quinta-feira, 21 de abril de 2011

CONTRA A ACORDO COM A TROIKA...

O governo português não teve outro remédio que pedir a intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Central Europeu (BCE) e da União Europeia (EU), para ajudar a dar a volta à situação em que ele próprio mergulhou o País.
Aquelas instituições já se deram conta da gestão ruinosa dos meios técnicos, humanos e financeiros, em suma dos recursos de que o País dispunha.
Mas se alguém pensa que as soluções apontam para a responsabilização civil, criminal, administrativa ou politica de quem afundou o País desengane-se.
As soluções passam por restringir direitos essenciais das camadas mais desfavorecidas da população e que vão mexer com as precárias condições de vida de milhões de portugueses, sejam eles desempregados, precários, reformados ou simples trabalhadores, na saúde, protecção social, educação.
Para o desvario das contas publicas apresentam-se como soluções o aumento dos impostos, particularmente sobre o consumo que atinge de forma desigual os detentores de elevados rendimentos em contra ciclo com os mais desprotegidos.
Omitem que à redução da capacidade de consumo, estão também a afectar o desenvolvimento económico, conduzindo-o para uma recessão prolongada. O Estado torna-se neste contexto o principal inimigo de trabalhadores e patrões, esquecendo-se que sem desenvolvimento económico também não há desenvolvimento social.
Quais são, então, as preocupações da troika e do Poder?
Trata-se de salvaguardar os interesses do sector financeiro, em risco iminente de falência. É que à pala da saúde do sector financeiro, o Poder continuaria ainda hoje a executar as celebres Parcerias-Publico-Privadas com as quais endividaram o País e hipotecaram o futuro, nosso, dos nossos filhos e netos.
Esse é o grande problema: a saúde do sector financeiro, pouco importando as miseráveis condições de vida que pretendem dar ao Povo português. Para esta gente o patriotismo é para os mais desfavorecidos, enquanto o interesse nacional é favorável ao capital, sem pátria.
Está na hora de manifestar o nosso repudio pela forma como são conduzidas estas negociações, até porque quem criou a doença não faz parte da cura.
Assim, nãos nos resta alternativa senão lutar contra este tipo de politicas, exigindo o direito de participação no processo de decisão. Ou será que não temos outras soluções? Serão inconvenientes para a corja de políticos, especialistas, economistas e outros istas que afundaram o País? Por outras palavras, qualquer decisão saída das negociações entre o Poder, a auto-proclamada oposição e a troika, deve ser precedida de um referendo vinculativo, para se apurar do grau de concordância do Povo português.
E, porque estamos em ferias forçadas do parlamento, devemos questionar os partidos concorrentes para saber da sua disponibilidade para apoiar um tal referendo, sob pena de o nosso voto ir para aqueles que nos derem mais garantias.

9 comentários:

Anónimo disse...

O FMI,é mau para PORTUGAL?dá-me uma razão plausível e eu dou-te razão.António

Anónimo disse...

Referendo sim !Senão voltamos ao tempo da carne de cavalo,entre FEEF´s e FMI´s o resultado prático é um,e esse nem eles negam a austeridade implementada pelos dois maiores partidos que foram buscar os amigos á Europa voltaram reforçados.Aqueles que acreditam que tudo tem limites,enganam-se,não há limites para a vontade capitalista,estamos perante a Troika do gamaço a quadrilha está completa.Certos delfins PS e não SO!falam em acordos de regime,pudera o deles está certo não há crise que lhes afete,só nos preços dos fatos em lojas de gabarito,mas qual acordo de regime ? O que corta direitos sociais,o quer trabalho ao preço da Somália ?O que quer a destruição do serviço publico?Acordo de regime Não Obrigado !Porque não falam em referendar a aceitação das condições impostas pelos vampiros do capital ?
Algum responsavel politico foi levado há justiça,quando salvou a banca enterrando o Pais? Porquê de ser nós povo a pagar esta malfeitorias finançeiras?Aonde está a seriedade dos partidos todos que não forçam o referendo para estas questões,é só fogo de artificio,estamos fartos!

DX

Anónimo disse...

" O POVO de OLHÃO " quem se recorda deste jornal? As operárias conserveiras irão ensinar ao povo Olhanense o que é ser proletariado
(20.12.1975)

Anónimo disse...

Preciso de saber mais medidas, +para dar uma opinião válida.Falar por falar, já basta vocês do blog,penso que ainda não temos matéria suficiente para podermos andar a cagar ventarolas.A sondagem é uma mentira daos jornais,afetos ao ps,para enganar as pessoas.Nadir

a.terra disse...

O FMI não só é mau; é pessimo. Para aqueles que viveram ou vivem à sombra do Estado será bom que venha, mas para a generalidade das pessoas é muito mau.
O FMI não vem recomendar qualquer tipo de sanção para aqueles que delapidaram o patrimonio colectivo.
O FMI não impõe um tecto aos salarios luxuriosos de uma certa classe mas manda cortar no salario minimo nacional.
O FMI manda cortar nas isenções do SNS, mas não manda baixar os preços dos medicamentos.
O FMI propõe aumento dos impostos sobre o consumo, mas não manda subir os impostos sobre os lucros apreciaveis da banca.
O FMI manda salvar o sector financeiro mas manda para a falencia as familias e as empresas.
O FMI retira o dinheiro da economia e salva as finanças.
O FMI aumenta a precaridade, a instabilidade e insegurança no trabalho.
O FMI vem pôr o garrote no pescoço dos portugueses.
É obvio que a crise tem culpados, mas não são aqueles que agora são penalizados.
O FMI retira a nossa soberania. Já nem na nossa casa mandamos.
O FMI aumenta a idade de reforma mas não acaba com as reformas milionarias.
E muito mais havia para dizer, mas creio que já chegam. Admito que pensem diferente, mas tambem que quem assim pensar é por não se sentir atingido pelas medidas do FMI.

Anónimo disse...

Qual é a alternativa???

JMateus

a.terra disse...

http://acordocomofmi.blogspot.com/2011/04/blog-do-movimento-pelo-referendo-ao.html

Lima disse...

Ao J.Mateus!

A alternativa, é não gastar dinheiro emprestado! o Estado que gaste só aquilo que tem, se não pode pagar ordenados milionários, pague ordenados minimos, se uns podem viver com eles os outros tambem podem, não compre carros de luxo, no tempo do Salazar só se usavam volkwagens carochas, e ia-se mais longe, não pague um serviço de saude, que é abusado constantemente tanto por utentos como por profissionais, não estrague dinheiro num serviço de educação, que não educa, não encha os bolsos aos barões da justiça, que só engordam, e não fazem nada.
essa é a alternativa.

Anónimo disse...

Já o disse, em devido tempo, que a miséria se avizinhava. Criticado por esse facto pelos defensores das rosas, os estáveis de um regime de miséria que continua, embora em decadência e sem qualquer tipo de vergomha.
Votem nos porcos voadores, de cuja competência devastadora irresponsavel,mas com "sentido de Estado" engordando descaradamente
os "competentes".
A vida não é dos competentes, mas sim dos espertos!

Com isto direi que 41% vai para o Estado. Sem mais comentários.

JMateus