sábado, 6 de agosto de 2011

FARO E A RESERVA ECOLÓGICA




A Câmara Municipal de Faro que tem a dirigir os seus destinos um "defensor" do ambiente não pode ou não deve ficar indiferente aos crimes ambientais que são cometidos em nome de um pseudo-desenvolvimento, nomeadamente permitindo e licenciando o funcionamento de empresas poluidoras em zonas de protecção especial como é o caso da Reserva Ecologica.
Não pode nem deve alguem que preside a uma organização de ambiente da UE permitir que debaixo dos seus olhos se cometam atropelos em materia de ambiente quando ao mesmo tempo e sem qualquer explicação de indole ambiental fundamentada, pretende a demolição das casas dos pescadores da Praia de Faro, omitindo a necessidade de proceder à Avaliação Ambiental Estrategica a que estão obrigados a elaboração de certos planos e programas o que motivou já uma queixa à Direcção do Ambiente da Comissão Europeia.
As imagens documentam as instalações de uma central de massas betuminosas localizada na estrada de Estoi-Moncarapacho, em zona de infiltração maxima de aguas segundo a planta do PDM do concelho de Faro e Reserva Ecoligica segundo a respectiva planta.
É certo que não foi o actual presidente quem a autorizou, mas tambem´não é menos certo que verificado o atropelo do seu asnento antecessor, sabe-se lá com que interesses, não se venha agora corrigir.
Nunca será demais lembrar que as restrições ao uso e transformação dos solos para os antigos proprietarios visam somente criar um clima propicio para a venda a pataco dos terrenos, herança de familias, e que aos novos proprietarios, em violação de todas as regras, possam construir, instalar e pôr a funcionar industrias poluentes. Esta politica transforma o regime de protecção dos solos numa autentica bolsa viciada de venda de terrenos.
A corrupção é um dos cancros da nossa sociedade e aparece associada à falta de transparencia de actos administrativos, lesivos do interesses publico e que visam dar algum tipo de vantagem patrimonial a terceiros, o que pode constituir crime.
A gestão autarquica em Faro, ao longo dos diversos mandatos, não tem sido muito transparente, assistindo-se à satisfação de interesses, quem sabe clientelares, e que ao olhos dos cidadãos, obrigados a apertar o cinto, face ao enriquecimento ilegitimo de certas personalidades causam profunda estranheza e indignação.
Será o "ambientalista" Macario Correia capaz de emendar os atentados ambientais cometidos pelos seus antecessores?

3 comentários:

Anónimo disse...

Vão ver se o eng. "ambientalista" e "paisagista não resolve o crime que dura há mais de um século na Praia de Faro.Aí há um atentado que só prejudica os negócios das arábias que estão agendados para os próximos anos. Os bairros de ciganos e aciganados espalhados pela cidade é um crime perfeitamente aceitável justificado pelo seu sentido humanista.Reserva Ecológica?Qual é o problema de ficar um pouco mais curta?
Não se pode é prejudicar os negócios, fonte de riqueza. Há que aproveitar enquanto é tempo e o tempo passa muito depressa.

Anónimo disse...

Desde quando a lei, a obrigação de levantamento de planos e estudos ou outros constrangimentos aplicados a alguns cidadãos travam os interesses vitais de certos senhores e senhoras? Quando são feitos, que isenção se verifica??? Com ordem superior tudo se justifica.Se se sentem mal que avancem; os amigos trabalharão o processo e darão a resposta adequada.Santa ingenuidade daqueles que avaliam a pilha de cortiça pelos canudos à mostra.

Anónimo disse...

Tanto quanto sei a propietária destes terrenos, cobrava de renda cerca 2500/3000 € por mês,há uns anos atrás, agora se calhar cobra mais. Sem qualquer repudio pelo atentado ao ambiente que permite no seu terreno, olhando só para os lucros dai provenientes, lucros que eu tenho as minha duvidas que sejam declarados ao fisco, e digo isto, por causa de uns comentários que eu ouvi sobre o assunto há uns tempos.