Os verdosos da GNR encetaram, hoje, uma operação de combate à evasão fiscal, invadindo os Mercados de Olhão, mas a forma como o fizeram, dá a imagem de autentica guarda pretoriana, atacando um Povo indefeso.
Numa carrinha comercial completamente descaracterizada, saltam em corrida desenfreada e entram pelos Mercados adentro, cercando toldas, afugentando os presumíveis clientes e apreendendo o peixe.
Obviamente que os operadores do Mercado do peixe devem pagar os seus impostos, mas também será justo dizer que é o genocídio fiscal que os diversos governos têm levado a cabo que está na origem da fuga ao fisco.
Mas neste caso deve-se perguntar: QUE PAGAR?
Como se sabe, governo anunciou recentemente um aumento de pensões, que diariamente, é inferior ao aumento do preço dos combustíveis, precisamente numa altura em que o preço do petróleo está em queda. Dá por um lado mas rouba pelo outro!
Mas porque a operação visou essencialmente o mercado de peixe, devemos dizer que num País decente, o preço da gasolina para a pesca não seria onerado com o ISP, já que, em principio, se destina à manutenção e reparação de estradas, e no mar não há nada disso, pelo contrario o Estado presenteia os pescadores com poluição.
O peixe apreendido, é em regra capturado pela pequena pesca artesanal, com motores fora de borda, a gasolina, que se vê obrigada a fugir à lota para sua sobrevivência.
Mas se é certo que todos nós devemos pagar os impostos, então porque não perguntar porque razão os bancos, os fundos imobiliários e até a própria igreja, não pagam impostos. Ou será que só quem trabalha está obrigada a pagar?
A pressão e repressão fiscal que se faz sentir sobre o Povo, resulta do elevado endividamento do País. Divida essa que resulta da destruição do sector produtivo, como a pesca, e nos briga a importar aquilo que antes produzíamos, porque assim o decidiu a União Europeia. Se a saída de dinheiro é superior à entrada, só é possível manter as importações com recurso à criação de divida. E assim tem sido desde 1983 e vai continuar porque não é com uma guarda pretoriana a perseguir, reprimir, o Povo que ainda produz alguma coisa, que vamos pôr o sector produtivo a trabalhar..
Os mais jovens poderão não se lembrar das aventuras do Robin dos Bosques, em que um Sherif roubava ao Povo, todos os seus rendimentos através da exagerada cobrança de impostos. Até que o Povo se organizou, revoltou e começou a dar luta ao gatuno sherif. Pois bem os nossos governantes fazem, hoje, o mesmo que o tal sherif fazia: Roubam-nos de toda a maneira e feitio, só que temos um Povo embrutecido e adormecido, mais preocupado com os futebois ou telenovelas do que com a roubalheira.
Quando é que este Povo sai à rua e REVOLTADO pergunta: AFINAL, QUE ESTAMOS A PAGAR!
REVOLTEM-SE, PORRA!
9 comentários:
Tristeza!!!
Deviam era ser mais fiscalizados ainda .. Este blog só pode ser de alguém com banca na praça de Olhão . cada macaco no seu galho. Incentivar a fuga a lota e ao fisco com justificações de imposto ao combustível, tem juízo tem ....
Todos esses que dizem que os pescadores de pequena pesca são uns coitados é pura mentira, vendem todos os dias 200 300 euros são é mal orientados mas os culpados são os compradores dos mercados que também tiram grandes dividento
s com essas compras de peixe força a brigada fiscal .
