionário (escrito) aos funcionários e que tal questionário conta para efeitos de avaliação. Não sabemos se é bem assim, mas como está na moda rebuscar-se em entidades externas às instituições para se proceder às avaliações, também não nos admiraria.
O que nos causou alguma estranheza foi o terem-nos questionado sobre uma hipotética distribuição, antecipada, do dito questionário pelas amizades da senhora secretária. Será verdade? Será mentira? Quem nos responde?
E quem terá procedido à avaliação da senhora secretária por forma a permitir-lhe tão meteórica ascenção? E, será verdade, que a dita categoria já foi extinta?
Algumas interrogações a pairar no ar...

quinta-feira, 6 de março de 2008

POLIS DA RIA FORMOSA - 2

Como era de esperar, o presidente da câmara de Faro, o "socialista" José Apolinário, lava as mãos como Pilatos e diz que as demolições das casas não é um problema da câmara mas sim do governo. As suas declarações à SIC foram bem claras, para obter o que pretende para Faro, não se preocupa em entregar as casas para a demolição.
Noutros tempos, durante o governo de Cavaco e Silva, foram Carlos Pimenta e o actual presidente da câmara de Tavira os promotores das primeiras demolições. Então, os "socialistas", na oposição, fizeram da luta anti-demolições. Hoje, traidores como são, são eles a tomarem a iniciativa.
As populações de Faro e Olhão devem juntar-se nesta luta. Hoje são as demolições, para o ano são as portagens na Via do Infante...

NOVA MATANÇA NO CANIL? - 2

Desta vez parece que teremos de ir ao encontro de Agatha Christie para nos emprestar o seu inspector Sherloch Holmes. É que, ao que nos disseram, apareceram uma série de cães e gatos em número não quantificado, mortos. Isto aconteceu hoje mesmo, dia 6 de Março.
Se não foi a tiro de pistola, se não foi com injecção letal, que terá sido? Comida envenenada?
Seja de que maneira foi, não é isso que está em causa. São demasiadas mortes e, logicamente, terá de haver uma explicação, terá de haver alguém responsável. A população deve questionar-se muito seriamente sobre o que se está a passar e exigir explicações e o apuramento de responsabilidades.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Mercados de Olhão em Risco de Fechar?

"Peixe-galo com excrementos de pardal, guarnecido com penas e palhas do ninho da mesma ave. Também aqui a autarquia, ou quem é responsável pelos mercados de Olhão, dá mais uma vez azo à imaginação.
Estava aqui há dias um comerciante a queixar-se, que a sua banca de venda todos os dias antes de lá colocar o peixe, se encontra coberta de excrementos e penas de pardal, que grassam nos telhados dos mercados de Olhão e palhas dos seus ninhos. Depois de limpar e colocar o peixe na banca, rapidamente o peixe fica novamente coberto desses lixos. O dito vendedor já reclamou várias vezes mas até aqui o problema continua. Questionava-se ele se não será um caso de saúde pública. Será que o problema da saúde pública é só para os particulares? Será que as Câmaras e empresas municipais podem transgredir a lei à vontade sem a actuação da ASAE? Que maneira de governar os destinos dos munícipes!
Li há dias no bate estacas a proposta de incluir nas comemorações dos 200 anos da revolta olhanense contra os franceses, um passeio ribeirinho que passasse pelos cinco focos de poluição já aqui divulgados (Sobreviver2). Dou desde já o meu aval à ideia do bate estacas e já agora pode-se incluir este novo prato da gastronomia olhanense.
Compreende-se que com tanto trabalho para aprovar à pressa o Programa POLIS da Ria Formosa e o novo PDM para a zona de Marim, não tenham tempo para questões “secundárias”."
Escrevi este artigo o ano passado no dia 3 de Março. Passado 1 ano tudo continua na mesma!
Mas hoje é mais grave e os comerciantes de carne do mercado da verdura estão a pensar chamar
a ASAE, por causa dos mesmos pardais, pois os escrementos e penas e restos dos ninhos todos os dias estão a cair em cima dos seus estabelecimentos, pondo em risco a saúde publica.
O mesmo se passa em relação ao plano de higiene HACCP, que não é cumprindo pelos mercados de Olhão.
Os comerciantes estão com receio que a ASAE faça uma visita surpresa aos mercado de Olhão, e que mande encerrar os estabelecimentos, por incumprimento dessas normas de higiene!
Alertei a CMO o ano passado, através da noticia acima publicada. Como é normal, a vereação da CMO fez ouvidos de mercador! E nada fez para alterar a situação.
Quem é o vereador responsavél pelo mercado de Olhão?Não sabe desta situação?
O presidente da CMO é leitor habitual deste blog, aconselho-o a pedir opinião ao seu adovogado, para, no caso dos estabelecimentos comerciais serem encerrados pela ASAE, saber as indemenizações que vai ter de pagar aos comerciantes.
Entretanto li no Forum Olhão um artigo, onde se fala que num possível encerramento,dos mercados de Olhão! Não fará este desleixo parte do plano de encerramento dos mercados?
será que, a ser verdade, a população de Olhão não irá fazer nada contra isso?

