sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

RIA FORMOSA EM DISCUSSÃO

Dia 19 pelas 15 horas em Olhão vai decorrer uma audição dos subscritores da Petição Salvem a Ria Formosa e que conta com a presença do deputado relator da Comissão Parlamentar de Ambiente, Cristóvão Norte.
Uma primeira palavra para a actuação da Câmara Municipal de Olhão ao recusar a cedência do auditório da Biblioteca Municipal. A audição não é um acto de um partido, mas de um representante de um órgão de soberania ao qual a edilidade devia prestar todas as condições para a realização de um trabalho decente e com a participação do maior numero possível de pessoas. A Câmara Municipal de Olhão e o seu presidente assim não o querem, porque sabem os crimes que têm cometido contra a Ria Formosa. O Parlamento devia manifestar o seu repudio pela afronta declarada de um presidente em final de mandato.
As imagens que trazemos dizem respeito à situação de Cacela Velha, mas que podia ser na Praia de Faro ou num outro qualquer ponto do cordão dunar da Ria Formosa e que ninguém deseja ver não só pelo rasto de destruição como pela segurança das pessoas.
Nesta faixa, outrora península, que a Valentina Calixto transformou em ilha, adivinha-se que a não ser feita uma intervenção urgente existe o perigo real de as águas oceânicas chegarem à arriba de arenite onde existe um pequeno povoado histórico em que o Forte, a Igreja e o próprio Cemitério correm o risco de derrocada.
Com relativos baixos custos é possível corrigir a situação, assim haja a vontade politica que tem faltado. Nos dias de hoje e já com alguma experiência noutros pontos, como em Leirosa, é possível dotar o cordão de mais altura com recurso às mangas de geotexteis, enchidas no local e que após essa operação são recobertas com areia e revegetadas.
Esta intervenção deve ser acompanhada de uma outra, também ela com recurso aos geotexteis, mas para a criação de recifes artificiais multi funcionais que alteram a dinâmica das ondas, o que permite o aumento da mancha de areal da praia.
Mais importante se tornam as intervenções desejadas, se deixarmos de ver as ilhas barreira apenas como zonas de lazer mas também como uma protecção às zonas ribeirinhas da Ria formosa, em que a diferença da cota da  linha de marés vivas de águas equinociais à cota dos solos é mínima e em situação de vendaval todas essas zonas poderão ser alagadas. Prevenir o risco, é do que se trata.
As pessoas não podem ou não devem continuara pensar em acções quando o mal as atinge. O facto de em dado momento as praias apresentarem um pouco mais de areia não é impeditivo de, na conjugação de um vendaval forte com o preia mar de marés vivas equinociais, todo o cordão dunar ser objecto de um galgamento oceânico que tal como aconteceu na Fuzeta, varreu tudo o que estava em cima da Ilha.
Assim e daqui apelamos à participação de todos, os que têm interesses materiais e também dos que têm interesses difusos, na sessão programada.
Por fim, cabe aqui dizer que a Comissão Parlamentar de Ambiente não tem o poder decisório, mas elaborará um Relatório que enviará ao respectivo Ministério.
Está na hora da população indígena mostrar a sua indignação pela passividade das entidades com responsabilidades nesta matéria e que votaram a Ria Formosa ao abandono.
INDIGNEM-SE!

2 comentários:

Amante de Cacela Velha disse...

O destruição da importantíssima Península de Cacela promovida pela ARH enquanto está a decorrer o Programa Polis Ria Formosa,é um crime de lesa Pátria pois o Polis está englobado num programa europeu de renaturalização da Ria Formosa,ao abrirem mais uma Barra na Ria além de destruirem a Penisula de Cacela criaram mais uma Ilha na Ria Formosa e estão a colocar em perigo toda a Arriba envolvente onde está o Forte de Cacela e todas as casas desse Núcleo Histórico.Os responsáveis pelo crime deviam responder por isso.

Anónimo disse...

em que sitio é a reunião no proximo dia 19 ás 15 horas?