segunda-feira, 29 de março de 2021

OLHÃO: MENTIRA COM PERNA CURTA!

 

O presidente da câmara de Olhão está transformado num mentiroso compulsivo, avançando com mentiras umas atrás de outras.
Na imagem acima pode ver-se como o presidente apresenta a nova ETAR como obra sua quando ela na realidade foi da autoria da Aguas do Algarve para substituir não só a ETAR Poente de Olhão como a de Faro Nascente e receber ainda os esgotos de S. Braz de Alportel.  E também não foi de 21 mas sim de 26 milhões de euros.
O que o senhor presidente deveria dizer é porque razão depois da entrada em funcionamento da nova ETAR, a zona de produção de bivalves Olhão 3 foi completamente desclassificada, sendo agora proibida a manutenção e apanha de ameijoa, algo que nunca acontecera antes.
Por outro lado está por apurar as consequências da nova ETAR no futuro, porque é muito provavel que venha degradar ainda mais a produção de ameijoa.
Ainda o senhor presidente era vereador sem pelouro e já nós defendiamos a reutilização das aguas residuais para fins agricolas (ver histórico do blogue em Março de 2009), razão porque nos pronunciámos contra a construção da nova ETAR na localização actual. Não faz sentido falar-se na reutilização das aguas residuais tratadas para fins agricolas e depois ir construi-la dentro da Ria e longe das zonas de produção agricola.
Qualquer ETAR, como todas as infraestruturas, têm o seu prazo de eficácia, a partir do qual deixam de cumprir a sua função, sendo que o prazo das ETAR não é tão grande quanto isso tudo.
Por outro lado, a nova ETAR concentra um maior volume de agua residual podendo dizer-se que são três ETAR numa só, a qual é composta por nutrientes e matéria orgânica (caca) a que dão o pomposo nome de Solidos Suspensos Totais.
A titulo de exemplo, se um litro de agua contiver dez gramas de matéria orgânica, imagine-se o que não conterão cinco, dez, vinte ou trinta mil metros cubicos diários; cada metro cubico são mil litros. Façam as contas!
Essa matéria orgânica vai sedimentar em cima dos viveiros, incorporando o substrato onde vivem os bivalves enterrados, contaminando-os. Claro que quanto mais tempo passar, pior será, até serem proibidas novas areas de produção de ameijoa. 
Claro que ao presidente isso não o incomoda porque ele se dedica à produção de ostras em cima de estruturas poluentes, as chamadas mesas em ferro, pelo que a contaminação microbiológica não se faz sentir como a que se verifica no substrato.
Com o Plano de Recuperação e Resiliência, o presidente veio apontar baterias à reutilização das aguas residuais para fins agricolas, algo que já havia prometido antes da inauguração da nova ETAR mas que nunca as reutilizou para rega dos jardins.
Se mente tão mal como pode governar bem? 

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