Cavaco Silva está inocente! Durante o seu mandato como primeiro ministro ele até fez caridade ao dar uns empregozitos a alguns "infelizes" que até tinham cartão laranja. Não foi nada de mal. Como menino bem comportado ele até aliviou os camponeses do trabalho dando-lhes dinheiro para não produzirem. Foi mau? Não, ele está inocente! só quis aliviar os homens do campo do seu trabalho árduo. Havia que aliviar o número de mortes no mar e, como tal, havia que acabar com a pesca. Culpado? Não, inocente! Ele só quis acabar com o sofrimento das famílias dos pescadores. BPN? Culpado? Não, inocente! Ele e os seus familiares só por mera coincidência levantaram os haveres que tinham no BPN na véspera do mesmo dar o "berro". Apenas coincidência. O seu amigo e conselheiro de Estado, na altura, não o avisou coisa alguma. Só coincidência. "Toca da Coelha"? Culpado? Não, inocente! Só teve um lapso de memória como qualquer um de nós tem e esquecemo-nos do sítio onde fazemos a escritura.
Oliveira e Costa, culpado? Não, inocente! Ele só quis ajudar os amigos como Cavaco Silva e família, Dias Loureiro e outros. Só por mera coincidência se divorciou antes do desenlace do BPN e como marido estremoso não quis que a sua família passasse fome.
Dias Loureiro culpado? Não, inocente! Ele não fez nada de nada, ele até sofre de amnésia e fi cou pobrezinho. O BPN deixou-o de mãos vazias, não tem nada em seu nome.
Sócrates culpado? Não, inocente! Ele não fez nada. Freeport foi uma cabala de uns jornalistas e de um inspector da Judiciária. Coitado, foi para Paris estudar filosofia, sem meios de subsistência. Não tinha contas a prazo nem à ordem. Saiu do governo sem um pilim. Nem as prendas do sucateiro de Ovar levou. Culpado? Não, inocente! Não sabia de nada, o bom do sucateiro é que se lembrou que havia um primeiro ministro pobrezinho e havia que lhe dar umas prendas, só isso. Mais nada!
Armando Vara culpado? Não, inocente! O homem só quis mandar para a sucata algumas velharias que tinha. Que mal tem isso? O sucateiro até lhe pagou com caixas de robalos...
Paulo Portas não teve nada a ver com a Herdade Portucale. Se o espirito divino deu a possibilidade de um seu militante conseguir umas massas para o saco azul do partido, qual o problema? Nenhum!
O País está na falência? A culpa é do Povo! O Povo é malandro, não quer trabalhar, não quer produzir, não quer ser competitivo. O Povo só está preocupado em receber o ordenado ao fim do mês. O Povo foi a desgraça do BPN. O Povo autorizou o Freeport e a Cova da Beira. O Povo autorizou todas as derrapagens orçamentais quer nas obras públicas quer nos orçamentos de estado, um estado de direito que o Povo não respeita. Nós até temos um parlamento onde os advogados e economistas estão em muito larga maioria. Eles sabem do Direito e da Economia. O Povo é que não os compreende. Até são professores de Direito e de Economia. Quem melhor do que eles para conduzirem este País. Precisamente por isso é que ele tem sido maravilhosamente governado.
Princípio da separação de poderes não existe? Mentira! O Povo mente! No caso Maddie o culpado foi Gonçalo Amaral porque estava no local errado à hora errada. Os ingleses pressionaram o nosso governo? Não! Isso é só má lingua. O governo não pressionou nada a Judiciária. No caso "Casa Pia" também não houve pressões algumas. Foram jornalistas mal intencionados que viram essas pressões. Só isso! Freeport? Os jornalistas não quizeram perceber que aquele sapal estava ali a mais. Zona de protecção especial? Para quê? Para as cagadelas dos pássaros darem cabo da pintura dos carros dos nossos governantes? Não podia ser, havia que acabar com isso.
Culpado de tudo o que de mau há neste País é do Povo porque não se rebela, porque paga e não "bufa", porque não exige tribunais populares para julgar os políticos que nos tem governado desde Cavaco Silva, inclusivé...
12 comentários:
Esta democracia deste regime republicano de vilanagem, VAI NUAAAA - Nem um minímo de vergonha já tem para tapar com as mãos a parte mais íntima....gritou o miúdo!!!!
Das poucas formas racionais de resistir ao apodrecimento galopante será VOTAR EM BRANCO - Voto de protesto e de indignação a um sistema e a um regime que tem conduzido Portugal para o abismo.
Quem e quantos conhecem estes personagens?? Quem sabe os porquês e as razões das suas atitudes?? Trabalho de investigação histórica para daqui a algumas largas décadas, porque agora é tabu ou segredo de regime.
Se se começa a puxar o fio ainda vamos ver o monstro...
Culpados "nesta" democracia??? Quem é o terrorista subversivo que quer lançar instabilidade social nesta república, perguntando se não haverá culpados? Toda a gente sabe que em democracia os políticos são"inocentes"; Em democracia o único culpado é o povo eleitor; Na ditadura SIM - o povo é inocente e o ditador, culpado.
Esqueçam!!! Perder tempo a atribuir culpas a "inocentes"?
