terça-feira, 26 de março de 2019

OLHÃO: TRAFICO DE INFLUÊNCIAS E CUMPLICIDADE DO PODER POLITICO?

A Ria Formosa está cada vez menos formosa, ou não estivesse ela cheia de esgotos e sujeita ao mau funcionamento das ETARs. Há caca  a mais aos olhos de quem nos visita; há cheiro que tresanda para turista inalar, mas tudo isso não incomoda o Poder político. O que incomoda são as oportunidades de negócio bem ao jeito dos partidos clientelares! 
Há umas semanas atrás, o presidente da câmara municipal de Olhão, fez deslocar um técnico de topografia para proceder à cartografia de um viveiro que ele supunha abandonado. Obviamente que estava interessado nele!
Os terrenos do Domínio Publico Hídrico são pela sua natureza sujeitos a concursos públicos, onde supostamente todos terão igualdade de oportunidades. Neste caso, os políticos ardilosos arranjaram maneira de contornar essa dificuldade, apresentando uma proposta à entidade que concede a licença de utilização do espaço, a ARH Algarve, que aprova de forma condicionada; isto é, se aparecerem mais candidatos ou alguma contestação á proposta, a mesma segue para concurso publico, mas fica assegurado o direito de preferência.
O presidente da ARH é amigo e camarada do Pina, homem de confiança do actual governo que como sabemos sabe satisfazer ou salvaguardar os interesses dos camaradas. E quando assim não for, ainda há o recurso aos homens do avental secreto. Tudo boa gente!
No caso do viveiro em questão, o concessionário quer manter o viveiro mas com a desclassificação da zona em que se insere, Olhão 3, até ao passado dia 1 em classe C e daí para cá interdita. Claro que o Pina não quer saber disso, mas foi obrigado a recuar perante os protestos do concessionário.
Houvesse justiça neste País, e a Ostra Formosa de Pina e do seu vice na câmara, já teriam pago uma multa de 250.000,00 euros pela ocupação ilegal de terrenos e a devolução dos mesmos ao estado inicial. Não acontece porque o trafico de influências e o compadrio político são mais que muito.
Entretanto sabe-se que o Ministério do Ambiente, onde tem assento uma aberrante figura de ministro, faz saber que a ostra produzida nas rias do País, poderá ser classificada como de exótica e invasora.
A Ria Formosa é um Parque Natural pelo que as espécies exóticas estão proibidas, constando mesmo do seu Regulamento, mas fecham os olhos. Nada temos contra a produção de ostras, desde que sejam as portuguesas, espécie que sempre existiu na nossa Ria. Importar ostras de França quando temos a nossa, tão boa ou melhor que aquela, para satisfazer os produtores franceses, é próprio de alguém que está cagando para o ambiente. Bem pode a direcção do Parque dizer que não tem problema algum, mas então peguem no Regulamento e limpem o cu com ele.
Cumpram com os regulamentos que produzem e deixem-se de tráficos de influência e de trafulhices. É mesmo um governo de merda!

3 comentários:

Anónimo disse...

Para acabar com este compadrio de uma vez por todas, porque não contactam a Ana Leal da TVI, e lhe apresentam os factos, indícios ou provas que dispõem. As suas investigações jornalísticas e reportagens têm dado fruto, obrigando à abertura de inquéritos e processos crime por parte das autoridades.
Em alternativa,podem sempre denunciar todas estas situações ilegais junto das entidades competentes, MP,Policia Judiciaria, GNR, PSP.
Anos a fio com conversa fiada, não leva ninguém a lado nenhum, nem resolve nada.
Exponham as ilegalidades, desde a ocupação indevida de terrenos do DPM e a introdução de espécies não indígenas, com a conivência do PNRF e de outras entidades.

mateus disse...

Processos...! isso leva tempo

Anónimo disse...

"Tráfico de influências e cumplicidade do poder político?" Lado para onde a MAFIA melhor dorme.