Já está marcada a Assembleia Municipal para os próximos dias 26 e 27 de Novembro porque a lista de assuntos a tratar é muito vasta, realizando-se no salão nobre da câmara, para que não caibam lá todos os interessados na discussão.
Da primeira página da ordem de trabalhos constam alguns itens que merecem uma atenção redobrada, como se pode ver na imagem seguinte
Logo a abrir, temos o rei da opacidade a (des)informar sobre a actividade municipal, procurando como de costume esconder ou branquear a maioria das situações que tem criado.
Em seguida, segue-se a autorização da distribuição dos dinheiros de todos nós pela corte de associações do regime, algumas delas criadas por sugestão da própria autarquia para poderem receber tais benesses.
Porque detém a maioria absoluta e convém ter rédea apertada sobre os seus subordinados, vai ser aprovado a alteração ao Regulamento da Estrutura Orgânica do Município. O melhor caminho para a ditadura local!
E porque há que distribuir mordomias pelos seus leais funcionários, aprova-se o Regulamento para os Cargos de Direcção Intermédia de 3º e 4º grau. Será que a autarquia levou todos estes anos sem aquele regulamento, nomeando quem muito bem queriam e entendiam? Parece que sim!
Segue-se a aprovação da abertura da empreitada da construção da Sede da Banda Filarmónica de Moncarapacho e aqui coloca-se outra questão. A Banda Filarmónica é ou não uma instituição privada? E se sendo privada porque carga de agua, é a autarquia a suportar os custos de construção? Quando muito a autarquia aprovaria um subsidio a conceder à Banda Filarmónica para que tal construção fosse possível, à semelhança do que foi feito com as obras do campo de Ginásio Moncarapachense. Agora ser a autarquia a promover aquela construção é que nos aprece de muita duvidosa legalidade!
Com muito interesse, segue-se a aprovação da abertura do procedimento para a "Empreitada de Requalificação dos Jardins Patrão Joaquim Lopes e Pescador Olhanense", assunto que merece especial atenção, até pelo momento que se vive.
A bandidagem política no Poder Local, habituou-nos a fornecer informação parcial das suas intervenções, fora do contexto geral, com avanços e recuos, o que dificulta uma visão geral do que se passa naquela zona.
Para alem daquilo que já foi dito sobre a chamada Requalificação de 5 de Outubro, com alterações ao trânsito e supressão do estacionamento, falta acrescentar que no Plano de Pormenor da Zona Histórica, que confina com a 5 de Outubro, está também prevista a supressão de N lugares de estacionamento. O défice de estacionamento na baixa de Olhão é cada vez maior, mas parece não preocupar os nossos autarcas. Preguntariamos então onde vão os residentes da Zona Histórica estacionar?
Temos a lembrar aos "ricos" autarcas que até se poderia ponderar o condicionamento da circulação e estacionamento automóvel em toda a baixa de Olhão, se....
Com uma candidatura a fundos comunitários, era possível criar um Parque de Estacionamento subterrâneo em toda a Avenida, com acessos para os Mercados, uma solução bem mais cara, mas com futuro, deixando o trânsito à superfície apenas para veículos prioritários, de transporte de passageiros ou mercadorias.
Ainda assim, e antecedendo qualquer projecto, seria necessário um estudo que permitisse verificar dos impactos na actividade comercial de toda a baixa.
Mas não é isso que o Pina quer. Na verdade, ele pretende transformar a frente ribeirinha num calçadão como o de Montegordo, esquecendo que ali existe uma praia que não temos! É o que dá a influência de certas amizades!
Como já se percebeu a faixa de circulação da 5 de Outubro vai ficar uma bocado estreita, com dificuldade de circulação quando duas viatura pesadas se cruzarem. Como vai o Pina resolver o problema?
Simples. À pala das raízes dos plátanos da Avenida levantarem a calçada, arrancam-se aquelas árvores, e recua-se o passeio e o estacionamento. Essa é a razão porque as intervenções naquela avenida são apresentas de forma parcial.
Se poderá significar a destruição parcial dos Jardins, acreditamos que sim, mas o tempo o dirá.
Certo é que para já os Mercados, tanto no interior como no exterior, já estão a ser afectados, com os envolvidos a contestarem a decisão camarária. Mas a breve prazo se irão juntar todos os comerciantes da baixa de Olhão.
Quando os partidos que exercem o Poder se deixam capturar pelos interesses económicos, é a democracia que sofre, que fica espartilhada, como se viu na tomada de posição do quero, posso e mando da canalha que gere os Mercados.
A baixa de Olhão diz respeito a todos os olhanenses e estes devem participar na Assembleia Municipal e dizer de sua justiça, manifestando o seu desagrado contra a equipa do Pina.
UNAM-SE e LUTEM!