Há oito anos atrás, o presidente da câmara municipal de Olhão entendeu fazer um braço de ferro com a Infraestruturas de Portugal (IP) em torno da passagem de nivel da Avenida. Nesse periodo a IP mandava vedar o acesso pedonal e as pessoas destruiam; mandou abrir valas para evitar o atravessamento; perante a eminência de fechar a passagem com uma parede, o presidente da autarquia disponibilizou-se para pagar o serviço de segurança, como forma de manter a passagem aberta.
Entretanto, o troço Faro-Vila Real de Sº Antonio começou a ser instalada o sistema de electrificação, chegando a agora a vez da construção da sub-estação electrica em Olhão, conforme nos diz o jornal O Postal em https://postal.pt/sociedade/lancado-concurso-publico-para-construcao-de-subestacao-eletrica-em-olhao/ .
Tal como se diz na peça jornalistica, a obra deverá estar concluida em 2023, ou seja daqui a um ano e não se vê avanço nenhum em relação ao futuro da passagem de nivel. Vai fechar ou será encontrada uma alternativa?
Pelo meio, e sobre isso nos pronunciámos na altura certa, a CMO mandou elaborar o estudo para a construção de uma passagem superior. Mas ficou-se pelo estudo, falta a obra que para essa não será à vista!
Cabe ao presidente da autarquia, que utiliza, bem demais quando é do seu interesse, as redes sociais e a imprensa regional vir dizer que futuro nos reserva quando à passagem de nivel, porque se a encerrarem como manda a Lei, as pessoas com mobilidade reduzida vão ter sérias dificuldades em ultrapassar as barreiras arquitectonicas criadas. Mais, se tal acontecer, o caminho de ferro vai assumir o caracter de uma fronteira entre o Olhão pobre e o rico, sendo que a norte ficarão os guetos para onde recambiam as pessoas com menos recurso, e o sul para substituir os pobres por ricos, descaracterizando a cidade como tem vindo a ser feito. É a gentrificação promovida pelo Pina.
Aqueles que nele votaram devem agora questionar sobre o futuro da passagem de nivel. Ter uma atitude critica não é estar contra o quer que seja mas antes manifestar uma outra visão sobre as soluções. Se o presidente da autarquia não concorda e vai contra as pessoas então merece ser corrido. A critica é uma forma de participação da qual não devemos abdicar ainda que algumas pessoas discordem do nosso ponto de vista. É a democracia a funcionar!
Sem comentários:
Enviar um comentário