domingo, 21 de fevereiro de 2010

OLHÃO SOLIDÁRIO COM A MADEIRA

A Ilha da Madeira não é só Alberto João Jardim, é todo um Povo que vive amordaçado sob a batuta de um ditador, qual Idi Amin Dada. O infortúnio bateu-lhes à porta. Dezenas de mortes, dezenas de desaparecidos e dezenas de feridos. Não podendo mais que darmos uma palavra de conforto e de solidariedade e exigirmos que o governo da República e a União Europeia tomem medidas para minorar o sofrimento daqueles que perderam familiares, amigos ou conhecidos, daqueles que perderam os seus bens, daqueles que ficaram a sofrer mais do que aquilo que já sofriam.
Foi uma precipitação anormal a que se abateu sobre a Madeira. Os avisos de alerta vermelho tinham sido lançados mas, saberão as pessoas interpretarem um aviso dessa natureza? A Meteorologia não é uma ciência exacta. Apesar dos avanços tecnológicos, há situações pontuais, que ocorrem localmente e imprevisivelmente, fenómenos que se dão na atmosfera e que apanham todo o mundo de surpresa.
Como todas as desgraças que acontecem no nosso País, são obras do acaso, é a fatalidade do destino. Nunca é culpa de algo ou alguém, a culpa morre sempre solteira. As construções no alto das arribas, nas encostas dos montes, à beira das ribeiras, em cima das linhas de água, são autorizadas por alguém, por alguma entidade que deveria ter como preocupação primeira a salvaguarda da vida humana, a segurança das pessoas e dos seus bens. Mas, não! A ganância, o urbanismo desregrado, selvagem mesmo, acaba por ter as suas consequências e acabam por ser, na sua maioria, os que menos posses tem que sofrem na pele os horrores destes  diluvios.
Alberto João Jardim tem feito obra na Madeira, é verdade. Tem gasto muito do nosso dinheiro e a Madeira até parece um paraíso para quem não conhece. Quando acontecem estes horrores é que se vê que muitas das obras que se fazem não passam de mera fachada. Uma Universidade em cima de uma linha de água? Então, um organismo público do ensino, da educação, que deve ser uma guarda avançada na defesa do ambiente, é um dos que infrige as regras do jogo? Não há responsáveis? Não será o governo regional da Madeira, a câmara municipal do Funchal e o conjunto de todas as entidades com responsabilidades ambientais, os grandes responsáveis pela catástrofe que se abateu sobre aquela parcela do território nacional?

21 comentários:

Ze de Pechão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lima disse...

è impressionante a "trapalhisse" que para aqui está escrita! Então o Jardim é um dictador? um ditador que vai a eleições, de 4 em 4 anos, e ganhas todas com 90% dos votos? um ditador que transformou a Madeira(uma aldeia de bananas), na segunda melhor região do país?
Tomara muitos "politicos" no mundo ter o palmarés do Alberto João!
Só uma profunda ingnorância, ou
uma malicia tendaciosa, permite que se culpe o governo da MADEIRA pela tempestade que se abateu sobre o arquipélago.

Floripes disse...

ó Lima,por hoje só lamento as mortes dos que morreram ,e dou os meus pêsames,ás famílias,das vitimas o diluvio que se abateu sobre a ilha da Madeira.
As outras questões, devem ficar para depois,mas não me esquecerei de responder ao seu comentário.

DX disse...

Grande percetagem da construção civil realizada,durante as duas ultimas décadas em Portugal,foi promovida pelo sector privado.A escassez de empreiteiros que dispusessem de mão de obra com a devida formação,e de um conhecimento compatível com a implementação de uma politica de qualidade traduziu-se numa redução da qualidade das construções,e na repetição de erros sistemáticos,durante a fase da obra,que se revelaram contraproducentes,para além de terem acumulado patologias e disfunções nos edificios,que representam a medio longo prazo,custos de toda a ordem até sociais como é o exemplo da Madeira.
A furia do lucro rápido,o fechar de olhos de quem licencia a obra,a ausência de intervenção legislativa
reguladora do mercado da construção
as cedências e alterações nos PDM,tambêm são factores que contribuem,para o que passou na Madeira.
Na prática e não só na Mdeira,Os PDM,funcionam como uma bolsa de viciada de terrenos,cujo valor depende não da localização mas do propriétario;O licenciamento é um labirinto para a maioria,ficando á merçê dos que dominam o enredo da legislação urbanistica,e burocracia autárquica,a fiscalização é uma fraude,aonde o tráfico de influencias,a corrupcção,enquadram como o corolário logico do sistema,não importa que morram pessoas venham betão,venha I.M.I.,venha financiamento partidário.
E a democracia local base da participação civíca,está agonizante,perante o estado de calamidade que se abateu sobre a Madeira,que lamento.

