De um leitor atento do Olhão Livre recebemos a seguinte mensagem:
Estas fotografias foram tiradas hoje as 17h na ilha da Fuzeta,
Mais um deixa andar nas praias algarvias...onde estão as entidades competentes, nomeadamente o Parque Natural da Ria Formosa, Administração Regional Hidrográfica do Algarve e Capitania do Porto de Olhão a razão dos apoios de praia existentes na ilha da Fuzeta não terem sido totalmente removidos pelos concessionários após a época balnear,estando escrito no POOC (Plano de Ordenamento da Orla Costeira),que estruturas sazonais obedecem a montagem e desmontagem do equipamento após epoca balnear, não deixando vestigios nitidos de algo existente para não afetar a migração dos ditos passarinhos e a barra artificial que mais parece um cemitério?será que não ha sensibilidade e olhos nitidos para que se apercebam do perigo existente para os pescadores que por ali se aventuram todos os dias arriscando as suas próprias vidas para ganhar o pão,as fotos falam por si.
COMENTÁRIO do OLHÃO LIVRE:
Quer as imagens, quer o texto foram obtidas ontem e mostram-nos bem da discriminação a que são votados os pescadores e todos aqueles que não fazem parte do clube dos caciques daquela povoação.
A primeira apreciação vai para os apoios de praia , que como diz e bem o leitor, o POOC prevê a retirada total de todos os componentes daqueles apoios. Como se vê, uns são obrigados a retirar e outros não, ainda que aquilo que restou não tenha impacto significativo. Mas a questão prende-se com a atitude que permite a uns e retira a outros, numa clara intenção discriminatoria sempre reprovável para quem detém o poder de decidir.
A questão da Barra da Fuzeta, já por muitas vezes aqui retratada, mostra também a índole criminosa como Francisco Leal orientou as operações de intervenção que mudaram a barra.
Na verdade, antes do mar abrir a barra naturalmente, foi emitido pela ARH um relatório técnico que recomendava a sua abertura artificial, precisamente no local onde o mar a viria a abrir. Confrontados com a situação e depois de diversos exercícios de contorcionismo, foi solicitado à então Ministra do Ambiente que autorizasse as dragagens do fundo da barra aberta pelo mar, Como toda a gente sabe, não foi isso que aconteceu e a barra foi deslocalizada. Porquê?
Bem, a barra aberta pelo mar e seu ponto de origem, ficava situada em frente do edificado nas margens de mar e portanto em Domínio Publico Marítimo, em zona de risco de cheia e por isso Leal mexeu todos os cordelinhos para evitar que isso acontecesse.
Para que tal fosse possível, foi inventada uma situação de emergência, para a qual nem a própria Ministra tinha poder, poder esse que é única e exclusivamente da responsabilidade do primeiro-ministro, o Troscate. A declaração de emergência visava o uso balnear que não os perigos para a navegabilidade das embarcações de pesca. Ou seja, o uso balnear para os de fora, está acima do interesse dos residentes, na sua maioria pescadores, o que faz da Fuzeta uma boa madrasta mas uma ruim mãe.
Depois de gastos milhões na nova barra, é visível o estado em que se encontra, com os deltas de vazante a dominarem, formando um labirinto que obriga a dar o lado das embarcações às ondas, situação que se pode tornar extramente perigosa e a criar um autentico cemitério para quem precisa de a utilizar.
E tudo por causa dos proveitos da especulação de gente alheia à terra, mas cujas ligações ao ditador Leal, lhes permite tudo, a troco do que não se sabe mas que não tenha de significar que haja corrupção, pois ninguém tem conhecimento de um enriquecimento ilícito ou desproporcionado do ainda presidente de Câmara.
Ainda assim, há motivos de sobra para que a população da Fuzeta se sinta revoltada pela forma como é tratada pelo poder politico, cada vez mais desacreditado.
FUZETENSES, REVOLTEM-SE PORRA!
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