Nota-se já, a morte de quantidades apreciáveis de ameijoas, a rondar os 70%, tornando-se imperioso apurar das suas causas.
Em primeiro lugar a poluição da Ria Formosa com as descargas dos efluentes das Etar, particularmente de Faro Nascente e Olhão Poente e as suas consequencias directas e indirectas. Tentando iludir aqueles que vivem da Ria Formosa, as autoridades com poder na matéria, vêm apontando o "Perkinsus atlanticus" como o principal causador da morte da ameijoa, como se a qualidade do efluente descarregado na Ria Formosa também nada tivesse a ver com o assunto.
A verdade é que o IPIMAR ainda não fez qualquer estudo sobre o parasita e muito menos sobre as medidas de combate ao flagelo.
Antes de 1983 a produção de ameijoa na Ria Formosa, chegou a atingir valores na ordem dos 3-4 Kg/m2/ano, para uma área de 4.700.000m2 distribuídos por cerca de 1.600 viveiros. E, se a estimativa apontava para uma produção media de 7.000 toneladas/ano, em 1990 ela baixava para as 2.000. A produtividade baixava assim para 0,5Kg/m2/ano, situando-se actualmente em 0,3Kg/m2, ou seja cerca de 10% da sua real capacidade.
Como causa provável da quebra de produtividade, as autoridades, apontam o dedo ao Perkinsus Atalanticus. Acontece é que a ameijoa tem sido utilizada como organismo ambiental, tendo em conta a alimentação por suspensão que acumulam e concentram contaminantes, reflectindo por isso o grau de contaminação do ambiente.
As condições ambientais da Ria Formosa são favoráveis à presença do Perkimsus, contribuindo para isso a degradação do substrato, a elevada carga orgânica da colina de agua e as descargas excessivas.
O Perkinsus Atlanticus, acredita-se, terá sido importado do mediterraneo, nomeadamente de Itália, e muito provavelmente terá sido introduzido na Ria Formosa, por importadores pouco escrupulosos, na mira do lucro fácil e rápido, sem ter em conta as implicações que o seu gesto descuidado provocava.
Algo semelhante, acontece no momento com a importação de ostras, portadoras de algas infestantes e que põem em causa as pradarias marinhas naturais da Ria Formosa e de vírus ainda não estudados no nosso País.
Assim, para alem do fim das descargas das ETAR, torna-se necessário acabar de vez com a introdução de espécies exteriores à Ria Formosa, o que aliás já é proibido mas que a imbecilidade promovida à gestão da coisa protegida, finge ignorar, satisfazendo clientelismos, também eles pouco transparentes.
domingo, 19 de junho de 2011
A RIA FORMOSA E A MORTE DA AMEIJOA
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14 comentários:
li hoje no correio da manhã,que está a haver problemas com os romenos e outros emigrantes,que estão a roubar amêijoas nos viveiros e a vender mais barato. o que diz a este grave problema a CMO e Cooperativa do augusto da boina?nada não é,pois o negocio deles é outro.
A corrupcção em Olhão é tanta que já ninguém liga.
no negoico das amêijoas toda a gente sabe que há imigrantes a roubar amêijoas e comerciantes a comprar.
Quanto mais depressa as amêiojoa morrerem melhor é pró turismo assim depois podem fazem hoteis e cima dos viveiros.
porca miséria e ninguém faz nada vocês no vosso blog são os unicosa a remar contra a mar´+e e a denuciar a poluição a morte das amêijoas e a introdução de ostras exóticas na Ria Formosa.
o Negocio da amêijoa já foi chão que deu uvas agora a moda é ostras da França onde estão as grandes figuras de Olhão e de Faro.
outro negocio rentavél é da espreita, pois na deserta vão fazer uma praia de nudistas.via-se a amêijoa fica a outra amêioja.
A falta de circulação da àgua no in
teriot da Ria, provoca a normal fal
ta de oxigénio (há estudos cienti-
cos em poder das entidades responsa
veis pela Ria) que em conjunto aom
poluição provoca a grande mortali
de que agora se verifica.
-A água da Fuzeta corre para olhão
duas horas antes da baixa mar, como
não pode sair pela barra daArmona
segue para a barra Faro/Olhão.
-Três horas antes da baixa mar a
àgua de faro não sai pela barrinha
do ancão devido ao assoreamento e
vai toda para a barra Faro-Olhão.
-Nas marés mortas uma percentagem
muito elevada da àgua da Ria Formo-
sa não é renovada.
-Os dirigentes do Polis sabem desta
situação e também sabem que os estu
dos que concluiram que a grande fal
ta de oxigenio e renovação da àgua
provoca a mortalidade de muitas es
pécies no interior da Ria e tambem
sabem que os estudos foram caros e
fomos todos nós a pagar
A poluição ainda é muito pior do
que se tem dito, mas fica para
outro dia.
A falta de circulação da àgua no in
teriot da Ria, provoca a normal fal
ta de oxigénio (há estudos cienti-
cos em poder das entidades responsa
veis pela Ria) que em conjunto aom
poluição provoca a grande mortali
de que agora se verifica.
-A água da Fuzeta corre para olhão
duas horas antes da baixa mar, como
não pode sair pela barra daArmona
segue para a barra Faro/Olhão.
-Três horas antes da baixa mar a
àgua de faro não sai pela barrinha
do ancão devido ao assoreamento e
vai toda para a barra Faro-Olhão.
-Nas marés mortas uma percentagem
muito elevada da àgua da Ria Formo-
sa não é renovada.
