quinta-feira, 1 de novembro de 2012

QUE CRISE?

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Como sabem, cada vez se compra menos com o mesmo dinheiro porque este sofre uma desvalorização face à subida de preços dos bens, o que levou os governos a criarem uma tabela com o coeficiente de desvalorização da moeda, que obviamente não foi para agradar ao contribuinte.
A tabela que a imagem contem, mostra a evolução do PIB português segundo dados do Banco Mundial, o coeficiente de desvalorização e ainda o PIB desinflaccionado. A partir dela é possível  constatar que apesar do crescimento nominal do PIB ao longo de trinta e oito anos, a criação de riqueza é cada vez menor já que  , e teríamos de recuar ao inicio da década de 60, para que o valor dos bens agora consumidos só teriam paralelo com os valores daquela época.
Pela aplicação da tabela, constataríamos que em 1974 a riqueza gerada pelo País era o equivalente a mais de 556 mil milhões de dólares quando só criamos 227, o que significa que perdemos cerca de 60% da economia e essa é a única e verdadeira crise, que procuraremos desmontar de seguida.
Quando da elaboração do contrato de adesão à então UE, negociado por Mário Soares e assinado por Cavaco Silva nas costas do Povo, uma vez que não foi submetido a discussão e escrutinado, foram impostas determinadas condições que passavam pela destruição do nosso sector produtivo a troco do qual emprestavam o dinheiro para o alcatrão e betão. Deram subsídios para o abate da frota pesqueira, deram subsídios para deixar de cultivar os campos, fecharam as minas e a partir daí estavam criadas as condições para o desmantelamento das industrias associadas como a da reparação e construção naval, a da transformação do pescado e da agro-pecuária, da siderurgia e até mesmo dos têxteis. De uma situação de quase auto-suficiência, passámos à completa dependência, embora ainda subsistam algumas bolsas de resistência.
O litoral deixou de ser habitat de pescadores e no lugar das instalações fabris foram introduzidos complexos turístico-hoteleiros; todas as zonas nas proximidades da agua e de elevado potencial agrícola foi trocado por campos de golfe (com o IVA mais baixo); as estradas cresceram desmesuradamente para permitir o maior escoamento possível dos produtos dos verdadeiros "donos" da CEE. Mas com todo esse "desenvolvimento" perdemos riqueza e postos de trabalho, factores agravados pela abertura das fronteiras comunitárias aos produtos provenientes de outras paragens, desprotegendo o produto nacional.
Nestes termos, a adesão à CEE tratou-se do maior crime cometido por todos os partidos e políticos europeístas, subservientes à ditadura alemã, que conseguiu pela via económica o que não conseguiu pela via das armas.
A crise foi, pois fabricada, estando identificados os responsáveis cujo julgamento politico está por fazer, mas tem muitas e graves consequencias como o da divida soberana. É que os mentores desta politica criminosa,  de destruição da riqueza nacional para enriquecerem à custa do nosso Povo, são os mesmos que agora estendem a mão de uma pretensa ajuda, como se não tivessem roubado, saqueado o suficiente para ainda assim nos virem cobrar juros especulativos.
Claro que isto tem como objectivo final a escravização do Povo em nome da competitividade que os nossos "amigos" saberão aproveitar para explorar os salários de mais fome e miséria que estão na forja, transformando o Povo português nos asiáticos da Europa.
A crise social, essa sim verdadeira, teve pelo menos o condão de despertar a consciência do Povo para problemas que lhe passavam ao lado como a falta de transparencia da administração publica, a corrupção, o acentuar do fosso entre as classes, os gastos perdulários e supérfluos entre outros.
Não é pelo Estado Social, pelos salários ou por todas as outras razões que agora se invocam que as contas do Estado estão como estão. A razão do descalabro das finanças publicas está na perda de riqueza, na perda de cobrança de impostos sobre ela que atendendo à tabela se situa na ordem dos 400 mil milhões, só no ano de 2010. Se a riqueza nacional, o PIB, tivesse acompanhado o nível que apresentava em 1974, mesmo com todos os crimes cometidos, estaríamos livres de qualquer divida.
Significa isto, ao contrario dos iluminados políticos, que a solução para a presente crise, não está na austeridade mas sim na produção, na criação de riqueza que à CEE e ao seu directório nada convém, até porque a eleição de Barroso ou a nomeação de Constâncio foi o premiar da venda da soberania, uma vez que todos eles conheciam estes números.
Ao mártir Povo português cabe dar a resposta recusando o pagamento de uma divida, pensada, incentivada e criada a partir de Bruxelas.
NÃO PAGO!
TRABALHO SIM, ESCRAVATURA NÃO!
REVOLTEM-SE, PORRA!


1 comentário:

Anónimo disse...

agora para finalizarem a obra estão a lançar a população contra a policia ou seja estão a semear o ódio entre a policia e a população para que o trabalho fique completo e para isso estão a utilizar a Ass. da Republica.Abram os olhos(policias e a restante população).