Um fogo de artificio de belo efeito, sem dúvida, como nunca tinha sido visto em Olhão. Para comemorar a ida do caíque ao Brasil? Não me parece. O que vi custou uma pipa de massa, numa altura em que toda a gente se queixa da crise. Não é que o povo olhanense não tenha direito e que não devesse ser coisa normal. Foi anormal, foi desproporcionado para a conjuntura em que se vive. Mas, sem dúvida, de belo efeito.
Entrámos em ano de eleições e há que enganar os "tolos", há que dar um rebuçado. É essa a interpretação que lhe devemos dar. A exemplo de Socrates, que também tem o seu próprio fogo de artifício: o (m)agalhães. Desde o 25 de Abril de 74 que os portugueses, a nível nacional, ou a nível local, vem sendo ludibriados com estes estratagemas. Algumas benesses, que saídas dos nossos parcos rendimentos. Temos a cobrança de impostos, que não nos larga o pé, para dar a quem, de facto, deviam cobrar.
PS e PSD, foram-se constituindo alternância de Poder, foram trocando lugares entre si, dando mordomias uns aos outros e entre si próprios. Basta olhar para os lugares de destaque da banca, das empresas públicas, dos privados também e constatamos que o controlo da economia está em poder destes dois partidos, que são estes dois partidos os principais responsáveis por toda a legislação que nos amordaça, que nos (des)educa, que nos oprime. A Justiça só funciona contra os mais desfavorecidos. De vez em quando arranjam um "fait divert", como o de José Oliveira e Costa, para assim poderem justificar a "justiça" que não temos. Num País normal, Dias Loureiro ainda estaria como Conselheiro de Estado? Não! A presunção de inocência até ser transitado em julgado, só joga a favor de quem tem "posses". Os "pequenos", a sua presunção de inocência é julgada no "cagarrão". Na educação, é o que se tem visto. Baixa-se a fasquia da avaliação aos alunos para se obter maior sucesso e aumentar a ignorância dos nossos filhos. A comunicação social só emite aquilo que lhes é permitido. Os jornalistas estão sujeitos às pressões dos chefes de redacção, que por sua vez estão sujeitos às vendas e aos interesses dos donos dos "midia", gente do PS e do PSD.
Não significa isto que no PS e no PSD não haja gente democrata e que não sinta que estamos a viver num clima de, cada vez maior, opressão sobre quem trabalha, de quem vive do seu salário. Mas, chega de atribuir chorudas indemnizações e reformas a administradores que lesaram gravemente as empresas onde trabalharam. Num País a sério Jardim Gonçalves ou Paulo Teixeira Pinto não levavam um tostão que fosse até ser provada a sua inocência. Num País a sério, Dias Loureiro perdia automáticamente todas as mordomias por parte do estado até ser provada a sua inocência. Estes são apenas alguns exemplos.
Por estas razões, cada vez se pôr com mais aquididade o paraceimento de Movimentos de Cidadania que questionem os poderes instituídos, que lhes dêem luta, que os denunciem. Não basta os nomes, não basta arranjar um projecto no papel. Os nomes ainda é o menos. Mais importante é unir os nomes em torno de um projecto viável, de um projecto credível, de um projecto vencedor e levá-lo junto das pessoas. A blogosfera é muito limitada. A mensagem não chega aonde deveria chegar. É preciso mais. É preciso ousar sair para a rua, ir à tasca, ir aos sitíos mais problemáticos, ouvir as pessoas e dar-lhes uma perspctiva de luta, mostrar-lhes uma alternativa. Isto, não é entre quatro paredes que se consegue.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
ANO NOVO...VIDA VELHA
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
7 comentários:
concordo inteiramente.E aqui em Olhão mais se acentua a necessidade de sair dos blogues para esclarecer a população devido ao seu baixo estrato social.Eu penso que mesmo que não haja intenção de avançar já para a criação de uma candidatura á camara o somosolhão deveria participar durante a campanha com esclarecimentos ás populações do que se está passando em Olhão.
vcs já repararam que os post com as situações de favorecimento no hurbanismo são os mais comentados?e porque?devido ás injustiças,sim há cidadões que ao verem escarrapachadas as situações que eles queriam provar e não sabiam como.Sentem-se de alguma forma justiçados por vcs desmascararem as caras do sistema.Sentem no fundo que talvez vcs os ajudem no minimo na mudança de mentalidades dos proximos moradores da camara municipal,para que tb lhes aprovem a casita onde os outros aprovaram palacetes,sim que os seus terrenos permaneçam na sua posse,onde junto ás suas casitas possam cultivar alguma coisita,em vez de serem obrigados a vender os seus terrenos a preço de saldo,para depois verem nascer empreendimentos,onde lhe proibiram de fazer a sua casita.Por isto é que há muitas pessoas revoltadas no concelho,por isso é que as pessoas fazem aqui comentários despejando a sua ira.Por isso lhes pedem para continuarem a denunciar todas as situações de desigualdade de tratamento,que enriquecem uns em detrimento de outros.Os olhanenses só pedem que o sol nasça para todos.Se ao menos estes poderosos deixassem algum para os pardais,não tinha havido este desassosego no pombal.Meus senhores espero que neste ano ao menos a constituição portuguesa seja cumprida.Bom ano a todos.
moss ó Farense, então se os benefícios da corrupção fossem distribuídos democraticamente, pelos pardais, já era aceitável?
Tás-te mesmo a fazer ao tacho.
moss ó toino eu só quero que agora deixem os outros construir a sua casita tb pois acreditas que eles agora derrubam as que foram feitas ilegalmente?claro que não.Então têm que deixar fazer tb aos outros.isso é o que eu queria dizer.igualdade de tratamento.conforme a constituição.eu não defendo corromper ninguem.vc sabe o que é fazer jurisprudencia?então se eles puderam fazer sem condenação todos podem fazer.bom ano para vc toino.
um Farense qué anónimo e que quer um bom ano aqui ao toino nã quer mesmo nada que os culpados dos crimes urbanísticos, da discriminação nos licenciamentos, da corrupção na câmara de Olhão sejam castigados e caso disso batam com os costados na prisa.
Essa de deitar tudo abaixo não tem que ser assim.
Mas como contrapartida deixar construir sem rei nem roque como forma de compensar os que não puderam construir é defender a ilegalidade generalizada.
O justo é as leis serem iguais para todos, e todos terem de as cumprir.
Se as leis não prestam, então que se alterem as leis, elas foram feitas para poderem ser modificadas.
um bom ano para este Farense que parece ser um bom malandro
o que está mal não é em si a lei ,o que está mal ,é,que para uns a lei existe e para os poderosos ou amigos dos poderosos a lei é ultrapassada.muitas vezes com o recurso a advogados de meia tigela que conseguem fazer de uma ilegalidade uma legalidade .isto é que está mal na nossa sociedade seja em olhão (com os inumeros casos denunciados neste blog,e muitos mais )seja em felgueira ou oeiras. alei devia ser igual para todos ,e estámais que provado que não é!
Enviar um comentário