1 - Quando o demissionário primeiro ministro apresentou o respectivo pedido ao Presidente da Republica propôs a sua substituição por outro elemento do seu partido, já que detinha a maioria absoluta no Parlamento, proposta essa que foi rejeitada.
À pala disso, o Presidente da Republica convocou o concelho de Estado pensando que nele encontraria uma solução consensual entre os concelheiros o que não aconteceu, pelo contrário, houve um empate, ficando a solução à responsabilidade individual do Presidente.
Não podemos nem devemos omitir que o Presidente foi presidente do Partido dito social democrata e que provavelmente ainda estará filiado naquele partido.
Acreditava o Presidente, contrariamente às projecções naquela data, que o seu partido de sempre poderia ganhara as eleições, ainda que sem maioria absoluta ou seja, de acordo com as projecções o País poderia ficar ingovernável.
2 - As eleições, das quais ainda não se sabe o resultado final posto que faltam apurar os resultados da diaspora, podem determinar a vitória de PSD, reforçando-o ou do PS. De qualquer das formas nenhum dos dois está em condições de ter uma maioria parlamentar estavel.
No ultimo dia da campanha, interferindo na campanha, o Presidente num texto de um conhecido grupo de média, veio dizer que não daria posse a um governo com a participação da força politica que se apresenta em terceiro lugar e que serve de pendulo para uma maioria absoluta.
Ao tomar tal posição, o Presidente, na prática veio dar uma indicação de não votar naquela força politica. Essa é a realidade!
3 - Entretanto começou o dialogo com os partidos que vão compor o parlamento, sem saber quem vai ganhar as eleições e como tal indicar o futuro primeiro ministro.
É o mesmo que estar a dizer que só pode ser o PSD. Mas e se o ganhador for o PS?
Perante este cenário, pode dizer-se que o protagonista e responsavel pela actual crise é o Presidente da Republica, não só por tomar uma opção sem suporte que lhe permitisse assegurar a governação e estabilidade do País, razão pela qual deveria DEMITIR-SE.
4 - Por outro lado, e no que respeita à região algarvia, assistimos ás declarações do Presidente da Amal e da Câmara Municipal de Olhão, e que pode ser vista em https://cnnportugal.iol.pt/videos/no-algarve-houve-uma-transferencia-quase-total-de-votos-para-um-partido-que-diz-tudo-promete-tudo-mas-nao-teve-ainda-a-dificuldade-de-governar/65f0a4a50cf23360556e9c1d.
Nestas imagens verificamos que, descartada a possibilidade de um lugar no futuro executivo, o presidente da AMAL cospe no prato que lhe deu de comer durante estes anos, quando vem criticar o governo do seu partido por não ter feito as obras que ele entende permitiam obter outro resultado. Então porque não o disse em campanha eleitoral? Estava com receio de ser descartado?
Mas também fala de situações como a dependencia do turismo, dos baixo salarios nele praticados e da sazonalidade do sector, quando desde que tomou posse não tem feito outra coisa que não a promoção do sector.
De acordo com as suas declarações, e como responsavel pela degradação social que a região e o concelho atravessam, deveria também ele DEMITIR-SE!
5 - Se os eleitores mostraram o seu protesto através do voto, tal deve-se à degradação do bem estar social. As pessoas não ganham para pagar as rendas habitacionais que são exigidas, induzindo ao despejo de grandes quantidades de familias e que hoje não têm um tecto para se abrigar!
O aumento das margens de lucro que geraram um processo inflacionário que levou a que as pessoas não tenham capacidade de consumo e como tal a passar fome!
Esse é o grande problema e a responsabilidade é das elites politicas e por isso mesmo deviam ser DEMITIDOS.
6 - Está na hora de as pessoas se organizarem e exigirem os seus direitos constitucionais. Não as pessoas que têm de ter medo mas sim a classe politica. Se o Povo explorado sair à rua e lutar por melhores condições de vida os politicos vão tremer,
LUTEM, PORQUE SEM LUTA NÃO HÁ VITÓRIA!