A Câmara Municipal de Olhão pretende, e em certa medida já o conseguiu, delegar competências nas Juntas de Freguesia para a manutenção dos espaços verdes, comprometendo-se a transferir as verbas que julga necessárias para as novas atribuições das Juntas.
Assim, a Junta de Freguesia de Pechão já aceitou a delegação de competências e irá receber por elas 25.000 euros relativos ao 2º semestre do ano corrente, dos quais 20.000 são para vencimentos e o remanescente para a manutenção. Ora os espaços verdes ( relva) são grandes consumidores de agua e no caso da Freguesia de Pechão basta-lhes os espaços verdes da Quinta João de Ourem para desequilibrar as contas.
A verdade é que a Câmara Municipal e a Ambiolhão nunca contabilizaram os consumos da Quinta João de Ourem porque não instalaram os contadores, não sabendo por isso os custos daquele consumo. Se atendermos a que uma rega razoável pode consumir cerca de três metros cúbicos por ano, numa área de 15.000 metros quadrados, então o consumo médio anual rondará os 45 mil metros cúbicos.
Se a Câmara Municipal atribui uma verba de cerca de cinco mil euros para cobrir estes custos, então a agua teria de custar cerca de onze cêntimos o metro cúbico, ou seja abaixo de preço a que a Ambiolhão compra à Águas do Algarve.
E mesmo sem os custos da agua, a fertilização dos espaços verdes e a substituição de plantas custam muito mais do que isso, bastando verificar as quantias pagas, ora pela Câmara Municipal, ora pela Ambiolhão a empresas do ramo para se perceber que algo de errado está nesta delegação de competências.
Claro que a pretensão é extensível às outras Juntas e no caso da de Olhão com mais e maiores espaços verdes, a proposta da Câmara Municipal vai levar à ruína as Juntas que aderirem à proposta da autarquia.
Por outro lado, a Câmara não faz transferir para as Juntas,o pessoal do sector da jardinagem, tendo estas que recorrer à contratação de serviços, mal se percebendo para que quer a Câmara ficar com o pessoal se depois não tem serviço para lhes dar, a não ser que o objectivo seja manter um quadro de pessoal alargado, e utilizá-lo noutros serviços.
António Miguel Pina, aprendiz de presidente e pretenso "gestor", vaidoso dos seus dotes, julga conseguir enganar os olhanenses, contando com a vassalagem prestada pelos seus camaradas de partido à frente das Juntas que lideram, esquecendo esses que um dia o Povo os julgará quando se aperceber que foi vendido às estratégias partidárias.
Perante um contrato ruinosos para as Juntas, estas apenas têm que dar o nega ao novo ditador na Câmara Municipal e mostrar a sua revolta pelas jogadas baixas de que estão a ser objecto.
REVOLTEM-SE, PORRA!
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