Há muito tempo que não dedicávamos umas linhas à nossa Ria Formosa, mas os recentes acontecimentos obrigam-nos a uma tomada de posição.
Soubemos que uma brigada do SEPNA esteve presente junto ao Cais T e teve oportunidade de verificar in locco uma descarga. Falta saber qual o resultado da constatação, mas acreditamos que como de costume nada seja possivel apurar.
Entretanto assiste-se a uma elevada mortandade de bivalves, na ordem dos 70%, sejam de ameijoas ou de ostras, faltando apurar as causas. Será uma questão patologica? Será a presença do virus do herpes da ostra? Será da poluição dos esgotos? Será das escorrências superficiais da agricultura?
A verdade é que as diversas entidades que tinham a responsabilidade de se pronunciar, estão em silencio. O IPMA não diz nada, mas também sabemos por experiencia propria que a pronunciar-se será pelas escorrências superficiais da agricultura, como é costume. A APA desconhece a situação embora estivesse obrigada a saber do destino dado às cascas das ostras mortas. O CCMAR nada diz.
E os produtores estão calados porquê? Haverá algum outro negocio por detrás da morte dos bivalves?
Uma coisa é certa, a Ria agoniza e nada se faz para a defender. Isso obriga-nos a uma reflexão já antiga.
As areias na costa algarvia movimentam-se tendencialmente de poente para nascente. Com a artificialização da costa como a construção dos molhes das barras, principalmente os da barra Faro/Olhão, os esporões de Quarteira, as areias acumulam-se no lado poente daquela estruturas, impedindo a passagem das areias.
Sabendo dos impactos negativos e permanentes das estruturas, necessárias diga-se em abono da verdade, era necessário introduzir medidas mitigatórias, sendo o exemplo mais flagrante o que se passa na Barra da Armona.
A barra da Armona tinha uma abertura de 3.500 metros, estando nos dias de hoje quase fechada. Qualquer pessoa compreenderá que esta situação não permite a renovação das aguas no interior da Ria. Para alem disso, durante a maré vazante, a pressão da corrente vai levando as areias à medida que se aproxima da saída, a barra Faro/Olhão, pelo que se torna necessario a dragagem da barra da Armona, não só para a afundar como em largura, repulsando as areias dragadas para cima da Ilha à qual pertencem, a da Culatra.
Bem sabemos que, em principio, deveriamos deixar a natureza trabalhar mas também entendemos que foi a artificialização da Barra Faro/Olhão que esteve e está na origem do problema criada na Armona.
Enquanto não houver uma intervenção de fundo, enquanto não houver ma renovação de aguas suficiente, vamos assistir a elevadas mortandades de bivalves.
Porque se cala a Câmara Municipal de Olhão? Será que o seu gabinete para a Ria só serve para pedir subsidios?
Quem cala consente!
4 comentários:
O povo de Olhão já não luta pela sua Ria Formosa. A ideologia pequena- burguesa já domina em Olhão.
Este povo não é digno do seu passado.
Óh vila de Olhão
Da Restauração
Madrinha do povo
Madrasta é que não…
Batata frita ela vai falar! Já foste! Pinov e máfia está a chegar a vossa vez. De Caminha a Olhão vamos limpar o país.
o que se passa na ria formosa na mortandade das ostras e ameijoas,é vergonhosos, pois há menino que cada vez que morrem ostras recebem bateladas de dinheiro das entidades oficiais,será por isso que estão calados e não vem para os jornais e televisão como vinham dantes?
O Parque Natural deixou introduzir uma espécie exótica nos terrenos da Rede Natura 2000, que é também Rede de Proteção Especial onde não pode ser introduzidos espécies exóticas e todas as autoridades estão caladas?
Será porque o DDT em Olhão tem vários viveiros de ostras exóticas a engordar em sacos de plástico que vem de maternidades francesas, que essas autoridades estão caladas?
Porque razão as autoridades obrigaram os viveiristas a acabar com as caixas de plástico no Parque Natural da Ria Formosa e a APA andou a aplicar coimas a dezenas de viveiristas fecha os olhos a toneladas de sacos de plástico que o DDT em Olhão e na Culatra estão calados?
"Esses" estão calados porque sempre foram uns bandidos habituados a viver de roubo, tráfico de drogas, subsídios e serventia aos "dotores "de Lisboa que lhes dão os estatutos de minoria étnica, de maneira a terem tudo á custa de quem realmente trabalha. Os mesmos que cá vem no verão encher a mula e molhar o rabo. Nem escrúpulos nem honra.
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