Pode dizer-se que desde o 25 de Abril de 1974, tem sido o partido que se diz socialista a governar a Câmara Municipal de Olhão. Nunca houve alternância no poder!
Cerca de um ano antes das eleições autarquicas que começam as acções de propaganda, quer da parte de quem exerce o poder quer daqueles que o querem conquistar, trocando galhardetes com ou sem razão.
Um dos maiores problemas que os olhanenses enfrentam, é sem sombra de duvida o da habitação e aí devemos questionar a "grandeza" da obra daqueles, que por serem portador de um cartão, se acham socialistas.
Desde que o ainda presidente chegou à presidência, em 2013, embora nas referidas campanhas muito tenha prometido, apenas construiu pouco mais de 50 fogos a custos controlados, e mesmo esses ainda não estão concluidos ou entregues, apesar de terem sida anunciada a sua construção na campanha de 2017. Como desculpa, os detentores do poder autarquico justificam o baixo investimento em habitação publica, com o facto de procederem a obras de manutenção de alguma monta, sem assumirem que tal é fruto do abandono a que votaram as casas intervencionadas durante dezenas de anos. A verdade é que nunca fiscalizaram nem acompanharam o estado de vestustez das habitações.
As engenharias financeiras do executivo camarário levaram a que o Tribunal de Contas chumbasse o projecto de construção de cerca de três centenas de fogos a custos controlados previstos para as antigas instalaçoes da Litografia. E nisso a oposição tem razão quando aponta o dedo ao executivo.
Mas será que o executivo se preocupa assim tanto com os olhanenses, mesmo sabendo dos efeitos da Lei Cristas, ou Lei dos Despejos como é conhecida? Não!
E tanto assim é que continua imobilizado o dinheiro investido na compra da Bela Olhão, quando podia adquirir um terreno como aquele em que quer aprovar o Parque de Inovação e Tecnologia. Alterando o uso do solo para fins de habitação publica, a unica situação em que deveriam ser permitida aquela alteração, onde poderia construir, por fases, milhares de fogos.
Mas se o poder executivo faz destas habilidades, a chamada oposição, reclama para o seu partido no poder central, a construção da Variante Norte à 125.
Curioso é ver que a dita oposição, na sua cegueira pela conquista do poder, não enxergue as consequências do edificado que se pretende construir junto à Variante, quer para ela como para as ruas Dâmaso da Encarnação e António Cabrita.
O projecto do chamado Parque Tecnologico aponta a ligação como a Ria Formosa como um dos apelativos para a sua instalação, esquecendo que ligações viárias vai fazer para os futuros locatários do sitio no acesso à frente de mar. É que se não fizerem a Rotunda das Quatro Estradas vamos ter um caos na zona, pior do que aquele que temos neste momento. E nem a Variante lhes vai valer!
Talvez se começassem a pensar mais nas pessoas e menos no dinheiro obtivessem melhores resultados. Tanto "boas" intenções da classe politica e cada vez mais dificil a vida de quem vive do trabalho. Grandes politicos, não há duvidas.
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