quarta-feira, 23 de maio de 2018

OLHÃO: HASTA OU TRAPALHADA?

Termina amanhã, o prazo para a apresentação de candidaturas para a hasta pouco publica de alienação do lote 3 do Loteamento do Porto de Recreio, como se pode ver pela publicação no Diário da Republica.
É verdade que os documentos estão no site da Câmara Municipal de Olhão, assim como é verdade que foram publicados em pelo menos um jornal de âmbito nacional, mas nem isso serve para esconder a opacidade do processo.
O Loteamento do Porto de Recreio nasceu torto e nunca ficará direito por força dos interesses instalados desde o seu inicio, começando pela construção do Hotel.
Omitindo um pouco do passado do loteamento e olhando para o presente, basta constatar a ausência de qualquer painel anunciando a intenção de vender o Lote 3, elemento essencial para que pudessem aparecer variadas candidaturas. O actual presidente da Câmara, com a mania de chico esperto e que tem a mania de anunciar as suas "grandes" obras em painéis de proporções assinaláveis, não teve uns míseros euros para publicitar convenientemente a alienação do lote em causa, e isso não é feito de forma inocente.
SE a primeira hasta ficou deserta, esta leva o mesmo caminho e muito provavelmente será essa a intenção, caso contrário ela seria amplamente publicitada, o que não acontece. E mesmo no site da autarquia, o anuncio da hasta está camuflado, para que ninguém se aperceba da sua existência.
Tudo isto aponta para que esta segunda hasta fique tão deserta quanto a primeira por forma a permitir a negociação directa e vender o lote, não pelos cinco milhões, como valor mínimo constantes da proposta, mas por um valor bastante mais baixo. 
Para nós, o lote 3 já tem dono, embora ainda não se possa afirmar, mas é curioso observar que na véspera do termo do prazo para apresentação de propostas esteja tudo calado, mas mais curioso ainda é que na recente viagem do presidente a França para participar na Feira Internacional do Imobiliário, não tenha apresentado, divulgado a intenção de alienar este terreno que pela sua localização poderia atrair investidores estrangeiros e aumentar a procura, ganhando com isso mais valias.
Afinal o presidente não está interessado na valorização do património que diz ser dos olhanenses e vende-o por tuta e meia. Ou será que, depois de ter transformado a autarquia na nova imobiliária de Olhão, também terá direito a algum brinde?

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