(Desculpem alguns erros de sintax )

DX

Anónimo disse...

Ao Lima para lhe dizer que não vi no texto apontar culpas ao Alberto João pelo vendaval mas sim pelo erros urbanisticos cometidos e que têm consequencias muito graves. Lá como cá. Aqui tambem há quem aponte as virtudes do desenvolvimento de Olhão esquecendo por exemplo que a Escola EB da Fuzeta está em cima de uma placa sismica o que é proibido; sabe aquilo é proibido por ser um ponto de grande concentração de pessoas e que em caso de sismo mais violento ditará um volume anormal de vitimas. Quando se fala nestas coisas está-se falando de prevenção de riscos que pelos vistos na Madeira não foram devidamente acautelados. Quanto ao desenvolvimento não se fie bem no que se apresenta porque normalmente o desenvolvimento economico desmesurado obriga aquilo que agora se vê, redundando normalmente em desiquilibrios ambientais.

Zé do Mar disse...

Móço Ó Zé de pechão! então e o teu texto não tem erros ortográficos?
(Sugere)? (leve)? Móço "diz o rôto ao nú porque não te vestes tu"?

Anónimo disse...

Para quem ainda tinha dúvidas sobre o desnorte que tomou conta do Partido Socialista, o dia de ontem foi eloquente. Quando já era do conhecimento público que se contavam mais de 30 mortos na Madeira, e que estávamos perante a maior tragédia natural que assolou o país nos últimos anos, o primeiro-ministro – que já tinha falado para a imprensa sobre o sucedido fazia um par de horas -, entendeu por bem continuar a sua agenda partidária como se nada fosse e fazer um comício a partir do plenário de militantes onde se encontrava ( encontro esse que foi transmitido em directo às 17 horas pela RTP N, pelo menos).

Anónimo disse...

Quando os idiotas,perante os factos não têm como disertar o contraditório,falam de erros de escrita do Português,como se estivessemos numa aula a aprender a lingua escrita.Hó qual Luis de Camões internauta,Hó qual Edite Estrela,mesmo com o acordo órtografico (não sei se o acento está bem?)Em Pechão logo rectificam
Em relação há calamidade,lamento a morte destas pessoas,e dizer a quem tem responsabilidades na matéria que :Portugal está cheio de infra estruras deficientes em qualidade a todo o nivel.Somos nesta matéria um país do terceiro mundo e está a vista de todos.

Anónimo disse...

Vejo, sem querer acreditar, na RTP1 o bonzo jardinesco a dizer que se não deve dramatizar lá para fora a situação da Madeira até porque não se fizeram sentir efeitos assinaláveis no sector hoteleiro e, portanto, não há necessidade de não sei quê os mercados externos.

Pelos vistos, as dezenas de mortos não contam, desde que os hotéis estejam a funcionar sem grande perturbação.

Serei só eu com uma vontade incontida de esmurrar alguém, sem me procupar com os punhos de renda do politicamente correcto?
retiradodo blog "educação do meu umbigo"

Anónimo disse...

Ambientalistas denunciam projectos que roubaram espaço às ribeiras que transbordaram.

Os madeirenses que vivem na Baixa do Funchal tentam reorganizar a vida, depois de verem casas inundadas, carros albaroados, estradas e pontes destruídas. Os que moram nas zonas altas nem querem imaginar o que vão encontrar quando descerem a encosta até à Marina. E há quem aponte o dedo às opções urbanísticas, como os ambientalistas

“A forte pluviosidade contribuiu para o que aconteceu, mas não é a única causa. Há um agravamento da situação devido aos erros do ordenamento do território que se têm cometido na ilha, em participar na costa sul que é a zona onde reside mais de um terço da população”, critica Hélder Spínola, dirigente da Quercus na Madeira.

Anónimo disse...

"Mau planeamento urbanístico" aumentou consequências

21.02.2010 - 14:54 Por Lurdes Teixeira A Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Protecção Civil (ASPROCIVIL) afirmou hoje que a deficiência no planeamento urbanístico e dos serviços de emergência potenciou as consequências da intempérie na Madeira.