POLIS DA RIA FORMOSA

Aí vem o Polis, projecto salvador das zonas ribeirinhas, argumentarão os "socialistas". Para Faro, querem uma marina de nível internacional e mais una quantas coisas. Para o presidente da câmara de Tavira, do PSD, as casas nas ilhas barreira devem ir a baixo, etc. Certo é que os quatro munícipios envolvidos no projecto vão alimentar a Parque Expo com 3,15 milhões de euros.
Ninguém tem dúvidas de que as zonas ribeirinhas ficarão com outra apresentação, para turista ver. Mas a que preço? O Ministério do Ambiente quer jogar abaixo 20 casas na Ilha da Culatra, todas as casas dos Hangares e metade das casas da Ilha do Farol.
O presidente da câmara de Faro considera ilegal a pretensão do ministro em relação à Praia de Faro e que está disposto a avançar para os tribunais, mas os pesacdores da Praia sabem que são sempre as casas deles que serão as primeiras e que as dos ricos e com influências ficarão de pé. O presidente da câmara de Tavira é favorável à demolição. E Olhão?
A maioria das casas da Ilha do Farol são de pessoas de Olhão, as casas dos Hangares o mesmo e as 20 que pretendem jogar abaixo na Culatra a mesma coisa. São património de munícipes de Olhão em Ilhas que estão sob a alçada da freguesia da Sé, de Faro. Mas, mesmo estando em território de outro concelho, deve a câmara de Olhão, ou não, tomar uma atitude firme em relação a esta questão?
Não somos favoráveis à construção em cima das ilhas mas ainda somos menos favoráveis à sua demolição. Não os tivessem deixado construir!
O ridículo da questão é que na Ilha do Farol metade não são agressivas para as dunas e a outra metade, sim, no entender do ministro. Não sejamos anjinhos: são as casas das pessoas com menos posses ou com menos influências políticas que irão abaixo. Mas sendo mais realistas, tanto na Praia de Faro como na Ilha da Armona vêem-se maiores atentados ao ambiente do que nas outras ilhas.
Não acreditamos que o P"S" tenha a coragem de levar, ainda durante esta legislatura, à pratica tal desfaçatez. O estado de graça de José Sócrates já acabou. As sondagens já não lhe dão a maioria absoluta. No entanto há um perigo muito real: em 2009 dar um rebuçado ao Zé Povinho, um aumento maior aos pensionistas para assim conseguir aguentar-se no Poder. E, aí, sim, estarão criadas as condições para na próxima legislatura deitarem abaixo as casas.
Os donos das casas estão numa encruzilhada. Votar no P"S" para se sujeitarem a ver as suas casinhas irem abaixo? Votarem no PSD para verem o mesmo? Que alternativas? De momento, nenhumas, no nosso modesto entender.

