Na Ria Formosa está-se a assistir à maior onda de repressão sobre quem dela viva, com base em leis criadas por uma certa máfia política no sentido de a libertar para fins completamente diferentes daqueles que estiveram na génese da criação de Olhão.
O jornal Publico de hoje, traz na sua edição em papel e on-line, um texto da autoria de Idalio Revez que merece ser lido e filtrado para se pereceber o que está por detrás disto. O texto pode ser lido em https://www.publico.pt/2019/03/22/local/noticia/proibida-apanha-ameijoas-ostras-frente-ribeirinha-olhao-1866403.
Há muitos anos que os produtores de bivalves apontam o dedo à poluição das ETAR e dos esgotos directos, em particular os que existem em Olhão, como a imagem tirada ontem de manhã documenta. Não é leite, são esgotos domésticos não tratados!
Este esgoto está situado junto ao Cais T, de acesso para o embarque para as ilhas barreira e um excelente cartaz turístico, que tanto vale pela imagem como pelo odor. Só o presidente da câmara não vê! Mas para alem do interesse turístico, ele tem também interesse para a contaminação da zona de produção Olhão 3, desclassificada para classe C em Novembro de 2013 e encerrada em 1 de Março de 2019.
A degradação ambiental das aguas da Ria Formosa está a induzir à degradação social de quem viva da Ria uma vez que estão impedidos de trabalhar e tirar dela sustento como vêm fazendo há décadas.
O pior secretario de estado das pescas, que cada vez que abre a boca entra mosca ou sai merda, mais uma vez vem mostrar a forma de funcionamento da máfia política no que diz respeito ao mar e muito especialmente, nesta zona da Ria Formosa.
Em declarações ao Publico (ver imagem acima), diz "que dos 107 produtores de bivalves que aí existem, cerca de 40 têm viveiros noutros locais e a maioria não apresentou declaração de ameijoas em 2016 e 2017!. A zona Olhão 3 é composta por viveiros mas também por terrenos baldios onde era apanhada a ameijoa de semente, e sobre estes últimos o Apolinário não tem uma única palavra, é como se não existissem, apesar de saber que sem ameijoa de semente, também não há adultos. Ou vai inventar uma nova forma de repovoar os viveiros?
Quanto aos quarenta que têm outros viveiros, pelo que se depreende das suas declarações não vão ter direito a nada. Ora estes pagam taxas e licenças das quais deviam estar isentas de pagamento já que estão impedidos pelo Estado poluidor; quanto aos restantes, do vomitado, depreende-se que como não apresentaram declarações de ameijoas em 2016 e 2017 se deve proceder á cassação das licenças, isto é, acabar em definitivo com os viveiros existentes naquela zona.
Acontece que se as ameijoas daquela zona estão classificadas como sendo de classe C apenas podem ter como destinatário a industria que nem o secretário de estado conhece por ser inexistente. Quem faz conserva de ameijoa boa? Só de Apolinário!
Mas vejamos o que se passa após a entrada em funcionamento da excelente nova ETAR : em Novembro eram detectados 2300 ecoli; em Dezembro 1330; em Janeiro 2300, números segundo os quais a zona poderia ser reclassificada em classe B; mas em Fevereiro a musica mudou e são detectados 7000 o que voltaria à classe C caso as classificações fossem automáticas. Ou seja a estação da caca, é mesmo uma merda, já que continua tudo na mesma!
Batam mais palmas que daqui a uns tempos vão verter muitas lágrimas se não lutarem!
1 comentário:
entao um viveirista que tenho por exemplo um viveiro na olh3 com 10mil metros e outro na zona olh5 com 2 ou 3 mil nao tem direito a nada, mas um agricultor quando vem um temporal e lhe destrói parte da cultura ja tem direito? as traineiras estao encalhadas a receber do estado porque a sardinha está em defeso mas porque nao vao á cavala e ao carapau? ou seja para uns á dinheiro por danos parciais mas para outros nao. depois uma coisa engracada querem obrigar os viveiristas a ter barcos AL para poderem atravessar o regato e transportar marisco mas alguem sabe o custo que é ter um barco AL? e esse barco so servirá para isso mesmo pois nao pode levar ninguém a bordo nem serve para ir com a mulher á ilha. ou seja o viveirista tem de ter 2 barcos é moço rico pois um é para ir ao viveiro outro é para vir com a mulher a terra.e se o Parque da permissão aos barcos de recreio com matriculas OL5 afectos á maritimo turistica de andarem em todos os regatos a motor , com musica etc.. porque nao da aos viveiristas uma autorizacao mesmo que paga para poder passar com o barco de recrei ate ao seu viveiro. por exemplo eu tenho um nos caçoes , podiam me dar uma autorizacao apos a apresentacao da licenca do viveiro para eu poder ir ao viveiro com o barco de recreio pois o meu barco nao polui mais que os maritimo turisticos, e a eles o parque permite. ou seja eu tenho uma terra que é minha, pago a licenca mas nao posso ir para lá para isso tinha de comprar um barco novo com matricula auxiliar local. pois o barco que tenho é de recreio e me faz falta pois todos os dias vou a terra levo mulher e filha a olhao. uma sugestao era os viveiristas terem uma autorizacao para poderem usar o canal ou regato de acesso ao seu viveiro e poderem transportar o marisco, pois nao faz sentido me obrigarem a comprar um barco novo. com isto querem é que a malta entregue as terras.
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