quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Brincar às barras na Ria Formosa - nova barra em Cacela

A A.R.H. abriu uma nova Barra em Cacela. A A.R.H. fechou uma barra nova na Fuzeta. A A.R.H. vai abrir uma nova barra na Fuzeta.
Será que agora se tornou moda fechar barras e abrir barras na Ria Formosa, a pedido de alguém conhecido, contrariando tudo o que é a natureza na Ria Formosa?
O programa Polis Ria Formosa, é um programa para renaturalizar a Ria Formosa, mas o que a A.R.H. está a fazer, ao brincar com as barras, é precisamente o contrário da essência do Programa Polis.
Na Fuzeta a desculpa para encerrar a barra que a natureza abriu, era que esta colocava a Fuzeta em risco quando o que estava em risco eram os condomínios fechados, de 4 pisos, que a C.M.Olhão autorizou que se construíssem a menos de 30 metros da preia-mar da Ria Formosa.
Agora em Cacela, abriu-se uma barra, pois alguém se lembrou de dizer que as ostras estavam a morrer por falta de oxigénio.

Mas estariam as ostras a morrer por falta de oxigénio? Quem fez essas análises? A ser essa a causa, porque não se fazem dragagens regulares na Ria Formosa como se faziam antigamente sempre que era necessário?

Estranho é que a mesma pessoa que fez essa exigência para abrir a barra em Cacela, afirmou no programa das 7 Maravilhas da Ria Formosa, que as águas da Ria Formosas eram das melhores da Europa.
Não estarão as ostras a morrer por causa do virús que dizimou grande parte das ostras em França?
A maior parte das ostras cultivadas na Ria Formosa vem de França. Há alguma entidade que controle a qualidade e das espécies introduzidas na Ria Formosa, se são espécies exóticas ou se se encontram saudáveis?
Não! Aqui, na anarquia da Ria Formosa, Parque Natural, onde ninguém manda, será assim: fulano A, sem qualquer qualificação científica, diz: “As ostras estão a morrer por falta de oxigénio e o melhor é abrir uma nova barra!”. Como fulano A está bem relacionado com a directora da ARH que é a mesma que preside ao Polis Ria Formosa, esta faz-lhe a vontade. Será assim que funciona?
Pelo que tenho lido o fundo em saco da Ria Formosa é uma das suas riquezas, pois entre outras coisas serve de maternidade a uma série de espécies.
O fundo de saco no Ancão já foi destruído pelos efluentes dos campos de golfe que invadiram aquela zona e que são despejados nesse local. Agora, ao abrir uma barra no local onde era o outro fundo em saco da Ria Formosa (a leste de Cacela Velha) não se está a desvirtuar o sistema lagunar da Ria Formosa e a cometer um grave crime ecológico e ambiental? Não irá agora a areia destruir uma imensidão de biodiversidade que havia naquela zona? Antes de abrir uma barra em Cacela alguém se preocupou em estudar ou investigar sobre as suas consequências?
O que diz a isso o João Correia presidente do ICNB?
O que diz a isso o director do PNRF?
E a CCDR do Algarve?
A ministra do Ambiente sabe da abertura dessa barra? O que pensa dela?

22 comentários:

Anónimo disse...

Essa Valentina deve ter cá um poder então agora abre-se barras na Ria Formosa a pedido do homem que diz que a agua da Ria Formosa é uma maravilha?

S.O.S Ria Formosa disse...

podem ler nesse artigo do publico on line,que a Valentina Calixto diz umas coisas aos jornais, e faz outras.
para ler a noticia é clicar em cima do meu nik name

S.O.S Ria Formosa disse...

parece que a Ria Formosa tem uma nova ilha e os problemas começam a surgir pois a areia vai desaparecendo da Costa,com os vendavais do próximo inverno será que toda aquela nova ilha zona não vai desaparecer do mapa?
hove estudos sérios sobre as consequências da abertura de uma nova barra naquela zona sensível? ao que parece não houve e depois de quem vai ser a responsabilidade?

Anónimo disse...