Boa boa anónimo das 12.40, todos se governam muito bem e nos temos que pagar assim que se recebe o ordenadinho, todos os dias junto ao cais é uma vergonha a transacção de peixe e marisco que se faz no final ainda são coitadinhos força as autoridades mais acções destas é de apoiar.
estas fiscalizacoes so pecam por serem poucas pois todos dias junto á praca é descarregado muito pescado que foge todo aos impostos, e ja nas rampas da doca, estaleiro e da marina deviam fiscalizar o lingueirao e berbigao que de lá sai todo apanhado ilegalmente e sem facturacao, é ridiculo criticar a gnr por fazer a malta cumprir a lei, pois diria que 90% do choco , polvo e raia , salmonete da praça nao paga imposto e sei do que falo
Porque fogem à Lei, isto é, ao imposto? Quem é moralmente criminosa, a lei ou a fuga? Onde está o debate aprofundado, sério e esclarecido, sobre um verdadeiro cancro da nossa sociedade, a economia paralela? Na Finlândia, um exemplo, quem foge ao fisco? Ninguém.Porquê???? Onde fica a fronteira entre os que trabalham hoje para comer amanhã e uma liderança que, por todas as maneiras,quer comer hoje o que outros só com o trabalho do amanhã conseguem?.Que "democracia" é esta? O gato e o rato, até quando?
Apoiado Zé Pedro das 15,49.mais ações dessas são necessárias.E agora e a destruição dos pepinos os chineses come tudo é uma vergonha o que se passa,é uma autentica saca.
Durante o governo Guterres houve uma tentativa de implementar a colecta minima o que levaria a que todos os que exeercem uma actividade economica pagassem os seus impostos, embora menos. O que origina a fuga aos impostos, é, como se diz no artigo a elevada fiscalidade que destroi os pequenos negocios. A economia paralela, apesar da concorrencia desleal ainda permite que algumas coisas funcionem. A justiça fiscal não se faz através da repressão, mas tornando os impostos mais justos e equilibrados. Foram politicas desastrosas que levaram à ruina do País mas são as pessoas e muito especialmente os que têm menos recursos que são sobrecarregados com a subida dos impostos. Agora temnos um aumento do ISP, do imposto sobre o tabaco e do IMI, sem que se encontre outra explicação que não seja a continuação de austeridade para a maioria, para que o governo possa dar migalhas a alguns.
Concordo que não deve haver fuga aos impostos mas tambem acho que deve haver um maior equilibrio e justiça na aplicação dos impostos. A classe politica não pode continuar a decretar aumentos fiscais que destroiem a economia.
Não tenho por habito responder aos comentarios, porque entendo que todos têm o direito a pensar e ninguem está obrigado a acompanhar o meu raciocinio.
No entanto há um comentario que me despertou a atenção, mais preciso o do dia 23 pelas 14:26. è que Francisco Leal, o narigudo ex-presidente, disse o mesmo num documento intitulado Agenda 21 Local, no longinquo ano de 2005.
Não vejo nenhum pescador da pequena pesca artesanal ganhar algo que se pareça com os valores indicados, mas se por acaso alguem tem conhecimento, então pergunta-se porque não muda de vida e faz o mesmo, ou será que tem inveja até do mal estar dos outros?
Curiosamente, quase todos os comentadores defendem estas acções de fiscalização mas nenhum critica o facto de a banca e os fundos imobiliarios estarem isentos do pagamento do IMI. Quer dizer, eu tenho uma casa comprda atrvés de emprestimo bancario e que passado o periodo de isenção estou obrigado ao IMI, mas se entretanto a deixar de pagar, o banco fica isento do pagamento. Afinal é a casa ou a qualidade do dententor da casa que determina o pagamento?
Não quer com isto dizer que os pescadores estejam isentos dos impostos e menos ainda quem compra o peixe sem factura. Mas se a GNR fiscalizasse todos do mesmo modo talvez os nossos comentadores reagissem de outra maneira. Na construção civil, quantas carradas de areia ou de outros materiais de construção foram adquiridos sem factura? Alguma vez a GNR entrou por um estaleiro à procura de facturas?
Mas o cerne da questão não é esse, mas sim as razões que levam grandes e pequenos a fugir ao fisco, isto é às suas obrigações.
E tambem não devemos esquecer que os maiores contrabandistas foram exactamente aqueles que puseram os capitais no porto seguro de alguma off-shore e depois trataram de arranjar uma lei para a regularização tributaria, branqueando o dinheiro ganho de forma ilegitima e ou ilicita. E os comentadores sobre isso nada dizem. Será que têm alguma coisa a ver com isso?
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