sábado, 19 de março de 2011

Revolta contra as Portagens da Via do Infante teve 10 Km de Fila

Manifestação da “revolta” contra as portagens na Via do Infante.

Por Edálio Revez

Macário Correia foi um dos autarcas que protagonizou hoje a manifestação da “revolta” contra as portagens na Via do Infante, integrando um desfile automóvel em marcha lenta que chegou a atingir a extensão de cerca de dez quilómetros.


“Temos que manifestar a nossa revolta”, disse o presidente da Câmara de Faro, insurgindo-se contra a “falta de respeito para com os algarvios e os autarcas em particular”, não apenas pelo pagamento de portagens, mas sobretudo pela forma de relacionamento da administração central com os municípios.

O autarca de Faro, também presidente da Comunidade Intermunicipal de Algarve – Amal, denunciou a forma “desonesta” como o Governo tem tratado este processo: “No dia em que estamos a ser ouvidos sobre a colocação dos pórticos, já eles estavam colocados”. Os automobilistas algarvios, hoje, aproveitando o bom dia de sol primaveril, promoveram uma marcha/passeio pela Via do Infante, contando com a generosidade da GNR que permitiu curtas paragens ao longo da via, e assim a fila foi engrossando, chegando ao ponto de quase bloquear a circulação entre o nó de Boliqueime e Albufeira, no sentido de Faro- Portimão.

A contestação, no Algarve, tem por base o facto de no Algarve, “grande parte da Via do Infante estar paga, e de não existir alternativa”. As obras de requalificação da Estrada Nacional (EN) 125, prometidas há dois anos, resumem-se a “uma terraplanagem em volta de Faro e indícios de montagens de estaleiros”, denunciou Macário Correia, antes de integrar o cortejo de protesto.

A deputada do Bloco de Esquerda (BE), Cecília Honório, foi a única deputada eleita pelo Algarve que esteve presente no protesto,de realçar a presença do socialista Manuel da Luz Presidentew da CMPortimão, que, com Desidério Silva (PSD) de Albufeira, se juntaram aos manifestantes. convocada pela comissão de utentes contra as portagens e um grupo de cidadãos através do facebook. Para o próximo dia 8, disse Henrique André – um dos organizadores do protesto – está prevista uma nova manifestação na ponte sobre o Guadiana, envolvendo automobilistas dos dois lados da fronteira. “Isto foi um balão de ensaio, vamos continuar a lutar “, disse.

Macário Correia sublinha que a via do Infante, do ponto de vista técnico, não tem o perfil de auto-estrada, no que diz respeito à segurança e qualidade da via. “O Governo numa ânsia de procurar faz portagens em todo o lado”, diz. O secretário de Estado das obras públicas, Paulo Campos, denuncia, teve um comportamento que considera reprovável. “Quando estava a falar comigo e com o presidente da câmara de Loulé, Seruca Emídio, a pedir opinião para colocar os pórticos, já obra tinha avançado”. Entre as duas cidades, para percorrer uma distância de cinco quilómetros o sistema electrónico montado, “obriga ao pagamento de 12 quilómetros.Noticia do Publico on line.

Segundo as noticias do Região Sul,O protesto, convocado pelo “Movimento Algarve - Portagens na A22 Não” e pela Comissão de Utentes da Via do Infante, teve início cerca das 16:00 horas, com concentrações em quatro localidades algarvias, decorrendo ao longo de duas horas e meia nos dois sentidos da Via do Infante.


Segundo organizadores, o “protesto superou as expetativas, tendo ficado demonstrado a insatisfação da população à introdução de portagens naquela importante via rodoviária”.

João Vasconcelos, da Comissão de Utentes destacou “a grande participação popular e anunciou novas ações de luta para as próximas semanas”.
Nota do Olhão Livre:
Quem não esteve no protesto, foram Antonio Pina o novo BOSS do Turismo Algarvio, com todas as implicações, que as portagens tem para os turistas que vem da vizinha Espanha.
Também o presidente da CMOlhão Francisco Leal não esteve no protesto, talvez por sentir orgulho dos cidadãos de Olhão ficarem isentos das polémicas portagens, por Olhão ser um dos concelhos mais pobres de Portugal.
Realmente era vergonhoso F.Leal ir protestar sendo ele presidente há 18 anos, de um dos concelhos mais pobres de Portugal.

1 comentário:

Anónimo disse...

Esta ninguém tira ao Macário - deu a face por uma causa justa; claro que continua a não ser confiável até outra prova em conrário.