Muito se tem escrito sobre a Ria Formosa, mas muito pouco se tem feito para que ela seja cada vez mais formosa. Não chega os banhos de cosmética mas antes acções profundas de preservação de todas as espécies. Chega de branqueamentos!
Segundo artigo publicado no Diário de Noticias, pode ler-se que o principal problema da Ria Formosa é a poluição. Ver em https://www.dn.pt/lusa/interior/governo-assegura-melhores-condicoes-no-habitat-dos-cavalos-marinhos-da-ria-formosa-11047699.html.
Um membro do governo foi chamado ao Parlamento, por encomenda do PAN que segue na linha de combate às populações que trabalham e vivem da Ria, para se pronunciar sobre a situação da colónias de cavalos marinhos da Ria Formosa, dando cobertura às pretensões do CCMAR, para nós uma associação com muitas culpas naquilo que se tem passado.
Qualquer pessoa de bom senso estará preocupado com a acentuada redução daquelas colónias, mas há que ser sério na abordagem do problema. Mandar uns bitaites sobre uma das partes omitindo as verdadeiras razões, não é procurar a solução do problema. Tal obedece a uma encenação política, acobertada na ciência, para ir diminuindo o trabalho dentro deste espaço. Não é de agora que acompanhamos a situação do cavalo marinho e de todas as outras espécies que estão a desaparecer da Ria Formosa. À semelhança do cavalo marinho, os bivalves também são bio-indicadores da péssima qualidade das aguas, algo a que o CCMAR se tem furtado a declarar.
Se a isso juntarmos a extracção da seba, habitat do cavalo marinho, por parte do CCMAR, para fazer a sua transposição para o Portinho da Arrábida, estarão reunidas as condições para a perda de habitat, sem o qual o peixe, o cavalo marinho é um peixe, não sobrevive.
Nas condições em pretendem criar os santuários, o cavalo marinho não sobreviverá, mas será certamente, mais um episódio no processo de afastamento de quem trabalha e vive da Ria. Se falarem com os pescadores, viveiristas, mariscadores da Ria, todos eles dirão que a nova "erva" a caulerpa, não serve de abrigo para espécie alguma.
O Poder político, usa a divisão entre as pessoas que vivem e trabalham na Ria, para melhor conseguir escorraça-los do seu habitat, e substitui-los pelo elemento estranho, o turista. Já vai sendo tempo de todos, sem excepção, se juntarem, organizarem e dar luta contra o principal problema da Ria Formosa, a POLUIÇÃO!
2 comentários:
A MAFIA ambientalista em paridade.
Um poder político mafioso é o principal inimigo da nação.
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