domingo, 17 de maio de 2015

RIA FORMOSA: AS DEMOLIÇÕES E A CRISE!

A balança de pagamentos mede a entrada e saída de divisas, revelando-nos a necessidade de endividamento do País e a sua principal componente é a balança corrente.
O saldo da balança corrente foi deficitário no período compreendido entre 1983 e 2012 como se pode ver em http://www.pordata.pt/Portugal/Balan%C3%A7a+de+pagamentos+saldos+(R)-499 , apenas registando uma ligeira melhoria nos últimos dois anos.
Esta melhoria resulta do aumento da prestação de serviços, particularmente na construção, mas essencialmente, devido às medidas terroristas de empobrecimento do Povo levadas a cabo pelo governo. É na redução da capacidade de consumo do Povo que o governo assenta a sua politica, condenando-nos à fome e miséria. A imagem de melhoria que o governo tem dado não corresponde à realidade, porque não se regista qualquer aumento da produção, contribuindo para o aumento das exportações a desvalorização do euro.
A balança corrente tem na transacção de bens e serviços, a sua principal componente, apresentando na transacção de serviços um saldo positivo, mas sendo largamente negativa na transacção de bens. Quanto aos resultados dos serviços, contribui de forma significativa, o sector do turismo. Já nos bens, verifica-se o recurso à importação maciça, como resultado da falta de produção.
Se sai mais dinheiro do que aquele que entra no País, é óbvio que só é possível manter a situação com recurso ao endividamento, até um dia...Sabedores disto, os responsáveis europeus mandaram muito dinheiro, para o betão e alcatrão, sector não produtivo, mas também para a destruição do sector  produtivo com o qual se abateu a frota de pesca, se abandonou a agricultura e impuseram-nos cotas de forma a proteger a produção excedentaria de outros países membros da comunidade.
Por outro lado, aproveitando as condições geográficas e climáticas, consideraram que seriamos a zona de lazer, o jardim da Europa, dando-nos o turismo como contrapartida, não para dele beneficiarmos mas para alimentarmos os interesses de grandes grupos económicos dos países com mais peso politico na comunidade.
A situação deficitária e o elevado endividamento do País colocam-nos nas mãos dos credores internacionais, que sabendo que, nestas condições, a nossa divida é impagável, nos impõem condições humilhantes, como a privatização dos sectores vitais para a nossa economia, entregando de mão beijada ao capital estrangeiro, a energia, a banca, cimentos, aeroportos, a TAP e muitos outros como os recursos naturais.
O que tem isto a ver com a Ria Formosa?
Quase esgotada que está a capacidade na frente de mar do Barlavento algarvio, viram-se agora para o Sotavento, cuja frente de mar oceânica, é na sua maioria constituído pelas ilhas barreira da Ria Formosa.
Também sabemos que para que seja possível a ocupação desta frente de mar, têm primeiro de criar as condições mínimas para, dentro de uma certa "legalidade" surgirem os investidores.
Desde logo, torna-se necessário para o governo, correr com a população nativa, particularmente a que está associada às actividades marítimas, como a pesca ou o marisqueio, dificultando-lhes a vida por forma a abandonarem as suas actividades. Exemplo disso é o fim das concessões dos viveiros que, embora a lei que o determina seja de 2007, ainda não foi feito o regulamento do concurso (leilão) para atribuição das novas concessões. Na pesca, também assistimos à degradação das condições dos pescadores com destaque para a Fuzeta onde só podem entrar ou sair em meia maré ou a situação a pesca da sardinha.
Também a poluição como factor determinante na redução muito significativa na produção e apanha de bivalves na Ria, mas também na costa e com algum impacto no alimento do peixe.
Paralelamente, há a necessidade de proceder á revisão dos planos de ordenamento para, que depois das demolições em perspectiva, possam permitir a edificabilidade de eco-resorts.
No fundo, os partidos que se alternam na governação do País, estão criando as condições para a venda a retalho das ilhas barreira da Ria Formosa, razão, e única razão, pela qual o governo faz tanta questão de levar a cabo as demolições previstas. A divida por eles criada e a ser paga por todos nós a determinar a expulsão dos Ilhéus!
O nosso governo não passa de um bando de imbecis a soldo de uma ditadora chanceler que sem disparar um tiro, domina a Europa!
REVOLTEM-SE, PORRA!

6 comentários:

Anónimo disse...

Este ministro tem cérebro de galinha: "justiça social" é o novo argumento para demolir tudo.
Comece-se então a analisar todas as casas, uma a uma: há que destrinçar quem paga ao estado (as legais) e quem não paga (as ilegais), quem tentou pagar (inscrevendo as casas nas finanças), quem se aproveitou do laxismo do estado, quem ocupa essas casas (esqueçam a primeira habitação isso é treta ninguém mora nas ilhas, é impossível), quem aluga... Tudo.
E não apenas na armona, culatra, hangares, mas por toda a costa Algarvia até a praia da coelha.
Veja se caso a caso, já quanto tempo as pessoas ocupam o terreno, de que forma, se cumprem ou tentaram cumprir os seus deveres para com o estado. Isso é justiça social, penalizar os prevaricadores, proteger os cumpridores.
Proteger os ricos, penalizar todos os outros de igual forma, isso sim é injustiça social, potencial geradora de revolta e animosidade.

Anónimo disse...

Bem, quem se dedica a este "movimento" deve ser gente com muito pouco para fazer e demontra um profundo sentimento de contra poder.

Anónimo disse...

negocio da china
associacao adapo recebe €€ do municipio para ajudar a controlar os animais errantes em accoes de adopcao , esterelizacao etc...
mas depois para que o negocio nao acabe anda com ajuda de muitos populares a espalhar alimentos para estes animais para que se possam multiplicar sem controlo.
por exemplo na azinhaga da patinha é um autentico nojo o que as pessoas fazem junto ao contentor e os caes que estao na casa nº35 que tem de afastar os bichos para ver o pelo colocando la restos de alimentos no chao para alimentar gatos vadios, o mesmo na avenida bernardino da silva junto á casa antiga perto da loja Miele
algo tem de ser feito nao contra os gatos mas a esta gente que esta a tornar a cidade um nojo

Anónimo disse...

Olha, olha, que engraçado o comentador das 12:51.
Em lugar de tentar negar o que é dito no texto, prefere dizer que se trata de um texto com "profundo sentimento de contra poder". E que esperava o comentador que o autor dissesse? Que estivesse do lado do Poder?

Anónimo disse...

Não tem mesmo nada para fazer, para além de falar mal do poder em geral e fazer contra infornação. O que vale é que a opinião publica hoje em dia está mais esclarecida.

Anónimo disse...

A opinião pública está muito mais atenta ao que a MAFIA política tenta fazer: está, está!