segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A FAVOR OU CONTRA O POVO?

O País está a ser assolado pela maior crise económica e social de que há memória, fabricada e planeada ao pormenor pelos mentecaptos do capitalismo mais selvagem. 
Assistimos a um retrocesso civilizacional que antecedeu as novas ciências politicas, sejam elas Marxistas, social-democratas ou do socialismo democrático. Marx foi o pioneiro destas ciências sendo as demais uma resposta do capitalismo. Na verdade as ideias de Marx atravessaram fronteiras, expandiram-se e o capitalismo com receio dos seus efeitos, nomeadamente da Revolução, acabou por conceder alguma repartição da riqueza, criando por e para isso o estado social, com menos custos para o capitalista mas que ao mesmo tempo permitia às classes mais desfavorecidas o acesso à saúde, à educação e à protecção social do trabalhador, ainda que de forma muito condicionada.
O grande capital achou chegado o momento do ajuste de contas com o mundo do trabalho, e paulatinamente veio restringindo as condições contratuais nomeadamente com o trabalho a prazo, a recibo verde, à factura, temporário e ainda com um codigo do trabalho que em nada protege o trabalhador, pelo contrario, é um incentivo ao despedimento. A crise fabricada nos grandes centros de decisão internacional, é o pretexto para a retirada de todos os direitos que os trabalhadores ainda detêm.
Só um Poder de base popular pode contrariar a lógica de um sistema piramidal, com meia dúzia de energumenos a decidir por milhões. Tanto faz a forma que esse Poder venha a assumir desde que seja assegurada a participação do Povo no processo de decisão, assente na lógica das bases para o topo, com ampla discussão e aprovação. Delegar poderes é como passar um cheque em branco a este bando de malfeitores, a soldo do grande capital.
Quem está a Favor ou Contra o Povo? A favor do Povo estarão todos aqueles que defendem a sua participação na vida politica, no processo de decisão, da transparencia , no respeito pelas minorias.
Contra o Povo estão aqueles que defendem a sua exploração desenfreada, com salários de miséria, cargas horárias desumanas e uma representatividade para os traírem.
Todos os partidos da oposição falam de mudança, mas pouco fazem para essa mudança. Aliás se a quisessem o Governo, o Parlamento e o Presidente da Republica há muito que estariam a banhos, pois a dita oposição está agarrada à fatia do bolo que este Poder bolorento lhes deu e não querem abrir mão dela, quando têm mecanismos que lhes permitia acabar com ele. A Constituição no seu artigo 148º baliza a constituição da Assembleia da Republica nos seguintes termos "A Assembleia da Republica tem o mínimo de cento e oitenta e o máximo de duzentos e trinta deputados". Significa isto que se todos os deputados da oposição renunciassem aos respectivos mandatos, a Assembleia da Republica ficava sem o mínimo de deputados que a deviam constituir. Também é verdade que após eleições, a nova oposição poderia fazer o mesmo, mas havia aqui uma diferença substancial que era a de saber se o novo poder governava a favor do Povo, e que ao fazê-lo impediria uma situação semelhante.
Tal atitude não é tomada porque os partidos têm uma agenda própria que não a agenda do Povo que não suporta mais austeridade, mais roubos nos salários, mais impostos, mais fome e miséria. É a agenda partidária para aumentar a fatia do bolo que impede os partidos de tomarem uma atitude mais consentânea com a vontade popular e devem ser penalizados por isso em sede de julgamento politico: as eleições.
Quanto ao Povo massacrado e martirizado por politicas ruinosas deve indignar-se com uns e outros, exigindo da oposição mais músculo e menos língua.
REVOLTEM-SE, PORRA!

1 comentário:

spartacus libertador disse...

A posição do Blogger:Olhão livre, é a posição dum povo indignado, humilhado, vilipendiado, e que está incondicionalmente do lado da classe operária e dos trabalhadores, contra esta chusma de malfeitores, salafrários, aboletados no governo, com uma maioria de chafardanas que o apoia, com uma oposição que simula que o ataca, mas também espera uma fatia na mesa do orçamento. Força camaradas, que os dedos nunca vos entravem.