domingo, 12 de agosto de 2012

A CAMINHO DA MISÉRIA HUMANA

Após o desmoronamento do bloco de Leste e não havendo outras referencias que estabelecessem um equilíbrio na correlação de forças.o grande capital achou criadas as condições para o desenvolvimento de uma economia globalizada com as consequencias que estão à vista mas ainda bem longe daquilo que entretanto se prepara para os trabalhadores em todo o mundo.
Porque assente na competitividade, importa desde logo esmiuçar o significado de tamanho palavrão. Competitividade, pode dizer-se que se trata da obtenção de um produto ou serviço com qualidades e caracteristicas semelhantes pelo melhor preço, o mais baixo.
A obtenção do preço mais baixo, implica a redução dos principais custos, a saber: matérias primas, energéticos, fiscais, consumos intermédios e encargos com o pessoal.
Obedecendo ás regras de mercado não se afigura que os preços das matérias primas sofram grandes alterações, enquanto os custos energéticos, tudo o indica, tendem a agravar e os custos fiscais por razões mais que óbvias tenderão a subir. Os consumos intermédios pouco pesam no calculo dos preços, restando pois os encargos com o pessoal.
Os encargos com o pessoal podem ser reduzidos de duas formas: baixando os salários ou aumentando a produtividade. Para aumentar a produtividade são necessários mais investimentos no sentido da modernização do tecido empresarial, o que também não se prevê venha a acontecer. Porque as empresas vivem para o lucro, não repartem os ganhos de produtividade de forma equitativa entre o capital e o trabalho, apesar de saberem que com isso vão criar mais e mais desemprego, o que também não devia acontecer.
Resta pois e à luz do sistema a pior das alternativas que é a redução dos salários, sejam os nominais, através do aumento das cargas horárias e da perda de direitos dos trabalhadores como sejam as ferias ou os períodos de descanso semanal.
Assim a tão propalada competitividade, com as desigualdades praticadas nos diversos países, induzirá ao empobrecimento dos Povos, nivelando-os por aqueles onde os níveis de desenvolvimento social são mais baixos e inevitavelmente abre a porta para o caminho da miséria humana.
Se aliado a isto tivermos um Poder despesista, onde predominam os indícios de corrupção para a satisfação de grupos de interesses e distante de uma visão do conjunto da população no seu todo, então as condições de vida dos governados serão muito mais degradadas. Será uma vida com direitos apenas para os detentores do dinheiro e de escravatura para quem trabalha.
A manutenção de todos os documentos considerados de estratégicos para o desenvolvimento do País, estão  ultrapassados, inadequados e a necessitarem de urgente revisão referendada, porque afinal não servimos apenas para pagar o que terceiros gastaram como quiseram e entenderam sem nos dar cavaco e temos o direito de participar no destino das nossas vidas.
Neste contexto, é importante unificar todas as forças descontentes, sob uma direcção que não pactue com os defensores da continuidade de um sistema de exploração capitalista selvagem, que pretendem uma mudança radical de um sistema que já deu, dá e dará mostras de estar à beira da implosão
Este é o cenário que se nos apresenta para o futuro, caso os trabalhadores não se revoltem e por isso gritamos:
REVOLTEM-SE, PORRA!

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