No sistema de ilhas-barreira da Ria Formosa, a
morfodinâmica é muito intensa, sendo função do
clima de agitação marítima e das correntes de maré
(Pilkey et al., 1989). As taxas de crescimento de
algumas ilhas são verdadeiramente notáveis a nível
mundial. Como consequência desta dinâmica, o
sistema é muito vulnerável, respondendo de forma
rápida e intensa à construção de obras de engenharia
litoral (Dias, 1988).
As praias ao longo das ilhas-barreira são
geralmente estreitas e o seu comportamento varia
entre o reflectivo e o intermédio no extremo ocidental
(Martins et al., 1996) e intermédio a dissipativo no
extremo oriental (Matias et al., 1998).
As ilhas-barreira do sistema da Ria Formosa, à
semelhança de grande parte dos sistemas mundiais
deste tipo, estão em activa fase de migração em
direcção ao continente, muito provavelmente como
resposta à actual elevação do nível médio do mar
sendo, portanto, um sistema do tipo transgressivo.
Os galgamentos oceânicos são extremamente
importantes neste complexo processo (Dias, 1988;
Pilkey et al., 1989).
A evolução das barras é, de modo geral,
caracterizada por uma migração para nascente até
atingirem uma posição limite, na qual começam a
assorear, abrindo-se nova barra, aproximadamente no
local inicial (Weinholtz, 1978), à excepção da Barra
da Armona, que se tem mantido aproximadamente
na mesma posição, e às barras de Faro-Olhão e de
Tavira, que são artificiais (Fig.2).
As arribas, localizadas a ocidente do sistema,
principalmente as que se situam entre o Ancão e
Olhos de Água, têm sido consideradas como principal
elemento abastecedor de areias para o sistema
(Andrade, 1990a; Correia et al., 1997)
coisas interessantes que se tiram da net,sem encomendar estudos a pedido.
Será que a Valentina Calixto e os seus técnicos alguma vez leram esses estudos?

Anónimo disse...

quer dizer que com a abertura dessa barra a península de Cacela praticamente desapareceu?
Será que a ARH sabe o que faz? essa engenheira Valenti8na é engª em quê?

Homem Salva Ostras disse...

o Augusto da paz é que sabe seus parvalhões,leiam mas é o que ele diz pois ele é que sabe.

OPERAÇÃO SALVA OSTRAS

A Administração da Região Hidrográfica do Algarve (ARH-A) deu ontem início a uma "intervenção de emergência’ numa zona lagunar da Ria Formosa, na área de Cacela Velha, por forma a facilitar a circulação de águas para combater a previsível mortandade de bivalves em consequência do assoreamento causado pelo rigor do último Inverno.

"A intervenção de emergência vai no sentido de abrir um canal para circulação de águas interiores e exteriores", confirmou ao CM fonte oficial da ARH-A. Existe um outro canal – barra do Lacém – a cerca de 500 metros do que agora está a ser aberto (frente ao forte) e que ficou bastante assoreado durante o Inverno. A ARH-A decidiu abrir um novo canal e nada fazer no que está assoreado.

A falta de circulação de águas provoca mortandade da fauna local, nomeadamente dos bivalves, com destaque para os seis hectares de viveiros de ostra ali existentes. "A intervenção foi pedida por nós", disse ao CM Manuel Augusto da Paz, da Formosa Cooperativa - Cooperativa de Viveiristas da Ria Formosa. "Estamos ainda à espera de uma dragagem de fundo e do reforço da duna primária, intervenções previstas no Polis mas ainda sem data marcada", acrescentou aquele dirigente da cooperativa de viveiristas, salientando que a intervenção ontem iniciada está a ser feita "a tempo e horas", porque os bivalves ainda não começaram a morrer devido ao assoreamento.

As barras naquela zona lagunar, no final nascente da Ria Formosa, não se conseguem fixar. A barra do Lacém foi aberta em 2000 e desde aí já foi sujeita a duas intervenções de desassoreamento, explicou Manuel Augusto da Paz.

SOS Ria Formosa disse...

Vejam as maquinas pesadas em cima do cordão dunar da Ria Formosa a destruir a península de cacela.É isso defender a renaturalização da Ria Formosa?

Figo-Lampo disse...

Seri tão simples viver em harmonia em Portugal; bastaria aplicar ISTO

Há psst.... disse...

Algas japonesas invadem Ria Formosa e ameaçam cavalos-marinhos e peixes

As algas invasoras «sargassum muticum» são de cor castanha, originárias do Japão (Ásia), podem atingir oito ou nove metros e estão a ocupar o espaço das ervas marinhas autóctones da Ria Formosa. continuar a ler

Há psst.... disse...