Vamos é olhar para o futuro que será o paraíso dos "inocentes" ;
qual voto em branco isso só vai àporrada.
Electricidade, gás... 23,5%
Golf, futebol, espectáculos... 6% ou pouco mais??
Só de "INOCENTES"!!!!!
Porrada em "INOCENTES"??? Não!!! Nem os "inocentes" compreederiam o porquê;
A "inocência" é educada com pedagogia civilizada, onde um puchão de orelhas ou uma palmada no traseiro poderá servir por vezes de "catalizador".
Embora muito "inocente" tente esquecer, em Espanha resultou depois do Tejero.
Em Portugal, de certeza, não estaríamos tão atolados...
Mas que chularagem económica!
JMateus
E quando será que os "INOCENTES" exigem que as p...passem factura?? Milhões de q... a fugir ao fisco??
Será que estes "INOCENTES" serão virgens ou andam a dar borlas? UUMMMHHH
Os "inocentes" estão colocados nos pontos chaves para serem protegidos
de pagamento dos impostos.
JMateus
Os "inocentes" estão colocados nos pontos chaves para serem protegidos
de pagamento dos impostos.
JMateus
Acreditando que o autor não se importa, aqui vai uma dos "INOCENTES";
1. O BPN é o maior escândalo financeiro da história de Portugal. Nunca antes houve um roubo desta dimensão, "tapado" por uma nacionalização que já custou 2400 milhões de euros delapidados algures entre gestores de fortunas privadas em Gibraltar, empresas do Brasil, offshores de Porto Rico, um oportuno banco de Cabo Verde e a voracidade de uma parte da classe política portuguesa que se aproveitou desta vergonha criada por figuras importantes daquilo que foi o cavaquismo na sua fase executiva.
É confrangedor olhar para este "negócio" que agora, a mando do entendimento com os credores internacionais, o Governo fecha com o BIC angolano de Isabel dos Santos e Américo Amorim e dirigido no terreno por Mira Amaral, antigo ministro de Cavaco Silva.
Os números dizem tudo: o Estado português queria inicialmente 180 milhões de euros e o BIC acaba por pagar 40 milhões (menos que a cláusula de rescisão de qualquer futebolista razoável) por uma estrutura financeira que nos últimos dias teve de ser capitalizada em mais 550 milhões para que alguém ousasse fazer o favor de aliviar o Ministério das Finanças deste pesadelo. Para além disso, o Governo pagará as despesas do despedimento de um pouco mais de metade dos actuais 1580 trabalhadores, o que permitirá aos novos donos reduzirem em 30% os actuais 213 balcões do BPN.
2. O BPN não foi vendido, foi "despachado", como era inevitável que o fosse, numa operação que parece decalcada de uma "transferência" futebolística e que, como aquelas, tem uma cláusula que visa poder defender o presidente perante os sócios: se o BPN vier a dar um lucro de 60 milhões nos próximos cinco anos, o Estado português arrecadará ainda mais 20 por cento desta verba...
Em termos financeiros e políticos, este escândalo há muito que está percebido. Ele é o exemplo máximo da promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses nos últimos 20 anos e o emblema maior deste terceiro auxílio financeiro internacional em 35 anos de democracia. Justifica plenamente a pergunta que muitos portugueses fazem: se isto é assim à vista de todos, o que não irá por aí?
3. O problema está ainda em que o escândalo do BPN (nacionalizado pelo receio do perigo de contágio aos outros bancos no início da grande crise internacional de 2008) é também ilustrativo do estado da Justiça portuguesa.
Dois anos e meio depois, este "caso de polícia" (como é designado em todos os quadrantes partidários, sem excepção) continua sem responsabilidades apuradas. Oliveira Costa, o único detido, anda agora de pulseira electrónica talvez em Lisboa talvez na algarvia Quinta da Coelha, onde os vizinhos são ilustres. Os outros 23 arguidos continuam a ser ouvidos sem pressas.
Entretanto, nos Estados Unidos, Bernard Madoff, que protagonizou a maior fraude financeira de sempre, num ano foi investigado e condenado a 150 anos de prisão.
Esta comparação deveria encher de vergonha todos os poderes em Portugal, até os semi-secretos que mais uma vez por aqui andam omnipresentes e activos, trespassando transversalmente os partidos do arco do poder com os conluios e as traficâncias que uma verdadeira fraternidade bem devia dispensar.
A sociedade portuguesa continuará a ser um corpo putrefacto enquanto a Justiça não funcionar, e sobretudo não funcionar com uma vontade própria que nos faça crer que não anda a reboque nem dos políticos nem das várias lojas que para aí se digladiam.
No caso do BPN há ainda a lamentar a posição discreta do Presidente da República em todo o processo. Apanhado por estilhaços, Cavaco Silva, que sempre faz pedagogia com tudo, "esqueceu" todo este escândalo.
Quem tem coragem e poder para,olhos nos olhos, dizer aos "INOCENTES" que ou acabam com as inocentices OU SENÃO...
O rei Afonso IV percebeu e tornou-se num excelente Rei;
Os "INOCENTES" que de burrice nada têm, também entenderão a mensagem.
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