Imagem retirada da página do f.b Portugal Romano.
Curioso é que toda a gente sabe e quase todos fechamos olhos, faz lembrar a poluição da Ria Formosa, conforme mostra a foto de um dosmuitos esgtos tóxicos directos para as super protegidas aguas da Ria Formosa a foto é do esgto do T em Olhão a 50 metros da sede do IPMA a 70 metrso da Capitania do Porto de OLhão e a 100 metros do SEPNA brigada de ambiente da GNR.
Por nos identificarmos com a grande maioria do texto tomamos a ousadia de o publicar, contentes, que o nosso artigo tenha servido de alerta, artigo esse que era sobre a possível, destruição do Jardim Patrão Joaquim Lopes e a triste realidade de mias uma vez correrem com os pescadores viveiristas e mariscadores de Olhão, desta vez do Porto de Abrigo para a Pesca Artesanal, construídos com dinheiro da União Europeia, para calar e dar condições aos pescadores entretanto corridos aquando a construção do Porte de Recreio de Olhão, a que pomposamente começaram a chamar Marina para a especulação imobiliária do Hotel e apartamentos muitos deles construídos em cima da antiga estrumeira de Olhão que por incrível que pareça, e com a anuência de várias entidades publicas, ficou depositado debaixo de vários edifícios do Real Marina.
Aqui deixamos o artigo integral de Fernando Silva Grade.
" Vistas de Olhão
O sentimento que todos os habitantes de Faro têm, sobre o esplendoroso cenário da Ria Formosa, é de um grande desgosto e de um sentido de perda, isto devido à construção, há um século, da linha de caminho-de-ferro e do aterro que o suporta, e que secou para sempre a frente ribeirinha da cidade.
Por isso, quando qualquer farense se desloca a Olhão não deixa de sentir com particular fascínio essa magnífica paisagem das ilhas, dos sapais, dos barcos de pesca, do pôr-do-sol a esconder-se na profundidade do horizonte, um cenário sempre mutante e fecundador de sentimentos que tocam a nossa secular alma atlântica.
Esta benesse que Olhão detém é uma marca seminal da sua identidade, tendo a sua população sido moldada na contemplação dos barcos e das marés a partir do cais, das açoteias e dos mirantes.
Por isso é com indescritível incredibilidade que me confronto com o último projeto da Câmara Municipal de Olhão que, em última análise, se traduz na vontade de emparedar completamente a frente ribeirinha de Olhão com o prolongamento da marina de barcos de recreio.
A marina que já atingiu uma dimensão despudorada, ao abarcar metade da zona marginal de Olhão, vai continuar o seu percurso estrangulador, mordendo nesta primeira fase já em concurso, os calcanhares ao mercado do peixe, para numa segunda fase que se perspetiva, se prolongar até ao cais de embarque para as ilhas, isto em função de ser essa a vontade do autarca, já assumida publicamente, arriscando selar, desta forma, o cenário imemorial das vistas para a Ria Formosa.
Esta situação de lesa-pátria, não é contudo assim tão surpreendente em função do histórico desta cidade. Há cerca de 25 anos, numa entrevista na televisão, o maestro Vitorino de Almeida afirmava a certa altura, que havia considerado Olhão eventualmente a cidade mais bonita do mundo, mas que na sua última visita ficara chocado ao constatar as mudanças terríveis que entretanto aí tinham ocorrido. O maestro notava a descaracterização profunda das habitações com a emergência de arrepiantes «azulejos de casa de banho», alumínios rutilantes nas janelas e nas portas, e os prédios desmedidos a despontarem por todos os lados.
Olhão, que aparece (ou aparecia) invariavelmente referido nos livros e compilações internacionais sobre arquitetura vernacular ao lado dos lugares mais relevantes do mundo, que se esculpia em reentrâncias de cal e misteriosas medinas, que foi musa do encantamento de João Lúcio e de Artur Pastor entre muitos outros, esta obra-prima da forma, da luz e da cor, tem sido, ao longo dos anos, deploravelmente descaracterizada, abastardada e mutilada, sem dó nem piedade, sob a batuta de presidentes da Câmara que demonstraram uma ignorância, insensibilidade e sabedoria-saloia de dimensão clamorosa.
