Ainda não há muito tempo que foi assinada concessão do Porto de Recreio de Olhão a uma empresa designada de Verbos do Cais, em que o seu principal accionista, diz ser um especialista em Direito Imobiliário e Direito Fiscal.
Ora o Direito Imobiliário passa muito por conseguir regularizar situações duvidosas como o Direito Fiscal abrange os chamados Vistos Gold, pelo que nos faz desconfiar das "boas intenções" dos projectos que nos vêm apresentar.
E se conjugarmos as declarações prestadas com as do presidente da Câmara num passado recente ainda mais duvidoso se torna.
De pois de várias peripécias onde se pretendia correr com os pescadores da pequena pesca artesanal do porto de abrigo para permitir o alargamento do dito Porto de Recreio, a Verbos do Cais vem agora portar-se como a Verbos de Encher os Bolsos, face às novas propostas que vem apresentando.
Desde logo, porque jogando com questões ambientais importantes diz, pela boca do seu presidente de assembleia, que na ponta nascente da chamada Ilha Deserta, que é no fundo da Ilha da Culatra, são barcos grandes que ali estão fundeados a ferro e "Todos estes barcos t~em pessoas a viver e têm de fazer as suas descargas dentro de Ria. Nós não temos interesse nenhum que as pessoas andem a navegar no meio de detritos"
O presidente da assembleia desta empresa é também deputado municipal e secretário da respectiva mesa da assembleia municipal. Exerce o cargo de deputado municipal há muitos anos e sabe quais os problemas da Ria Formosa, mas nunca abriu a boca para denunciar o que se passa na ponta da ilha que agora vem defender. Porque será? Será apenas por estarmos perante mais uma oportunidade de negócio?
Os fundeadores efectivamente estão previstos no POOC, mas o POOC também prevê outras situações como o facto de barcos a motor com mais de nove metros não poderem navegar no canal da Culatra e se o não podem, como vão ali parar? De helicóptero?
A questão é que a Verbos de Encher os Bolsos, vê na visão do POOC mais uma oportunidade de ganhar dinheiro, mesmo que para isso tenha de omitir alguns aspectos.
É evidente que os fundeadores podem beneficiar a pradaria marinha ali existente, que os dejectos devem ser levados para sitio certo, mas a navegação a barcos de recreio de trinta metros, é proibida. Nada que assuste, pelo contrário. Em sintonia com o presidente da Câmara, vem o elogio fácil ao capitão de porto, o tal que sabe perseguir quem anda a trabalhar na apanha de minhocas (casulo) mas é tão míope que não enxerga o corropio de barcos proibidos de navegar naquela zona.
Mas a Verbos de Encher os Bolsos não se fica por aqui, pretendendo estender os seus tentáculos à freguesia da Fuzeta, prometendo o céu e a terra, mas nada dando para a população local, assunto que deixaremos para outro dia.
Esperamos que as candidaturas aos órgãos autárquicos de Olhão tenham o bom senso de se comprometerem a suspender todas as decisões do ainda presidente no que à Frente Ribeirinha do concelho diz respeito, porque estamos a assistir ao ataque dos tubarões para beneficio próprio, quando os poderes públicos devem estar ao serviço das populações.
E a Verbos de Encher os Bolsos é um exemplo disso!
1 comentário:
Hoje mais uma noticia do nosso menino no Correio da Mãnhã,a propósito da obrigação da retirada dos cartazes.Pois o menino diz que não concorda com a CNE e que vai substituir os mesmos.Substituir?Somos nós mais uma vez a pagar a substituição e até quando vai durar a brincadeira Pina?Comecem a fazer contas e vejam lá quanto isto já nos custou!É caso para dizer,que ao menino e ao borracho,mete Deus a mão por baixo.Quem te está a meter a mão ó Pina? T.N.
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