António Miguel Pina, presidente da concelhia socialista, vice-presidente da Câmara Municipal de Olhão e candidato à presidência, numa atitude herdada do progenitor com pensamentos social-fascistas, bloqueou-me nas redes sociais, impedindo-me de ver a diarreia cerebral de que padece.
Soube que publicou naquelas redes um despacho de arquivamento do Ministério Publico relacionado com a poluição da Ria Formosa da responsabilidade da Ambiolhão de que fui autor da denuncia, mas que, por razões que desconheço, ainda não fui notificado.
Sobre o conteúdo do despacho não me posso, pois, pronunciar mas fá-lo-ei mal receba a notificação. Quero no entanto deixar claro que a luta não morre por isso e Antonio Miguel Pina pode ficar ciente de que persegui-lo-ei até o ver sentado no banco dos réus, a este propósito. Há muitas maneiras de matar pulgas.
Mas porque António Miguel Pina é candidato à sucessão de um outro ditador vou apreciar o seu gesto de publicar o despacho em causa.
A Ria Formosa está classificada como Zona Sensível, de águas piscicolas, conquicolas e balneares, e o sistema de colectores de todas os aglomerados habitacionais na sua área, deveriam, já, estar ligados a ETAR.
Acontece que em Olhão, por falta de fiscalização, por negligência e por outras razões, alguns esgotos domésticos, e são muitos, estão ligados á rede de águas pluviais, drenando directamente para a Ria sem qualquer tratamento, situação que qualquer um pode constatar junto as Cais T de embarque para as Ilhas, no topo norte do porto de pesca, na chamada Marina ou na Horta da Câmara.
As águas residuais urbanas são portadoras de um conjunto de vírus, bactérias e outros agentes patogénicos que podem constituir perigo para a saúde publica, razão mais que suficiente para que a Câmara Municipal de Olhão pusesse termo à situação. Para alem disso, as águas residuais são ricas em nutrientes como fosforo que põem em causa o equilíbrio ecológico da Ria, promovendo o aparecimento descontrolado de fitoplancton e o crescimento de macro-algas oportunistas que consomem o oxigénio da agua, diminuindo as condições de vida de outras formas de vida. As plantas de fundo como a "seba" e a "sebarrinha" morrem porque a luz solar não consegue atravessar a densa camada de sólidos suspensos totais, matéria orgânica em suspensão, o que qualquer pode constatar comparando a transparencia da agua junto às barras com a opacidade na restante Ria.
Em Olhão, a actividade económica está muito dependente do mar, pertencendo maior quinhão à moliscicultura, um sector completamente abandonado pela autarquia bastando, para o constatar, consultar o site da Câmara onde, na secção de desenvolvimento económico, apenas se faz referencia ao produto da pesca, que regista uma facturação de cerca de 25 milhões de euros/ano. Sabe no entanto o António Miguel Pina, feito produtor/poluidor, que se estima que a produção de ostras na região atinja as duas mil toneladas/ano; sabe ou deveria saber que a produção de ameijoa-boa está estimada em cerca de cinco mil toneladas, menos trinta por cento que em 2001; sabe que as águas residuais urbanas são a causa directa e indirecta da morte dos bivalves, dos peixes e das plantas aquáticas.
Sabe, pois o asno candidato, que ao se regozijar com este despacho de arquivamento, está a dizer que vai continuar a poluir a Ria Formosa, indiferente à situação económica, social e ambiental das pessoas que exercem a sua actividade na Ria. Sabe também que está a pôr em risco a saúde dos banhistas. Age conscientemente, contra o seu Povo, merecendo o tratamento que deve ser dispensado a qualquer canalha que elege a fome e miséria como prioridade da sua governança.
Merece este monte de esterco, o voto do Povo de Olhão?
Vai ter de enfrentar muita luta, este Tóninho!
REVOLTEM-SE, PORRA!
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