domingo, 5 de maio de 2024

EUROPA A CAMINHO DA GUERRA?

 A guerra na Ucrania assume cada vez mais tratar-se de uma guerra por procuração, para cumprir os designios da liderança americana, e com ela da Organização do Tratado do Atlantico Norte (NATO).

Em 1990 foi assinado o Tratado sobre as Forças Armadas Convencionais na Europa e que pode ser lido em Tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa (ministeriopublico.pt), o qual visava a redução das forças armadas, que incluía países de fora da Europa mas que integravam a NATO, e subscrito, à epoca, pela URSS.

A 31 de Março de 1991 extingue-se o Pacto de Varsóvia e com ele a então URSS.

Por seu turno a União Europeia, cada vez mais, a assumir-se como o braço politico da Nato prepara um novo alargamento, convidando alguns países do ex-pacto de Varsovia  para se integrarem na nova aliança, aproximando-se assim das fronteiras da Federação Russa.

O processo de integração de um país na UE é um processo moroso em que é preciso moldar esses países para os valores da nova aliança. É assim que em Maio de 2004, de uma assentada são integrados, são integrados oito países do ex-bloco de Leste, e que são Hungria, Polónia, Eslovaquia, Letonia, Estonia, Lituania, Republica Checa e Eslovenia.

Passado pouco tempo, os Estados Unidos da América entendem instalar um escudo anti-missil o que levou a Federação Russa, em 2007 a suspender a aplicação do Tratado sobre as Forças Armadas  Convencionais na Europa.

Nesse ano, viriam a ser integrados mais dois países do ex-bloco do Leste, a saber Bulgária e Roménia.

Ou seja, o alargamento da UE para Leste passa a ser a capa para o alargamento da Nato para as fronteiras da Federação Russa, com o qual esta não podia concordar pela ameaça que tal alargamento constituia para a sua segurança.

Em 2008, realiza-se a cimeira da Nato em Bucareste, com a Alemanha, França, Italia, Belgica, Luxemburgo e Paises Baixos a pronunciarem-se contra a integração na NATO com o argumento de que o governo ucraniano ia de encontro à vontade da população, maioritariamente, russófona. tal como se pode ler em https://pt.wikipedia.org/wiki/Cimeira_de_Bucareste_de_2008.

Havia então que mudar essa realidade e para isso nada melhor que os serviços de espionagem para semearem a discordia, promovendo grupos de extrema direita com o objectivo de derrubar o governo, o que viriam a conseguir. Mas a  verdade é que esses grupos e consequente tomada do poder politico, não reunia, nem reune, condições para a integração europeia e capa da integração na Nato.

Daí até à invasão da Crimeia em 2014 e a mais recente invasão da Ucrania foi um passo, já que quer a UE como a NATO queriam concluir o cerco à Federação Russa, integrando a Ucrania.

Curioso é verificar como os países que antes eram contra a integração na NATO se tornaram nos seus maiores defensores, ou será que a liderança politica da Europa está na NATO e da qual a UE se transformou apenas no seu braço politico.

A Ucrania não faz parte da União Europeia nem da NATO e por mais condenavel que seja a sua invasão, a verdade é que são as duas entidades que estão promovendo a guerra, não só apoiando um governo que profere um discurso de ódio como lhe vão dando as armas e conduzindo o seu próprio Povo para a morte.

Não teria sido mais responsavel manter a Ucrania como um País neutro e estabelecer uma associação para ajuda-la a desenvolver-se economicamente? Ou será que o objectivo é mesmo atacar a Federação Russa?

Que fique esclarecido que somos contra a invasão, que não defendemos o tipo de governação russo, mas também não concordamos com os alargamentos da UE e menos ainda da NATO, a qual deveria antes ser dissolvida.

Lembramos aos nossos leitores que estamos na iminência de uma guerra nuclear e quem vai sofrer é a Europa e não os USA!

 

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