Excelente artigo do Jornal Publico online que nos leva a divulgar na integra.
Futuro do bairro de pescadores agita debate público em Olhão
Plano de Pormenor da Zona Histórica de Olhão põe em causa
autenticidade dos bairros da Barreta e dos Sete Cotovelos, dizem os
críticos.
No último debate destinado a discutir o PPZHO, ocorrido na Sociedade Recreativa Progresso Olhanense, foi Filipe Monteiro quem fez a interpretação do documento. “Não está em causa a qualidade do projecto enquanto reabilitação, mas enquanto salvaguarda é uma tristeza”, criticou, falando em português e inglês. A plateia, constituída por mais de 150 pessoas, a maioria estrangeiros, aplaudiu.
A compra de casas velhas, para reconstruir, é negócio que tem vindo a crescer nos últimos anos, com os preços do imobiliário em curva ascendente. O que é que procuram? “Autenticidade”, respondeu Filipe Monteiro, descrevendo a importância da sociedade multicultural que se tem vindo a instalar. Pescadores e turistas, cada qual à sua maneira, defendem a importância da relação directa daquele espaço com o mar.
Por sua vez, o professor de História de Arte e Arquitectura da Universidade do Algarve Horta Correia vê no plano uma “densificação” dos aglomerados, um modelo de desenvolvimento que fez escola nos anos 70 e 80, com marcas bem conhecidas, pela negativa, na paisagem algarvia, lembrou. Considerando uma “aberração” a torre de 21 metros de altura prevista para a Barreta, o docente jubilado lamentou “a destruição do Algarve” e lembrou ainda o outro lado da moeda nos negócios do imobiliário: “O conluio que havia entre os patos-bravos e os autarcas”.
O alargamento do porto de recreio (mais 60 postos de amarração numa primeira fase, seguida de uma outra com 220) é outro foco de polémica. A discussão do assunto não estava na agenda da reunião promovida pela Associação de Valorização do Património Cultural – APOS, mas acabou por saltar para o debate.
Fernando Grade, da associação ambientalista Almargem, acusou a câmara e a administração central de pretenderem criar um “parque de estacionamento de barcos à frente dos mercados”, retirando a beleza natural da Ria Formosa. O vereador Eduardo Cruz, do PSD, peremptório, desmentiu o ambientalista: “Não é nada disso que está previsto”, afirmou, mas não esclareceu o que defende o município. O autarca, sem pelouros (o executivo é presidido pelo PS), aproveitou a ocasião para defender o PPZHO, recusando a ideia de “destruição, e perda de autenticidade” apontadas por Filipe Monteiro.
O Plano Director Municipal (PDM), recordou, “ já prevê a construção de três pisos” nesta zona histórica. “Não aceito que digam mal da minha terra”, rematou. A discussão deverá ter novos desenvolvimentos esta semana, numa outra reunião pública, com a presença do autor do plano, Pedro Ravara. “Também é professor universitário”, advertiu Eduardo Cruz, em jeito de desafio a Horta Correia.
Por fim, Josué Marques, dirigente do Sindicato dos Pescadores, defendeu que a discussão do plano deveria ser “feita olhos nos olhos” com toda a população. Uma consulta pública feita através da Internet, criticou,” não é consulta pública”. O computador, justificou, não é ainda ferramenta quotidiana de quem se dedica à pesca e à apanha do marisco na Ria Formosa.
3 comentários:
Pensamento dia roubado nas páginas do f.b.
"José Sabino partilhou a sua publicação.
14 h ·
José Sabino
14/10 ·
MDO Arts - Faculdade da Arte de Mal Dizer Olhão
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Há dias assim que a caca chega ao cérebro.
Essa personagem dessa ideia que que toda a gente da noite conhece bem, anda aos caídos para ver se safa.
Mas nada como ler este artigo do publico.
"Um palhaço…
Sim, e as pessoas preferem votar nos palhaços, revêem-se mais neles, que não levam o sistema a sério, que o criticam, o atacam violentamente, porque estão a sentir que a democracia se está a reduzir-se a uma democracia formal, de eleições regulares e exercício formal de direitos e liberdades individuais. Isso pavimenta o caminho para todo o tipo de populismos, para a abstenção que se está a tornar crónica, e para uma descrença cada vez maior na democracia. Ao ponto, perigoso, de quando chegar o momento crucial – a que se calhar já se chegou nos EUA e no Reino Unido, com o Brexit - em que as pessoas são chamadas a defender o regime democrático, já poucas o fazem porque não se reconhecem nesta democracia formal."
fala esse gajo em cadastro mas ele não se olha ao espelho?
até pistoleiros para o amigo arranjou, para esse assustar umas pessoas.
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