terça-feira, 4 de março de 2008

ESTALOU O VERNIZ NA A.C.A.S.O - 2

Recebemos uma carta da lista B(ver em correspondência) que concorreu às eleições para os corpos directivos daquela associação. A A.C.A.S.O. merece todo o nosso respeito, embora tenhamos algumas reservas quanto ao conceito de "solidariedade social" e que mais tarde abordaremos. O que já não nos merece respeito é o tipo de "golpadas" usadas para "tomar de assalto" as rédeas da instituição.
Por aquilo que nos conta a Drª Maria da Graça, a lista A infringiu as regras, faltou à legalidade. Se os estautos prevêem que os associados com menos de três meses não se podem candidatar aos orgãos dirigentes, e os membros da lista A sabiam-no, só tem que aceitar a derrota.
O P"S", em Olhão, já nos habituou à idéia de que tem um conceito muito próprio de democracia. E pela missiva da Drª Maria da Graça, já são visíveis dois nomes do partido socialista. Mais haverá, mas seria bom para esclarecimento da opinião pública que fossem publicadas ambas as listas. Tal, permitiria ao cidadão tirar as ilacções quando ao carácter político que as eleições para uma instituição de "solidariedade social" despertam.
Acreditamos que hajam pessoas de boa fé em ambas as listas, acreditamos que haja altruismo nalgumas pessoas de ambas as listas, mas estamos convictos que também há interesses políticos, lamentavelmente.

NOVA MATANÇA NO CANIL?

Segundo relatos de uma pessoa, que merece alguma credibilidade, na quinta feira passada (28 de Fevereiro) terá ocorrido nova matança no canil. O motivo terá sido "doença" dos animais. Ao que nos chegou, a câmara, por retaliação à denúncia do "passado", deixou de ir buscar a comida para os cães. Muitos dos animais quando chegam ao canil, vem de uma situação de debilidade, perdem as suas defesas e estão mais propensos a doenças. Se a sua condição alimentar já não é famosa, ao retirar-se-lhes a alimentação, ainda mais enfraquecidos estarão e estarão criadas as condições para alegar "doença" e proceder à respectiva matança.
A ser verdade, o senhor presidente vai ter que se explicar novamente e se a explicação não for convincente não lhe largamos o pé.
Não queremos, no entanto, passar sem deixar aqui um apelo às pessoas para que não abandonem os animais. Muitas vezes, os pais querem fazer a vontade às crianças, acabando mais tarde por abandonar os animais. O verão vai-se aproximando, há pessoas para quem os animais se tornam um empecilho nas férias. Se gostam verdadeiramente dos animais e não tem condições para os sustentar, então, não os tenham. Abandoná-los, fazê-los passar fome é que não.

segunda-feira, 3 de março de 2008

"O mal não está nos políticos. Está em nós"

O título é de um comentário de João César das Neves no "Diário de Notícias". "Portugal está desanimado e todos os lamentos indicam a causa: os políticos não prestam." Mais à frente diz: "Surgiram as classes instaladas, direitos adquiridos, interesses organizados." "O País, que defronta desemprego e globalização, atrasos na Justiça e custos na Saúde, confusão na Educação e aumento da criminalidade, não vê ninguém que o inspire."

Este tipo de comentário não é novidade para quem quer que seja a não ser para os políticos, com especial enfase para o primeiro ministro, ministros e os "moços de recados" do Partido "Socialista". No essencial somos nós que lhes pagamos para nos atormentarem a vida.

Poderíamos dizer que o mal está em nós, porque somos nós que permitimos que nos sacrifiquem, que nos espezinhem, que nos esmaguem.

Até quando?

