domingo, 12 de abril de 2020

OLHÃO: A PANDEMIA E O APROVEITAMENTO POLITICO

1 - Nunca antes, assistimos aos órgãos de comunicação social a dar tanta voz ou imagem ao presidente da câmara municipal de Olhão e também presidente da AMAL. Será que antes não havia a AMAL? Ou alguém está a ser levado ao colo?
Como se aquilo não bastasse, vemos que o presidente da câmara de Olhão, se rodeou de uma equipa de filmagem para fazer publicidade ou aproveitamento politico de uma situação tão melindrosa quanto a pandemia.
Como se pode ver em https://www.facebook.com/antoniomiguelventurapina/videos/1122993874734160/?t=135, o presidente está a ser entrevistado pela SIC, via Skipe, mas tem a sua própria brigada a filma-lo enquanto é entrevistado. Não lhe bastava a entrevista senão ainda isto. Mas não se fica por aqui.
Também em https://www.facebook.com/cmolhao/videos/940162866453654/?t=61, mais do mesmo. Não se tratam de imagens televisivas mas do aparelho de propaganda da autarquia. 
Ou aqui https://www.facebook.com/ambiolhao/videos/233972317976461/?t=8. Num dia chama-lhes heróis e noutro manda-os às urtigas, dependendo da sua atitude de subserviência.
Que o presidente dê a informação sobre a situação da pandemia no concelho, ou na região enquanto presidente da AMAL, tudo bem, mas usar a pandemia para auto-promoção já é de péssimo mau gosto.
2 - No entanto e na qualidade de presidente da AMAL nada diz sobre a contradição dos números, enquanto outros autarcas do País vêm reclamando e que já originou algumas alterações por parte da ministra Temido ou da Graça da DGS (saúde) que não de segurança. 
O estado está organizado tipo piramide, com três níveis de organismos, o local, regional e nacional, não havendo outra desfasamento para os números senão os da falta de organização ou orientação.
Tomemos como exemplo os resultados eleitorais, primeiro são recolhidos a nível local, são transmitidos a nível regional e daí para o todo nacional. Assim competiria ao delegado de saúde do concelho a transmissão dos números relativos ao concelho, independente do numero de análises mas tendo por base a identificação dos testados, transmitidos para a ARS e daí para a DGS.
Se tudo isto fosse feito através de uma plataforma semelhante à utilizada para as eleições, era possível saber-se a qualquer hora a evolução dos números de infectados, de mortes ou de recuperados sem margem para erros ou contradições. Numa outra parte seriam publicadas os números relativos às analises efectuadas.
3 - 
  Ainda uma palavra sobre a desinfecção das ruas que o presidente teima em não fazer por considerar desnecessário.
Como se vê na imagem acima, o cartaz da autarquia recomenda que se evite tocar em objectos comuns como corrimões. maçanetas, bancos, postes, etc... Mas então não há de tudo isso nos espaços públicos? Não acha o presidente que bancos e postes  e outros elementos deveriam ser desinfectados?
Lembrar ao presidente que comprou uma máquina chamada de Gluton, de muito pouca utilidade mas que tem uma irmã gémea apropriada para a desinfecção de ruas, pulverizando, com baixo consumo de água e de biocida.
Já agora lembrar-lhe que toda a vida se utilizou o cloreto para desinfectar a água da rede e ninguém morreu, sendo que o cloreto é mais agressivo que o hipoclorito de sódio.
4 - Deixe-se de oportunismos demagogos e aja em conformidade com a situação sem fazer alarde disso, porque quem está por bem não publicita o que faz. Isso é puro aproveitamento politico! 

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