“O que aconteceu na Madeira é o exemplo do que o mau planeamento urbanístico pode causar, ainda que neste caso em escala limitada a uma ilha”, referiu à agência Lusa o presidente da ASPROCIVIL, Ricardo Ribeiro.

O responsável apontou a construção de habitações em leito de cheia, a impermeabilização de solos e o encanamento mal dimensionado dos cursos e linhas de água, como alguns dos erros urbanísticos cometidos no planeamento e ordenamento de território no arquipélago da Madeira.

Ricardo Ribeiro criticou ainda a organização dos serviços de protecção civil municipais e defendeu a introdução de equipas de técnicos superiores de protecção civil, de forma a melhorar o planeamento das operações de emergência e socorro.

“É evidente para nós, que uma das prioridades para a melhoria qualitativa e quantitativa da resposta a este tipo de eventos, passa pela verdadeira organização dos Serviços Municipais de Protecção Civil, mas infelizmente em Portugal ainda não existe cultura de segurança”, atestou.

Lima disse...

ao anónimo das 16:07:

Meu amigo porque diz que a escola da Fuzeta está construida sobre uma placa sismica? Eu nunca tinha ouvido falar nisso, e fiquei apreensivo, se o amigo sabe de algum perigo real para os utentos da escola, acho que devia comunicá-lo às identidades competentes.
Eu acho que o que aconteceu na Madeira, foi um dilúvio, e que se não teve consequências mais graves, foi porque o governo ao longo do tempo construiu canais fluviais, que atenuaram um pouco o efeito das enxurradas.
Se uma descarga de agua daquelas preporções, caisse sobre o Cerro de S.Miguel, originaria uma enchurrada, que por certo arrastaria Olhão para o mar, e depois ia-mos dizer que a culpa era do Leal?

Anónimo disse...

Na verdade, l65/litros em cerca de 5 horas,no Pico doi Arieeiro penso que alguma prevencao
que tera sido feita, nomeadamente no Funchal, nunca seria suficiente para a brutalidade de água que dcorreu pelas ribeiras,com declives de 10 e 20%, em direccao ao Funchal.
Estivesse limpo o concelho de Olhao
como se encontra o Funchal. Nao se vá mais longe, aqui mesmo ao lado, o concelho de Tavira.
Em Olhao as estradas e caminhos estao cheios de terra, nas bermas, que há anos nao sao limpos. E aqui nao há relevos acentuados.
Na verdade tem sido gasto muito dinheiro na Madeira, acredito que haja algum excesso, mas pergunto, e aqui,neste concelho? Tem-se gasto muito e o que se tem feito?
Recuperacao de chaminés para cegonhas...e,
Quem a conhecia antes, no atraso!
Em termos de mortes, que fazer?
Os meus sentimentos.
JMateus

Anónimo disse...

ó lima se isso acontecer em olhão a culpa é de quem não limpa as ribeiras e de quem tapa as linhas de agua.
se você é de olhão deve saber as linhas de agua que haviam e que a CMO tem autorizado a tapar,quer um exemplo a linha de agua que existia a oeste do estádio padinha e onde é agora o ria shoping .onde está?
foi simplesmente tapada.

Anónimo disse...

O geógrafo e antigo vereador do ambiente da Câmara Municipal do Funchal, Raimundo Quintal, afirmou hoje aos jornalistas que a tragédia que ocorreu na Madeira era “expectável”.


"Não é altura de procurar razões ou responsáveis. O que aconteceu, aconteceu e não há dúvidas de que era expectável, embora com uma cumplicidade alargada, pois choveu imenso, do mar à serra”, disse.

“[O] que vi hoje e sábado, infelizmente, leva-me a temer que o número de mortos vai subir muito e o apelo que faço é que todos sejamos capazes de ter ânimo para recuperar esta nossa linda cidade e ilha, que têm uma paisagem soberba mas em que, por vezes, a Natureza se enraivece”.

O geógrafo e especialista em questões ambientais, que na década de 90 iniciou um plano de reflorestação das serras funchalenses, com a criação do Parque Ecológico do Funchal, concluiu: “Espero que todos saibamos aprender com os erros cometidos”.
retirado do publico on line
fala quem sabe e não um curioso qualquer.

Lima disse...

