quarta-feira, 3 de julho de 2013

OLHÃO: PELO FIM DAS EMPRESAS MUNICIPAIS

Uma parte substancial da divida publica nacional provem das autarquias, convindo corrigir ou anular as batotas que levaram a esse endividamento e que todos nós somos chamados a pagar.
De há uns anos a esta parte, as autarquias com a conivência do administração central criaram as empresas municipais, mas sem nunca ter explicado ao Povo qual a necessidade dessas empresas e que benefícios trariam para as populações. Na verdade, as empresas criadas mais não passaram do que de um expediente, de uma engenharia financeira, para que os autarcas pudessem endividar os municípios com projectos megalómanos e de utilidade duvidosa sem ter em conta as reais carências dos governados.
O próprio Código dos Contratos Públicos dá ao sector empresarial do Estado uma margem de manobra maior do que às autarquias, elevando os limiares substancialmente, um regime altamente favorável para os desmandos da administração local.
A dispersão de contas por um universo empresarial, uma contabilidade habilidosa para alem de nuances legais como a anulação de transacções entre as empresas do grupo aliada à permeabilidade da contratação publica, permite às autarquias aumentarem significativamente o endividamento. Exemplo esclarecedor é o recente caso da Câmara Municipal de Portimão e da sua empresa Portimão Urbis.
E nas restantes autarquias como será? Alguma delas não terá telhados e vidro?
Em Olhão, a Câmara desde o inicio da era democrática, gerida por socialistas, criou algumas delas e já extinguiu outras e ainda participou noutras.
O Business Inovation Center em cujo conselho de administração tinha assento Francisco Leal, fechou portas e passados dois anos ainda devia o dinheiro das rendas. Quem pagou? O Povo de Olhão!
A Fesnima e a Mercados de Olhão, todos apresentam resultados negativos que só os subsídios disfarçam. E a Ambiolhão que apesar de apresentar resultados positivos, vê o seu endividamento aumentar de ano para ano?
Perguntamos nós, o que é que a Câmara Municipal de Olhão deixaria de fazer sem as empresas municipais? E para que queremos nós empresas e mais empresas, se em nada beneficiam a população?
Estas empresas servem para que os partidos que detêm o Poder, gastem o dinheiro dos munícipes sem justificar a necessidade de pessoal, de viaturas, de consumíveis e de outros artifícios, para alem de dar de mamar a uns quantos amigos do cartão.
Sem uma explicação plausível da necessidade destas empresas, não nos resta outra proposta que não o fim delas. E à administração central, à troika e a outros palhaços que entendem uma Reforma da Administração do Estado, cujo objectivo é a redução dos direitos dos trabalhadores da administração publica, era melhor que cortassem nos lugares de nomeação politica a qualquer nível.
Até quando vamos ter de suportar isto?
Pelo fim da FESNIMA, MERCADOS DE OLHÃO E AMBIOLHÃO.
REVOLTEM-SE, PORRA!

1 comentário:

Angelo disse...

Não basta só escrever para ser um revoltado... inicie vc mesmo uma revolta, meta pés ao caminho, pense.