Também a vigorosa população da terra não tem sabido, em função das dinâmicas da moda que nos tempos atuais são de uma abrangência totalitária, defender a sua cultura e os seus valores imemoriais. E assim chegamos à situação caricata e vergonhosa em que, neste momento, quem se bate pela integridade de Olhão, da sua arquitetura e da sua cultura, seja quase em exclusivo a comunidade estrangeira que ali se fixou nos últimos anos. Citemos, então, algumas das contribuições oficiais para o desfiguramento da cidade de Olhão:
• «Reboleirização» da Avenida da República, em tempos uma encantadora via romântica, com demolição de inúmeras e belíssimas casas e palacetes;
• Estado de abandono e decrepitude de muitos casarões e antigas fábricas, que se perfilam para serem abatidos como já aconteceu com muitos deles, e que, pela sua importância arquitetónica, seriam, em qualquer outro país civilizado, primorosamente reabilitados;
• O estado calamitoso em que os bairros históricos se encontram, totalmente descaracterizados, e onde a única intervenção lá ocorrida foi a introdução de um revestimento pedonal piroso quanto baste e um mobiliário contemporânea de uma dissonância a toda a prova. Salvam-se meia dúzia de casas reabilitadas por estrangeiros que voltaram às paredes caiadas e às janelas e portas tradicionais de madeira;
• A permissão para construir mais andares na primeira linha de casas o que irá acabar com as vistas para a Ria a partir de muitas açoteias da cidade;
• A permissão para a construção do Marina Hotel e apartamentos adjacentes, no lado poente, com uma volumetria e estilo arquitetónico incompatíveis com o peculiar tecido urbano de Olhão. Por fim, e infelizmente, teremos de acrescentar mais uma barbaridade a este lastimável rosário de incompetência, ignorância e falta de amor pela terra: o prolongamento da marina de recreio qual cobra constritora que irá sufocar, cada vez mais, a deslumbrante vista sobre a Ria Formosa."
Nota do Olhão Livre: O nosso artigo sobre a destruição do Jardim Patrão Joaquim Lopes e do abate de grande parte das suas árvores cinquentenárias, para dar lugar a mais estacionamento automóvel, e decissão ditatorial de António Miguel Ventura Pina de querer correr com os pescadores locais, da zona ribeirinha de Olhão para dar lugar a 220 embarcações de recreio, veio alertar vários sectores da sociedade civil que começaram a ter opinião, e a movimentar-se de modo a mostrar a sua indignação e a sua revolta sobre o que querem para a Zona Ribeirinha de Olhão.
Com tanto dinheiro, que o Ministro tem para calar António Pina ,sobre a demolição das 80 casas dos pés descalços, das Ilhas dos Hangares e Farol, era bem melhor António Miguel Ventura Pina, acabar com os crimes ambientais que todos os dias a CMOlhão na figura do seu presidente, comete ao descarregar nas aguas da Ria Formosa toneladas de esgotos tóxicos sem qualquer tratamento no T(local de embarque para as Ilhas da Armona Culatra e Farol), na dita Marina mesmo em frente à esquadra da PSP na Docapesca em frente à Fábrica Bela Olhão e em frente às oficinas do Rodrigues e Almeida., os esgotos da Horta da CMOlhão, do Macdonald e das Piscinas Municpais de Olhão que descarregam esgotos e aguas não tratadas nas linhas de agua que vão dar à Ria Formosa. ao pé da Rotunda Poente de Olhão.
Olhão que hoje infelizmente cheira a merda, antes cheirava a peixe derivado à sua intensa pesca das mais de 40 traineiras e da transformação do pescado, pela industria conserveira,e pelo cheiro da fábrica de farinha de peixe a Safol.
Hoje com as traineiras reduzidas a menos de meia dúzia, a industria de conserva reduzida a uma unidade e outra de patés de peixe, assim sendo Olhão deixou de cheirar a peixe não por iniciativa do PS e dos seus autarcas, sempre em maioria na CMOlhão, mas porque o PS,e o PSD/CDS, no poder, tudo tem feito para acabar com a pesca em Olhão e em Portugal.
Foi o fim da pesca que acabou com o cheiro a peixe em Olhão, feito esse que alguns ex.autarcas,e mais uma carrada de ex..no curriculum, gostam muito de se vangloriar, como tendo sido o fim do cheiro a peixe uma grande obra, dos autarcas do PS na CMOlhão.
Olhão já não cheira a peixe mas cheira a merda, por toda a zona ribeirinha assim que a maré vaza ou o vento vem de Poente e trás até nós os cheiros nauseabundo a metano gás preveniente da ETAR assassina e mal construída na Ilha da Lebre, onde se deram ao luxo (não será crime?), de deixar 2 noras das hortas existentes no local que continua a contaminar os aquíferos da zona.de Belamandil.
De referir que essa ETAR construída pela C.M.Olhão em 1995, emana cheiros tão fortes a merda que o gerência do Hotel Real Marina queixou-se que esses cheiros incomodavam os turistas, sendo que tiveram de colocar um ambientador gigante que disfarça o cheiro a merda mas emana para o ar quando o vento vem de quadrante Oeste, um odor a lima para os clientes do Hotel não sentirem o cheiro a merda,mal sabem eles que assim são duas vezes intoxicados com o gás metano e com os odores nada saudáveis desse ambientador gigante,que mostramos nessa foto tirada por nós nessa ETAR assassina de Olhão Poente.
O futuro de Olhão não pode ser decido por um aprendiz de ditador, as pessoas de Olhão e as que gostam de Olhão devem tomar posição publica contra estas medidas,que vão descaracterizar a baixa do nosso Olhão.