terça-feira, 28 de abril de 2015

RIA FORMOSA: CONTINUAM AS INTERDIÇÕES DA APANHA DE BIVALVES!

Segundo o edital do IPMA, datado de ontem continua interdita a apanha de bivalves na costa algarvia e também na Ria Formosa, desta vez atingindo as zonas Olhão 1 e 2 totalmente as zonas 3 mas aberta para a ameijoa-boa e a zona 4 aberta à ostra e ameijoa-boa.
Mal se compreende que estando as águas costeiras contaminadas e as da Ria, sujeitas ao ciclo das marés, não viesse a estar: O que não se compreende é que apenas algumas zonas da Ria estejam contaminadas e outras não, mas o IPMA já nos habituou a este tipo de branqueamentos da poluição.
É que as biotoxinas têm a sua origem nalgumas espécies de fitoplancton, existentes no meio natural, mas substancialmente acrescentadas pelas descargas das ETAR, onde existem em abundância, e que libertadas na Ria com a acção do fosforo e azoto, também eles descarregados pelas mesmas ETAR, se multiplicam. Este fitoplancton ao apanhar as águas límpidas da costa e com a subida de temperatura das águas, degenera em biotoxinas.
Uma pequena nota para dizer que as duas ETAR de Faro Nascente e Olhão Poente, descarregam diariamente cerca de 150 kg de fosforo e 450 de Azoto, formando uma imensa calda de nutrientes, que poluem a Ria Formosa.
Portanto sem se eliminar a sua origem, todos os que vivem da apanha de bivalves estão sujeitos a estes ciclos de interdição que chegam a atingir os seis meses por ano, demasiado tempo para quem tem famílias e encargos.
O IPMA bem procede à analise das águas naquilo que deveria ser uma atitude preventiva, mas só actua quando a carne dos bivalves apresenta níveis de toxinas superiores de pouco valendo as analises feitas à agua.
Acontece que a proceder assim, quando as toxinas são detectadas, já o consumidor introduziu no seu organismo as toxinas suficientes para ter n presente caso, uma valente diarreia.
Porque se trata de resolver na origem e agora que a empresa exploradora da concessão em alta do tratamento de águas residuais urbanas tem em vista a construção de uma nova ETAR faria todo o sentido que houvesse uma discussão publica sobre a sua localização e reutilização das águas tratadas para fins agrícolas.
Aliás, nos documentos da ARH pode ver-se que tal está previsto, mas aponta-se a distancia das ETAR às zonas de produção agrícola como  principal problema. Assim e no caso da nova ETAR, a mesma deveria ser construída nas zonas de maior produção agrícola de Faro e Olhão.
Cabe às organizações de produtores manifestarem a sua indignação por serem as entidades publicas que impedem o livre exercício do direito ao trabalho, criando dificuldades graves ao desenvolvimento das actividades económicas tradicionais da Ria.

1 comentário:

Anónimo disse...

Então onde anda o Srº Pina está no Farol a passar Férias não sabe do que se está a passar com os viveiros onde ele apanha o barco não sai esgoto,á viveiristas que não vão ao mar a duas semanas, e agora não vai falar para a televisão deve estar a apanhar moscas para alimentar o camaleão.Quando o pai fez a casa não se importou com o habitat do bichinho.