-Os dirigentes do Polis sabem desta
situação e também sabem que os estu
dos que concluiram que a grande fal
ta de oxigenio e renovação da àgua
provoca a mortalidade de muitas es
pécies no interior da Ria e tambem
sabem que os estudos foram caros e
fomos todos nós a pagar
A poluição ainda é muito pior do
que se tem dito, mas fica para
outro dia.
o IPIMAR quer é tacho,perguntem para onde vai a agua com antibióticos que tratam os peixes em Marim? e coom que produto é que limpam os tanques?
já agora perguntem o que fazem ao peixe da experiências dão a quem vendem ou comercializam,pela porta do cavalo?????????
essa gente, quer lá saber se as espécies exóticas fazem mal à Ria eles querem é lucro e com a ganância ,nem vêem, que estão a colocar em causa o sustento de milhares de pessoas.
pior ainda são as autoridas como o IPIMAR e o PNRF que nada faz contra a introdução de espécies exóticas,como as ostras que vêem de França, muitas delas com virus,e que são introduzidas nos viveiros da Ria Formosa.
ai mãe mó aí em Olhao é só caca
morrem as ameijoas,esgotos na ria na fugem não.
Mosse e^quer é saber da ameijola que vai haver na deserta.
Espero que esteja completamente enganado!
Será que este"paraiso" tem remédio?
JMateus
Parabéns ao vosso blog,pelos artigos do vosso blog, que fizeram a denunciar a sucata e a estrumeira que a CMFaro tem no Cais Comercial de Faro.
Graças a esses dois artigos Macário anunciou no seu Face Bok, que vai começar a retirar as carcaças dos veículos, e toda a estrumeira que lá tem depositado desde há anos,os vários presidentes de Cãmara que tem passado por Faro.
O vossos artigos foram determinantes pois chegaram à A.Municipal de Faro,e Macário comprometeu-se a acabar com esses crimes.
Parabéns e desejo que em Olhão o vosso trabalho sirva para que a CMO acbe com os esgotos que desejam na Ria Formosa sem qalquer tratamento como vocês tem denunciado e alertado várias vezes.
Muita gente diz que vozes de burro não chegam ao céu,e que o melhor é desistir. Não façam isso continuem pois um dia as coisas mudam e vão-se lembrar de quem não desistiu,de denunciar os crimes que fazem contra Ria Formosa.
Ouvi contar que ali para os lados do Ludo,uma senhora com um cabelo mal amanhado,estava a agarrar uma galinha para a levar ao cabeleireiro afim de lhe copiar a crista e passar a ser conhecida como a valentona cristas....
é como a cortiça...sempre à tona da água..
Para quando a reabertura da antiga barra do Ancão/Farrobilhas ou popularmente "passo a cavalo" que foi parcialmente fechada pelo grande ciclone de 15 FEV 1941 que varreu o país de Sul para Norte com registos de ventos aos 140Kms aqui no Algarve.
Falo nesta barra porque no conjunto de comentários aqui expressos, o meu pretende ser mais uma achega para quem de direito não deixar morrer a ria, já que aqui nesta parte ocidental onde a oxigenação das águas só nas preias vivas, já que nas mortas e meias marés quase desapareceu a corrente de circulação e assim os bivalves,os locais de nidificação aquáticos e todo um conjunto de vida animal e vegetal está a desaparecer rápidamente; é triste ver isto para quem é filho da areia onde cresci até aos cinco anos, na antiga ilha do Ancão hoje apenas uma peninsula que nas baixas vai até à barra do Farol; não se esqueçam nem tenham medo pois o se dique do muro foi construído para defesa do ludo açoreado e consequentes bons terrenos para agricultura( hoje por hoje já esquecida)então, será que há por aí algum estudo que impede a reposição da mesma barra, ou será mais uma coisa estranha como a que se passou com a barrinha de São Luís outrora mais a nascente com um enorme fundeadouro onde ficavam os barcos da armação do Ramalhete e não sendo devidamenta explicado porque criada uma mais a poente em cima da areia quando a outra ainda estava aberta sobre barreira , fechando-se assim definitivamente como veio a acontecer e até hoje não foi não há justificações para a enorme quantidade de areia que açoreou completamente o grande fundeadouro e as canais dele emergentes para Norte, Nascente e Poente.Mantenha-se a Ria Formosa VIVA. è um apelo do cidadão J.J.Pinheiro Pinto autarca na Freguesia de Almancil.
Já agora e aproveitando a maré não são as casas em madeira nem os locais públicos também construídos em madeira(alguns restaurantes em vários locais ao longo do cordão dunar também construídos em madeira e até em muitos casos suspensos),que vão destruindo o mesmo,mas sim a enorme quantidade de betão construído em altura e encostados uns aos outros(vidé Praia de Faro) sem espaços para se passar fácilmente da ria para a costa e vice-versa como antigamente se fazia e em que a maioria das construções era em madeira provocando uma afetação miníma na vegetação que ajudava a fixar as areias ao contrário do que acontece com os jardins de cimento hoje aí plantados.Atenção não dexem suceder o mesmo na Armona mantenham-na viva assim como a ria aí que ainda é quase como quando eu com os meus 11anos passava a nado na baixa-mar do moinho da represa dos pinheiros de Marim para lá;eram outros tempos em que a miudagem nas férias do Verão fazia destas coisas para se afirmar.Não deixemos morrer a Ria do Ancão a Cacela e se possível recupere-se algum do património histórico dela que faz parte da nossa identidade cultural.
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