Infelizmente a triste realidade neste Portugal dos pequeninos leva a concluir que deveriam haver eleições autarquicas todos os anos, por forma a que os eleitos mostrassem serviço permanente e não apenas no ano da eleição.
A situação dos espaços verdes e dos caminhos tomados pelo mato tem sido tema de desabafo nas redes sociais por parte dos moradores ou de quem deles precisam, desabafos esses que têm sido sistematicamente ignorados. Mas como este ano, é ano de eleições há que ter em conta os votos que se ganham ou perdem.
Issso tem merecido de parte significativa da população da freguesia de Moncarapacho/Fuzeta um especial indignação, agravada quando se sabe ser fruto da guerra que o presidente da câmara declarou ao presidente da Junta.
Tal como diziamos ontem, entre Novembro/Dezembro foram contratados por dez meses, dez trabalhadores para esses serviços; seguiu-se a contratação até ao final do ano de uma empresa por 65.000,00 euros, mais IVA mas ontem e já depois de termos publicado o texto, a câmara faz publicar no portal Base mais um contrato, com a duração de 275 dias, ou seja até ao final do ano, como se pode ver em https://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/1008349.
O serviço de limpeza urbana, jardinagem e ou desmatação deve ser feito todo o ano e todos os anos, razão pela qual não se compreende que todos estes contratos se cinjam ao ano eleitoral, deixando para depois das eleições uma decisão em função dos resultados eleitorais.
As populações têm de ser servidas sempre e não pode ficar dependente de uma qualquer eleição. Esta história de "ou votam em mim ou não têm direito a nada" é antidemocrática, própria de um pequeno ditador. Mas se a população de Moncarapacho e de Fuzeta votarem massivamente o actual executivo camarário pode ruir. E no fundo o presidente socialista sabe disso, estando com medo dos resultados, não vá ter alguma surpresa.
Mal por mal, que se façam eleições todos os anos, pelo menos teremos o concelho mais cuidado!