Ao anónimo das =8:23


Voçê tem razão o conselho de Olhão, tem andado muito mal cuidado, basta olhar para Tavira e ver a diferença, Os Socialistas têm prestado um mau serviço a Olhão, cada um tem aquilo que merece! mas se Olhão fosse atingido
por um dilùvio, não haveria
ribeira limpa que a salvasse!

L.Guia disse...

Concordo totalmente com Raimundo Quintal e, o autarca da Madeira mais o seu governador regional são os principais culpados de licenciarem construções à tripa-forra, a troco de favores dos construtores como infelizmente é norma no Continente onde se espalham construções que não lembram ao diabo. O dinheiro compra tudo e todos nem que venha de sucatas. São os parasitas da sociedade.
cá em olhão acontece a mesma merda construções em leito de cheia e em cima das ribeiras são aos montes.
já agora srº presidente da CMO explique lá onde está construida a Bela Olhão? é em cima de uma ribeira ou não?quem autorizou a construção dessa fábrica em cima de uma ribeira?
já agora para que os leitores desse blog fiquem a saber é para essa ribeira que a estaçãpo elevatoria de esgotos que está na associaçõa 11 de março lança os esgotos não tratados. o que é outro crime ambiental.
os srºs da CMO deviam ter vergomnha e pedir desculpa aos ciddãos pelas asneiras cometidas ao longo desses anos de governação do leal

Anónimo disse...

Pois é amigo Lima, se houver um sismo de maior intensidade tambem não passa de uma catastrofe natura, por isso recomendo-lhe que verifique a Planta de condicinamentos especiais do PDM e o que o mesmo diz a esse respeito.
Para não fugir ao tema do post o que se pretende dizer é que cada vez mais se torna imperioso ter um ordenamento que respeite não só as linhas de agua como as faixas de protecção previstas.
Repare no traçado da variante Norte à 125, o mais recente, que passa a menos de 7m de um furo de captação de aguas publicas; em situação de ruptura da barragem teremos o recurso às reservas de agua do concelho atraves daquele furo; mas como se estamos a assistir à sua impermeabilização sem nada dizermos.
Ninguem está contra o desenvolvimento economico da Madeira mas tão só a defender que ele tem de ser acompanhado pelo desenvolvimento social e pelo ambiente. Quando nos cingimos apenas a uma das vertentes do desenvolvimento sustentavel este fica coxo dos outros dois, isto é deixa de ser sustentavel. É apenas economico.

Lima disse...

Ao anónimo das 15:57

Concerteza que as linhas de àgua são muito importantes, só doidos iriam bloquea-las,(embora por vezes acontessa), mas quanto à impermibilização do furo, já não vejo assim grande mal; 1º por já não ser necessário, se houver uma rotura na barragem, um furo nôvo abre-se em trê dias. 2º a agua que abastece esse furo, é de uma corrente subterranea, e não de infiltração local, pelo que a impermibilização não afectaria muito o furo. Além disso tudo tem os seus custos, a cidade tem de crescer, e essa variante é muito importante para o desenvolvimento da zona.

Atento disse...

em olhão há vários casos de fecho e impermiabilização de linhas de agua.reibeiro que corria a oeste do estádio padinha e que tem o ria shoping em cima .se calhar foi por isso que a administração do ria shoping não deixou filmar a agua que corria em cascata nas caves do ria shoping.
ribeira que vai desaguar a norte da Docapesca está tapado e sem hipótese de limpeza.
para não falar do estreitamentos de várias ribeiras com entulho provenientes de obras de saneamento,feitas pela CMO e pelas aguas do algarve.
assim como a execusão de esgotos nas margens dessas ribeiras.que como toda a gente sabe não se pode fazer.

Marreco disse...

Amigo Lima.
De facto tudo tem de crescer mas há que haver ordenamento senão desgraças como a que aconteceu na madeira podem se repetir, se por um lado é verdade que não se pode assacar toda a responsabilidade ao Alberto João por outro não deixa de ser verdade que se as construções edificadas encima das ribeiras não estivessem lá a agua que desceu pelas encosta teria chegado muito mais depressa ao seu destino, o mar e certamente não teria danificado as ditas construções por essas lá não se encontrarem e se essas construções não tivessem sido danificadas certamente os prejuízos seriam menores.
Enfim agora é fácil criticar pois o mal já está feito; seria bom que aqueles que tem algum poder aprendessem algo com esta desgraça e que não voltassem a cometer os mesmos erros