Na passada quinta-feira, 25 de Abril, o presidente da Câmara Municipal de Olhão, proferiu um discurso mais apropriado para uma campanha eleitoral do que para a comemoração da data. Não se tratou de uma cerimónia solene embora as forças vivas da terra tivessem sido chamadas a estar presentes.
Percebemos que o presidente desconheça os valores e o significado do 25 de Abril, porque ele ainda não era nascido, mas ainda assim e porque todos os anos se comemora a efeméride já devia ter procurado aprender alguma coisa sobre o assunto. Aliás, ao seu lado tinha o presidente da Assembleia Municipal que lhe podia dar umas dicas, mas ele não precisa, já sabe de tudo!
Quando se comemora esta data e olhamos para trás e vemos que muitas das conquistas alcançadas pela luta dos trabalhadores, têm vindo a perder-se, assistindo-se a um retrocesso no que concerne aos direitos, liberdades e garantias de quem trabalha, dá para pensar se não estão criadas as condições para que as pessoas saiam à rua a reivindicar direitos perdidos, e uma administração publica mais aberta e transparente. A opacidade das decisões e a falta de publicitação delas é um mau sintoma.
Se recuarmos um pouco nos tempos, verificamos como evoluiu o organograma da câmara e o mapa de pessoal, deixando perceber que o exercício do Poder se faz como se estivessem numa coutada partidária, em que as pessoas são escolhidas, não pelo mérito mas pelo cartão do partido.
O pomposo gabinete de apoio à presidência e vereação, é agora composto por sete elementos quando no passado dois chegavam. Curiosamente e verificando o Mapa do Pessoal, que pode ser visto em file:///C:/Users/admin/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb3d8bbwe/TempState/Downloads/mapa_de_pessoal_cmo_2019%20(1).pdf, o chefe de gabinete do presidente tem o nono ano de escolaridade, Digam lá que não é pelo cartão? O adjunto do presidente tem o curso complementar dos liceus, o que não impede de ser o mais poderoso funcionário da autarquia. O gabinete comporta ainda dois técnicos superiores, um na área administrativa e outro na área do turismo, este a ocupar quando o dono do lugar obtiver a licenciatura; e mais uma vez, a cartolina a funcionar. O resto são funcionários administrativos.
Aquilo que nos fez despertar a atenção foi o facto do adjunto ser nomeado para gestor do contrato de compra dos carrinhos, facto por si revelador de que a compra era para ficar no segredo dos deuses, ou não fosse o lacaio de serviço ser o homem de confiança do presidente.
Entretanto vão fazer-se obras nos Mercados de Moncarapacho mas não se sabe quem as vai pagar, se a empresa que tem a gestão dos Mercados ou se a autarquia, sendo certo que se for a empresa esta está mais tesa que um carapau salgado.
E assim vai a nossa rica autarquia, gerida por um bando de moços incompetentes mas com o alto patrocínio do falso partido socialista.
Digam lá que não precisamos de novo 25 de Abril, mas mais musculado?
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