Cavalos-marinhos estão a desaparecer da Ria Formosa


A população de cavalos-marinhos da Ria Formosa está a desaparecer, segundo indicam estudos recentes. continuar a ler..

Anónimo disse...

como é possivél a união europeia europeia consentir uma coisa dessas abrir e fechar barras a pedido, numa zona tão sensivél como é a ria formosa e abranjida pelas convenções de RAMSAR e de Genebra em matérais de ambiente?
será que os presidentes da Quercus e da Almargem também se venderam ao actual governo pois não emitem opinião sobre esses autênticos atentados ecologicos,feitos a mando de uma senhora que durante anos autorizou, que se roubasse a areia na Ria Formosa,com a desculpa que estavam a fazer dragagens? até para Barcelona chegou a ir areia da Ria Formosa para fazer praias.

Anónimo disse...

Atão, o Agusto da boina, também é pessoa influente, no seio da corja? isto, está tudo louco? como é que uma pessoa, quase analfabeto, aparece, como Presidente, de uma Assoçiação e também, dá opinião na Televisão e jornais,como se fôsse um expert? aqui, há uns tempos, era um pobretão, com uma à frente e outra atrás, agora é vê-lo, soube fazer o caminho, zizagueando e bem potregido, na Cambra? o sol quando nasce, não é para todos, só para alguns

Curioso disse...

comentário interresante no forum olhão,sobre a questão da barra de cacela

Anónimo disse...

Figo lampo,estás a esquecer o emprego de mais de 500 pessoas,diretas e indiretas que o Hotel trouxe a OLHAO?não será de bom tom ser tão injusto para quem vem apostar taõ alto em OLHAO.O mau cheiro sempre existio em OLHAO e as pessoas quando para cá vieram já sabiam disso,e apostaram e ganharam,por issi seriam de bom tom pedires desculpa por tanta asneira que dizes.RICARDO

Anónimo disse...

Aguem me diz o que se passa em Olhao c o lixo?

Anónimo disse...

Então não sabem da mortalidade de patos bravos que mais um ano houve na etar de Faro nos salgados.E que mais uma vez foi escondido de todos os Portugueses pelas autoridades como sejam Aguas do Algarve CMF, PNRF, CCDRA, ARH, foram umas centenas largas para não dizer milhares.

Figo-Lampo disse...

Amigo Ricardo se me disser qual foi a asneira que eu disse e se eu estuver de acordon consigo certamente pedirei desculpa a quem tiver que pedir.
Eu sei que o facto de ter um Hotel de cinco estrelas é motivo de orgulho para alguns olhanenses; mas eu ainda sou daqueles que jogavam á bola no tarafal, abanhava-me na Praia do Pedro-Zé e dava mergulhos no T e acredite que para min Olhão éra muito melhor antes do 25 de Abril de 1974.

Amigo Ricardo não se deixe endrominar pela canção do bandido que só elogia o progresso.

ol disse...

Ao Figo-Lampo: O Ricardo é um daqueles franco-atiradores que quer fazer dos outros parvos. O cretino sabe bem que o lixo que estava na horta da câmara era verdade. Como não tinha outra forma de contrariar a denúncia veio inventar uma "montagem" fotográfica. Já estamos habituados a esse tipo de oportunistas que de vez em quando vem aqui tentar denegrir. O tempo tem-se encarregue de mostrar a verdade, de mostrar que estamos certos.

Anónimo disse...

As deputadas Cecília Honório, eleita pelo distrito de Faro, e Rita Calvário, da Comissão Parlamentar de Ambiente, questionaram o Ministério do Ambiente sobre a poluição na Ria Formosa.

Pescadores e mariscadores locais têm vindo a denunciar as descargas provenientes de suiniculturas e o amontoamento de lixo diversos, como eletrodomésticos, plásticos ou sucata automóvel, naquela zona do Parque Natural.

A tonalidade da água e o odor libertado, decorrentes desta situação, é mais acentuado em alturas de maré baixa, pelo que estas práticas merecem cabal resolução.

A poluição na Ria Formosa tem sido diversas vezes denunciada pelas populações dos concelhos abrangidos, nas mais variadas instâncias.