O urbanismo em Olhão


Vamos, aqui, abordar algumas questões ligadas ao urbanismo e que nos escapam à razão.
Na imagem da esquerda, mais concretamente na Rua das Lavadeiras, temos uma construção que recuou alguns metros. Não sabemos se por interesse do construtor ou se por imposição. Certo é que a rua é estreita e numa perspectiva de futuro, para uma melhor circulação, e também de estacionamento, todos concordarão que foi uma boa medida. Na rua de trás, digamos que a mesma construção também recuou uns metros e todos concordarão. Na figura da direita já, não se compreende que, aquela construção recente, não tenha alinhado com a outra, afunilando a rua. O construtor fez a obra. Não lhe apontamos o dedo. Mas quem gere o espaço público deve perceber que se estéticamente não fica nada bem, em termos de circulação do trânsito (pouco, diga-se em abono da verdade.Um dia, quando a câmara mudar de poiso, provavelmente o movimento será bem maior) não será das melhores soluções .

domingo, 2 de março de 2008

O lixo em Olhão - 2



Há privilégios e privilégios! Aqui, os caixotes do lixo estão a 10 metros de um pronto a comer e talvez a pouco mais de cinco metros de um prédio de habitação.
Sendo certo que todos nós fazemos lixo e que ninguém quer o lixo à porta de casa, pelo menos que cuidássemos das aparências. É que aqueles malotes ali mesmo à porta de um pronto a comer, não será das melhores coisas a quem lá vai comprar comida. Gasta-se dinheiro em tanta coisa, algumas delas até que são úteis mas que não serão tão prioritárias quanto o aspecto visual de uma cidade "porca". Não, que os habitantes o sejam, mas porque a autarquia está mais empenhada nas obras de fachada do que nas pessoas. O edil não governa para os cidadãos que o elegeram, governa para os seus amigos, para os amigos da "rosa" e este é o resultado.
Vamos pegar nestes "malotes" e pô-los à porta dos nossos autarcas, para ver se eles gostam?

mensagem ou talvez

não tenho nem o dia nem a noite de olhão mesmo distante sinto o cheiro da maresia da luta da discussão do convívio feito de copos e de ideias olho o mar quando só vejo na minha frente um rio e porque gosto da terra e da água assino Culatra porque é uma ilha que todos conhecem e poucos conhecem porque é uma ilha que todos deviam conhecer desde o pescador, do culatra, do Rosa Mendes do Cabrita e tantos que felizmente entraram a falar neste blog até que enfim que se abriu um espaço diferente incómodo polémico tal qual como olhão é e há-de gostar de ser sempre este é um país adiado de muitos pseudos democratas de pacotilha por ser assim exijo a mim próprio algum recato alguma reflexão e o que vejo no presente e vislumbro no horizonte é o dar passos para trás o andar como o caranguejo não se pode ir em frente no conluio no aproveitar aquilo que alguns senhores instalados no poder seja ele autárquico ou central nos oferecem é que mais tarde ou mais cedo isso vai ser exigido como moeda de troca mal ou bem tenho seguido algumas controvérsias que vão desde a cultura aos cursos profissionais ao estacionamento e à higiene aos professores e sempre por aí adiante tudo bem ainda bem o espaço é livre é importante e elementar discutir questionar polemizar não fazer da irreverência uma coisa de somenos a globalização e o neoliberalismo são o que são os políticos que hoje cantam de galo estão como estão e são como são por favor sejamos diferentes na coerência e na luta na polémica e na discussão na base de princípios que julgo todos defendemos e digo todos dando de mão beijada o erro de pensar que são todos olhão tem história tem muita história e é uma cidade nova uma terra recente se pensarmos que vivemos num país com alguns séculos de existência mas olhão tem a sua história e mais importante do que olhar para como ela foi contruida é olhar para como ela deve ser construida pode fazer-se mais por olhão pode e deve-se mas olhão é um ponto um pequeno ponto neste país envelhecido pobre e mal dirigido a tentação do regionalismo para não lhe chamar bairrismo é grande, mas temos ou devemos olhar longe não ficar pela aldeia o que se passa neste país é preocupante tudo é importante para a mudança desde a pequena-grande editora desde o livro deste ou daquele poeta ou ficcionista ou até ao perceber porque é que as ameijoas morrem na ria formosa mesmo distante estou ou penso estar perto até porque a distância é já ali ainda bem que se fala do que está mal sem esquecer o que se tem feito de bem ainda bem que os presidentes são beliscados mais os seus acólitos mas nunca esqueçam que ninguém faz a guerra e a luta enquanto andar a bordejar à volta dos senhores do poder e que nunca um intelectual ou um senhor bem instalado na vida será um irreverente ou um revolucionário enquanto beber água do mesmo copo dos senhores que estão intalados nas poltronas de onde imanam as ordens e os decretos que nos vão esmagando olhão mudou todos mudámos as fábricas de conservas fecharam a pesca definhou ou quase acabou mas há gente há uma comunidade viva que teima em estar viva mas só na luta pode estar de cabeça erguida e viver como quer não é fácil nem nunca foi fácil mas será que alguma vez vai ser fácil? O mal de todos os males é que ainda se persiste teimosamente num caminho feito de facilidae e vaidade de olhar para o umbigo de pensar que se é mais do que ninguém até quando se faz alguma coisa que merece aplausos vamos em frente vamos blogar mas isto e só isto é pouco ou quase nada cada vez mais é importante perceber para onde este país caminha para onde nos arrastam e mesmo sem querer sou obrigado a dizer de que nos vale comemorar isto ou aquilo se vivemos num país onde a pobreza a tuberculose a sida e por aí adiante galopam livremente olhando a isto que significado tem hoje gastar dinheiro com a ida do rei para o Barsil e a do caíque temos de pôr os pés no chão senti-los no chão se é que queremos ter chão.

