sábado, 26 de março de 2022

OLHÃO: OBRIGADO PELA AJUDA QUE NÃO ME ESTÁ A DAR!

 

Hoje trazemos um pequeno video do Rodrigo, o tal miudo que tem uma doença incapacitante que mostra todo o seu inconformismo perante a falta de apoio da autarquia.
Aquando do encerramento da Bela Olhão, seguiu-se um periodo em que os trabalhadores ficaram à espera de receber o dinheiro do Fundo de Garantia Salarial, até que lhes fizessem chegar o dinheiro das indemnizações a que tinham direito, mas que apesar de já se terem passado treze anos ainda não o receberam.
Foi por essa altura que a familia do Rodrigo entrou em incumprimento com a Ambiolhão. Entretanto mudaram de casa e o assunto caiu no esquecimento, até por terem deixado de receber as cartas da empresa municipal.
Refira-se ainda que as instalações da Bela Olhão foram vendidas, primeiro a um sucateiro de Braga que posteriormente vendeu à Câmara Municipal de Olhão e esta por sua vez prepara-se para a vender para a especulação imobiliaria. Em todos estes anos, a câmara nunca exerceu a sua influência para ajudar a resolver o conflito da falta de pagamento das indemnizações. A unica preocupação foi para as mais valias com que iria encher os cofres da autarquia.
Foi com base naquela divida à Ambiolhão que foi recusado o acesso ao concurso para uma casa de habitação social, ou de renda acessivel porque os encargos que a familia tem com os tratamentos do Rodrigo pesam e muito no orçamento familiar.
A mãe já participou em dois programas de televisão procurando neles alguma forma de sensibilizar os nossos autarcas para a resolução do problema mas até à data, nada! Num desses programas, a mãe Catia afirma não procurar uma casa de borla mas somente ter uma renda que possa pagar.
Daqui devemos lembrar os nossos autarcas que têm varios mecanismos para intervir e ajudar as pessoas em dificuldades. Ou já se esqueceram do apoio à renda, um programa criado pela autarquia? Mas mais, um situação que nunca foi implementada no concelho, o proprio Regime Juridico da Urbanização e Edificação, prevê a intervenção da autarquia em casas devolutas e degradadas para depois aplicar o arrendamento forçado; com essa medida, muitas das casas abandonadas, mesmo no centro historico, seriam recuperadas. 
Claro que a autarquia prefere que sejam negociadas para substituir as pessoas menores recursos por gente endinheirada, a chamada gentrificação.
Certo é que o Rodrigo precisa do apoio, em primeiro lugar da incansavel familia, e de todas as instituições que falam em solidariedade mas depois perante um quadro como o dele, não têm a minima sensibilidade. Haverá muitos casos do genero, mas há que definir prioridades e a situação do Rodrigo é sem sombra de duvidas, uma delas, assim a Cãmara Municpal de Olhão tenha a vontade politica de resolver o problema.
Manter casas fechadas e não as entregar a quem precisa, é que não faz sentido. Ou será que as estão a reservar para alguns amigos?

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