Um trabalhador que se sente discriminado pela política prosseguida pela Ambiolhão, EM, fez-me chegar o comunicado constante da imagem acima.
Datada de 24 de Abril, melhor data não haveria para a decisão presidencial ou não fora ela lembrar os tempos do regime deposto a 25 de Abril, o comunicado tem duas vertentes que pelo seu conteúdo merecem uma analise mais cuidada.
A primeira questão prende-se com o facto de a legislação sendo de Fevereiro, o presidente da empresa do conselho de administração e ao mesmo tempo da Câmara Municipal de Olhão, o presidente vir dar apenas a partir de 1 de Maio um bónus a alguns trabalhadores, deixando outros de fora.
Coloca-se a questão de saber porque não o fez antes e porque escolheu precisamente o mês em que há eleições? É que o partido no Poder autárquico e nas empresas municipais, nunca ganhou em Olhão uma eleição para o parlamento Europeu.
Ao dar um bónus, que reconhece no comunicado, não estar obrigado, na prática o que está a dizer é que está a comprar meia dúzia de votos. Como se sabe qualquer acção nesta fase, que possa ter impacto nas eleições que se realizam no final do mês, é susceptivel de enquadrar a violação do principio da neutralidade e imparcialidade a que estão sujeitas todas as entidades publicas. Mas em Olhão tudo se faz, porque nenhuma das instituições deste País funciona como deve, e a que a própria Comissão Nacional de Eleições não escapa ao crivo da critica.
Mas o comunicado tem mais uma preciosidade. É que, o bónus apenas é aplicável aos trabalhadores da Ambiolhão, ficando de fora os das restantes empresas municipais. E mesmo dentro da Ambiolhão, se é dado aos assistentes operacionais, já não é dado ao operador assistente, operador auxiliar e técnico assistente.
Ler como se lê no terceiro paragrafo que o objectivo é a valorização do contributo dos seus trabalhadores e assume a igualdade no trabalho como um valor, não passa de um acto de hipocrisia, já que não reconhece aos que ficaram de fora a mesma valorização e igualdade.
Claro que os trabalhadores não abrangidos pela medida, têm toda a razão para sentirem discriminados e marginalizados pela administração de António Pina e devem reivindicar o mesmo direito.
E já agora pergunta-se porque não se organizam em torno de uma Comissão de Trabalhadores, eleita livremente e democraticamente pelos trabalhadores para tratar de assuntos desta natureza e sempre que estejam em causa os direitos de todos os trabalhadores?
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