sábado, 1 de março de 2008

vazio de nada

No “Olhão livre” a liberdade começa logo por os seus autores terem a liberdade de se pronunciarem sobre tudo, inclusive postarem disparates.
Aos visitante também é dada toda a liberdade para comentar e participar e para ser ainda mais alargada está a ser criado um fórum.
Ontem teve lugar uma reunião da Assembleia Municipal de Olhão, eu não fui lá.
O meu colega pescador postou aqui ARRUFOS DE NAMORADOS.. um artigo vazio de coisa nenhuma sobre a reunião da Assembleia Municipal.
Pelo que se percebe o PCP, ou CDU reclamou de a convocação da Assembleia dever ser feita por protocolo. Estas reuniões deste órgão autárquico são solenes, devem ser dignas, são registadas e tomam decisões de fundo na vida do concelho. Mas daí a compará-la com uma jantarada de amigalhaços onde a única coisa a escriturar é a conta do calote se for caso disso vai uma grande distância. E não tem nada de arrufo.
Se no fim ouve abraços (e beijos de namorados, vá lá o exagero,curiosidade: foram na boca?) com o presidente (interpreto que com o da AMO), nada mais natural que Filipe Ramires cumprimente amigos de entre antigos correlegionários.
O que falta no “Olhão livre” é um artigo que aborde de forma crítica a reunião, como decorreu , o que foi tratado, o que foi questionado ao executivo, como está a ser gerido o negócio público local, o que foi respondido e o que não foi e aqui costuma haver muito como é hábito de F.Leal.
“Olhão livre” está aberto a essa publicação, basta que o mandem utilizando o email que está na barra lateral deste blog.
Mas no "Olhão livre" não podemos abordar e tratar com ligeireza questões importantes para que não se avacalhe a "opinião e intervenção política, cívica e social"
.
ps: qual o significado de aspar o C e o S em PCP e PS ?

ARRUFOS DE NAMORADOS...

Esta democracia está mesmo doente! Quando um membro destacado de um partido tece elogios ao presidente da câmara, mais não faz do que uma declaração de amor.
Na Assembleia Municipal de ontem, os "namorados" (leia-se a CDU ou P"C"P, ou como lá se chama essa coisa, e o P"S") estiveram desavindos por causa de uma coisa tão ridicula como a convocatória da dita Assembleia ser feita por "protocolo" ou não. Faz lembrar aquelas situações em que o indivíduo não vai ao jantar porque não recebeu convite por escrito. Mas, na realidade, essa coisa em vias extinção que é a CDU tinha que procurar protagonismo e arranjou esse arrufo.
Depois, bem, depois foram os abraços e os beijos de namorados com a CDU a tecer elogios ao autarca presidente...
Que oposição?