O BE recorda, por exemplo, que, em Março de 2009, a associação cívica “Somos Olhão” apresentou uma queixa, à Comissão Europeia, contra o Estado Português, motivada pelo despejo de efluentes na Ria Formosa.

As deputadas do Bloco de Esquerda exigem que o Ministério do Ambiente adote medidas urgentes para pôr cobro à situação de poluição na Ria Formosa e que promova a recuperação das áreas afetadas.

Cecília Honório e Rita Calvário querem ainda saber se o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade têm os meios adequados para garantir a preservação dos valores naturais protegidos do sotavento algarvio.

Atento disse...

será que o leitor que comentou a morte dos patos bravos na lagoa dos salgados pode dar mais pormenores.
em 2008 foi assim pelo comentário este ano foi mais grave mas abafado.pode dar dados mais concretos?
aqui fica a noticia de 2008 do observatório do algarve




Lagoa dos Salgados assiste a novo desastre



Mais de cem patos e outras aves foram descobertos mortos nos últimos quinze dias, junto à Lagoa dos Salgados.

Segundo fonte da empresa Águas do Algarve, responsável pela estação que trata a maior parte da água que abastece Faro, junto a Olhão, as aves poderão ter sucumbido a uma doença chamada botulismo, embora só os exames que estão a ser realizados aos animais possam revelar qual a causa das mortes.


Desde há quinze dias até meados da passada semana foram contabilizadas cerca de noventa aves mortas, tendo segunda-feira sido removidas mais algumas dezenas, acrescentou a Águas do Algarve.


Alguns dos exemplares são enviados para análise e outros para uma estação de incineração em Beja, disse a mesma fonte, remetendo mais pormenores sobre as causas para quando se obtiverem resultados.


A situação já não é nova, segundo a mesma fonte, embora a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Faro Nascente, onde foram detectadas as mortes, só seja explorada pela empresa desde Abril do ano passado.


A ETAR em causa é apelidada de estação de lagunagem, o que significa que funciona com base em baixa tecnologia e sem recurso a equipamentos ou produtos químicos, acrescenta a Águas do Algarve.


Situa-se entre Faro e Olhão, junto à Lagoa dos Salgados e é a estação responsável por tratar a maior parte das águas que abastecem a capital algarvia.


A situação está a ser acompanhada por técnicos da Câmara de Faro, Parque Natural da Ria Formosa (PNRF), Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPALG) e CCDR/Algarve.

Observatório do Algarve

MantaRota disse...

A Península de Cacela nunca teve avanço do mar até quase à área em frente à casa do Picasso pois até esse ponto a vegetação dunar estava em excelente estado, havia duna primária e duna secundária com piornos.

Para já quando abriram a barra em frente à foz da ribeira de Cacela Velha destruíram uma parte de cordão dunar em bom estado. Um crime ecológico grave. Depois este ano por causa da abertura da barra o mar destruiu quase metade do cordão dunar da península, ainda lá estão os piornos secos e quem caminhar pela praia verá as provas do avanço do mar e da destruição do que resta da península. O lugar histórico original da barra é o sítio do Lacém, por que motivo foram destruir a península e abrir a barra onde ela nunca existiu? Por que motivo não abriram a barra no Lacém? Isto é tudo muito estranho.

Exige-se o encerramento da barra e a recuperação do que já foi destruído da península de Cacela!

MantaRota disse...

A Península de Cacela nunca teve avanço do mar até quase à área em frente à casa do Picasso pois até esse ponto a vegetação dunar estava em excelente estado, havia duna primária e duna secundária com piornos.

Para já quando abriram a barra em frente à foz da ribeira de Cacela Velha destruíram uma parte de cordão dunar em bom estado. Um crime ecológico grave. Depois este ano por causa da abertura da barra o mar destruiu quase metade do cordão dunar da península, ainda lá estão os piornos secos e quem caminhar pela praia verá as provas do avanço do mar e da destruição do que resta da península. O lugar histórico original da barra é o sítio do Lacém, por que motivo foram destruir a península e abrir a barra onde ela nunca existiu? Por que motivo não abriram a barra no Lacém? Isto é tudo muito estranho.

Exige-se o encerramento da barra e a recuperação do que já foi destruído da península de Cacela!