Por mais que queiram fazer em contrario, a população de Olhão teve, tem e terá o seu destino ligado ao mar, algo indestrutível até mesmo pelas politicas criminosas de quem a obrigação de pôr o País a produzir, e não será pelo abandono a que votaram as infra-estruturas portuárias, pela destruição da frota e por outras sacanices que o conseguirão.
As imagens acima reproduzidas são ilustrativas do estado de abandono a que chegou o porto, com rampas sem o empedrado ou a antiga lota da sardinha ameaçando ruir.
Porque dia 6 próximo será inaugurada por um qualquer secretario de estado, uma unidade transformadora transferida da zona habitacional para dentro do perímetro do porto, logo se apressaram os responsáveis por remendar com massas betuminosas algumas crateras daquilo que é suposto ser uma estrada.
O porto de pesca de Olhão em nada difere de um outro de um País terceiro mundista, criando em quase todos os segmentos, dificuldades acrescidas para quem desenvolve a actividade na pesca. Ainda recentemente foi noticia os furtos nas embarcações, como é noticia o perigo que representa para a saúde os telhados de amianto, como as descargas directas sem qualquer tratamento de águas residuais urbanas, como a utilização a olho de lexivia para eliminação de uma possível contaminação microbiologica do pescado mas que esquece a presença de hidrocarbonetos na agua do porto, usada para tratar o peixe.
É certo que a Câmara Municipal de Olhão não tem jurisdição naquela zona que é do IPTM, mas enquanto representante dos interesses dos munícipes bem podia pressionar a tutela para que aquilo que poderia ser um cartaz turístico, deixasse de ser a vergonha da cidade. Quando a família politica no Poder autárquico há trinta e oito anos, não consegue perceber que o desenvolvimento económico e social de Olhão e dos olhanenses passa pela pesca, pela moluscicultura e a industria a elas associadas, então é caso para dizer que já estão a mais e há muito que deveriam ter sido corridos.
A lota de Olhão já foi a numero um em vendas de pescado, mas a incapacidade da governança, aliada à aposta numa certa forma de turismo como eixo estratégico do desenvolvimento, tem criado as condições para a agonia do sector da pesca, como de outros que por agora não vem ao caso referir. Dizer-se que apostam no mar não é a mesma coisa que dizer que apostam na pesca. A aposta no mar, passa mais uma vez pela promoção turística e ainda pelos recursos naturais para os dar a explorar a estrangeiros como sejam os casos do petróleo ou dos minerais.
O Povo de Olhão tem razões de sobra para desejar uma mudança em toda a governança, seja ela a nível central, regional ou local. Mas essa mudança só surgirá quando saírem à rua e jogarem esta cambada a baixo, mostrando já não a indignação mas a revolta que vai larvando.
REVOLTEM-SE, PORRA!
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