terça-feira, 17 de abril de 2012

OLHÃO E A PESCA DO POLVO

Há dias atraz, o secretario de estado do mar, que já demonstrara a sua ignorância em matérias relacionadas com as dragagens na Ria Formosa, volta a mostrar a sua total incapacidade e ausência de conhecimentos sobre o sector que tutela.
O jornal Correio da Manhã dá à estampa a noticia em http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/economia/captura-de-polvo-caiu-70-em-cinco-anos demonstrativa do que é este secretario de estado e do seu grau de conhecimento do País real.
Em tempos a pesca do polvo era feita com o recurso aos alcatruzes de barro, não existindo covos ou armadilhas. Os alcatruzes não eram iscados e o polvo entrava e saia como muito bem queria e entendia enquanto os covos são iscados com cavala, peixe barato, ou caranguejo e uma vez entrado, o polvo não consegue sair.
A utilização dos covos impõe um determinado numero por embarcação mas que na ausência de fiscalização, há embarcações que chegam a ter 10.000, o que é proibido e inaceitável. A utilização do caranguejo como isca surge pelo facto de este se manter vivo durante bastante tempo, enquanto a cavala depressa desaparece. Assim uma embarcação com dez mil covos corre dois mil por dia e deixa os outros a pescar durante vários dias, havendo casos em que até o polvo sem o tamanho trazem para terra.
A pesca intensiva leva à exaustão dos recursos naturais seja o polvo ou qualquer outra espécie, neste caso também do caranguejo e esse é o grande problema porque não se respeita o ciclo de vida espécies, deixando-os desovar e crescer até ao tamanho ideal.
A pesca é encarada como o parente pobre da economia apesar de importarmos cerca de oitenta e cinco por cento do peixe que consumimos e no qual o Poder ao longo dos anos não investiu um chavo, nem mostrou ter qualquer politica definida para o sector, indo a reboque das instruções da CEE, que já reconheceu erros num passado recente, quando era sua obrigação apresentar ideias, que não se limitem à discussão sobre as tão necessitadas cotas, mas que promovam o seu crescimento sustentável.
As paragens biológicas são uma necessidade e não podem ser pensadas por forma a fugir ao pagamento dos subsídios à semelhança do que acontece noutros sectores de forte componente sazonal e a quem os subsídios são dados apenas para desonerar a entidade patronal.
Uma paragem mais prolongada permitia a recuperação dos stocks tanto em qualidade como em quantidade que deveria ser acompanhada de outras mediadas como a interdição dos covos e uma fiscalização efectiva do cumprimento de cotas alargadas de toda a região, que não por embarcação. E já agora porque o caranguejo também é vendido para Espanha, deveria ser imposta a interdição da sua apanha até à reposição dos sotks.
Portanto o secretario de estado cada vez que abre a boca ou entra mosca ou sai asneira deveria ficar calado.


4 comentários:

Anónimo disse...

a proibicao de covos resolvia o assunto pois mesmo na ria estao centenas de covos largados ilegalmente eu como pescador desportivo que sou sempre que fico com arte presa neles é faca e pois aberto nao captura.... as entidades que fiscalizem pois a ria era uma maternidade de polvo e devido a esses covos ilegais a criacao e as femeas k veem desovar sao capturadas.... depois é ver toldas cheias de ovas frescas na praça... tenham juizo e fiscalizem..

José Gonçalves Cravinho disse...

De facto não se compreende como é que sendo Portugal o País da Europa
com a maior área marítima tendo em conta as Ilhas da Madeira e dos Açores,tenha de importar 80% do pescado que consome e não tenha Fábricas de conserva de peixe como já teve.

Anónimo disse...

E o carangueijo é mesmo "mouro"?
devem estar a brincar....

Anónimo disse...

aos pescadores desportivos vcs dizem-se pescadores epa vcs andam na brincadeira enquanto os verdadeiros pescadores profissionais andam a matar a fome a pesca da cana devia ser toda proibida e para sempre.